Dr. Gustavo Zucca Matthes

Mastectomia Bilateral

Mastectomia Bilateral

No últimos anos tem sido frequente a solicitação de retirada das mamas bilaterais por pacientes que estão com diagnóstico de câncer. Vamos entender isto melhor.

A retirada da mama ou mastectomia não é uma cirurgia sem efeitos colaterais, principalmente psicológicos já que atinge diretamente a imagem corporal da mulher. Imagine quando é feita nas duas mamas!

Geralmente o pedido da paciente está relacionado ao medo da mesma em correr o risco, de após tratada, a doença retornar na mesma mama ou do outro lado. São pessoas que normalmente possuem experiências negativas com amigos ou familiares. Também podem ter um medo abusivo do câncer, a chamada cancerofobia.

É fundamental entender que apesar de ser uma cirurgia extensa e com grande potencial de tratamento e controle da doença localmente, estima-se que, por mais radical que seja, restará sempre um percentual de até 10% de tecido mamário no local da cirurgia. O que isto quer dizer? Mesmo realizando uma mastectomia a paciente possui um risco da doença voltar. Isto dependerá das características biológicas do seu tumor e não da opção cirúrgica!

Pacientes que tem o diagnóstico de câncer de mama em um dos lados, não se beneficiam da mastectomia bilateral como proteção, pois os riscos estimados de apresentarem doença na mama oposta, sem que tenham teste genético positivo, seria em torno de 3 a 4% em 10 anos. Diferente de pacientes com alterações genéticas, estas se beneficiam da cirurgia, chamada redutora de risco, pois possuem chance da doença oposta em até 50% em 10 anos.

Lembro que os casos de câncer de mama hereditários, ou seja com alterações genéticas, passando de pais para filhos, ocorre em apenas 5 a 10% da população geral.

O efeito Jolie refere-se a atriz de cinema americana, Angelia Jolie, que optou por cirurgias redutoras e removeu as duas mamas, pois apresentava teste positivo e alto risco relacionado a sua história familiar. Não se pode generalizar tal situação para um paciente sem mutação.

Além disso, mesmo que uma reconstrução mamária de sucesso e bom resultado ocorra, as novas mamas poderão adquirir um aspecto artificial, com grandes chances de serem insensíveis ao toque, podendo implicar em distúrbios sexuais. Além disso, existe uma exposição intensa a complicações que variam desde resultados estéticos escassos a dores intensas. Também vale lembrar que estas pacientes ficariam incapacitadas de amamentar.

Ressalto, ainda, que os tratamentos conservadores de mama, associados a radioterapia são seguros e equivalentes as mastectomias no controle local do câncer de mama. Com as técnicas de cirurgia oncoplástica, sem a necessidade de retirada das mamas, a paciente e seu cirurgião podem discutir sobre algumas possibilidades que podem incluir, até mesmo, a abordagem da outra mama, visando uma simetria corporal natural, favorecendo a paciente.  

Nesta hora é melhor coisa a fazer é esfriar a cabeça, raciocinar e discutir as possibilidades com seu mastologista. O tratamento do câncer de mama deve ser sempre individualizado!

Lembre-se mama bonita é mama saudável!

Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter, e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como mastologista em Ribeirão Preto!

Posted by Dr. Gustavo Zucca Matthes in Todos
O que são micro-calcificações na mama?

O que são micro-calcificações na mama?

É muito comum pacientes ligarem no consultório, pois no seu exame de mamografia se constatou micro-calcificações. Vamos entender o que significam.

Ao logo da vida nos tecidos de nosso corpo, naturalmente, são depositados cristais de cálcio. Nas mamas não seria diferente. Na grande maioria das vezes estes cristais não significam nada e são decorrentes a situações fisiológicas de nosso organismo. Para que se possa entender melhor seu papel elas foram classificadas dentro de um sistema para alterações mamárias, chamado BIRADS. Uma espécie de código que favorece a comunicação entre médicos sobre o que está acontecendo com determinado paciente, guiando a conduta necessária para cada caso.

Podem estar relacionadas a infecções ou inflamações mamárias prévias, como, por exemplo, nas mastites que podem ocorrer durante a amamentação. Nestes casos o laudo da mamografia geralmente é classificado com nota 1 ou 2 (BIRADS).

As micro-calcificações também podem representar o câncer de mama, sobretudo, no seu início. Como elas são detectadas quase que exclusivamente pela mamografia, isto justifica a importância deste exame para o diagnóstico precoce do câncer de mama. Neste caso, pode ser dada uma nota 4 ou 5 e indica a necessidade de biópsia para que se esclareça corretamente o que está acontecendo e se planeje um tratamento adequado. 

Pode acontecer de ser dada nota 3. Então, a paciente vai ser convidada a fazer um seguimento, repetindo a mamografia a cada 6 meses por até 3 anos. Este período é importante, pois caso as micro-calcificações mudem seu aspecto e mostrem características que levam ao aumento de sua nota, será importante a biópsia de esclarecimento. Caso permaneça inalterada, a nota é rebaixada para padrões de normalidade.

Existe ainda a nota zero, quando não houve uma conclusão com a mamografia habitual e se faz necessário a solicitação de exames complementares. No caso das micro-calcificações sugere-se um exame chamado magnificação, equivalente a repetir a mamografia com uma lente de aumento para que se examine os cristais com detalhes.

Apesar de estarem relacionadas com o câncer inicial, as micro-calcificações podem ter grandes extensões e exigirem tratamentos diferentes e até radicais. 

Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter, e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como mastologista em Ribeirão Preto!

Posted by Dr. Gustavo Zucca Matthes in Todos
Tratamento conservador ou mastectomia: o que decidir?

Tratamento conservador ou mastectomia: o que decidir?

Nos últimos anos é impressionante o número de pacientes com câncer de mama que chegam no consultório com a idéia consolidada de que o melhor tratamento seria a retirada das duas mamas, seria este o melhor tratamento? Vamos tentar responder esta dúvida.

A mama é uma glândula modificada composta de pele, gordura e tecido (ou parênquima) mamário. É neste último que geralmente se  inicia o câncer de mama.

Incialmente achava-se que o melhor tratamento para o câncer de mama seria a retirada completa e agressiva da mama, causando um aspecto estético mutilatório, bastante desfavorável. Com o tempo percebeu-se que a agressividade das cirurgias não tratava o problema completamente. Quando começou-se a usar a radioterapia em associação com cirurgias menores que conservavam as mamas, percebeu-se que as taxas de tratamentos eram muito parecidas com as das mastectomias (retiradas das mamas) extensas. Depois disso e, mais recentemente, houve a associação de técnicas de cirurgia plástica para retirar parte da mama e permitir sua reconstrução para que, além de muito bem tratada, as mamas tivessem uma aparência preservada (cirurgias oncoplásticas). 

Mas se o tratamento conservador associado a radioterapia possui as mesmas taxas de tratamento que a mastectomia, por que esta cirurgia continua sendo feita?

Primeiramente, nunca se pode generalizar um tratamento, é importante que cada caso seja individualizado. Sendo assim, algumas situações exigem a indicação das famigeradas mastectomias;

Segundo, na busca por um diagnóstico precoce, exames de imagem foram desenvolvidos e alguns deles como a ressonância magnética acabam mostrando, em algumas situações, áreas que tendem a demonstrar maiores extensões, sugerindo, supostas lesões nas mamas. Portanto, lesões grandes e extensas sugerem uma cirurgia maior. Necessária atenção da equipe médica para que se evitem cirurgias extensas desnecessárias;

Terceiro, a evolução dos testes genéticos permitiram maior acesso de todos. No entanto, em torno de 5 a 10% da população apresentam testes positivos que indicam a realização de cirurgias para retirada de ambas as mamas. Ressalto que o benefício desta cirurgia bilateral é claro quando mutações genéticas são encontradas. Outras indicações podem existir, mas precisam ser discutidas individualmente; 

Quarto, lendas urbanas e falta de compreensão associadas à informações incompletas podem causar medo e desconfiança em pacientes e médicos. Geram um medo desnecessário dos tratamentos seguros e, portanto, acabam impulsionando cirurgias maiores e muitas vezes desnecessárias com uma falsa impressão de maior segurança, apesar de um número maior de riscos e possíveis efeitos colaterais; 

Quinto, uma evolução das técnicas de reconstrução mamárias e dos implantes favorecendo a preservação de um contorno corporal, mesmo após grandes ressecções de tecidos. Novamente, aqui, as pessoas esquecem que são cirurgias reconstrutoras e não estéticas, portanto são susceptíveis a efeitos colaterais diversos. Quer saber alguns? Podem perder a sensibilidade da pele e do mamilo, as mamas podem ficar com tamanhos diferentes; podem apresentar infecções e terem de remover as próteses; perdem a chance de amamentar, entre outros;

Por último, a eficiência de um tratamento para o câncer de mama depende de uma série de fatores interrelacionados, entre os quais os aspectos biológicos do tumor. É importante entender que a doença pode voltar, mesmo após mastectomias.

Dito isto, vamos entender sobre os tipos de mastectomia:

  • simples: quando a mama é retirada com pele e gordura, gera uma cicatriz e um tórax reto, sem contorno feminino
  • radical: seria a mesma acima , mas acrescida da limpeza de todos os linfonodos (ínguas) na axila do lado da mama operada  
  • conservadora de pele (Skin Sparing): feita a retirada mama com a aréola e mamilo, preservando o máximo possível o envelope de pele que cobre a glândula e gordura, favorece uma reconstrução imediata
  • conservadora de pele e mamilo (Nipple sparing): retira toda a glângula mamária preservando o máximo de pele e a aréola e o mamilo, permitindo excelentes reconstruções, desde que bem feitas. Vamos discutir sobre isto.

Estas técnicas de mastectomias conservadoras de pele são relativamente recentes e podem ser perfeitamente aplicadas, contudo precisam permitir um tratamento ideal. Em outras palavras de nada adianta a paciente se submeter a uma cirurgia como esta e não ter o seu tecido mamário corretamente removido. Aí é que está o problema! Para obter um resultado aceitável muitos cirurgiões acabam fazendo estas mastectomias poupadoras, deixando muito tecido para atrás. Se tecido mamária está sendo deixado,  isto é uma mastectomia ou uma cirugia conservadora? Esta acompanhando meu raciocínio! Se a cirurgia deixou tecido, com certeza seria maior a chance de bons resultados, mas também seria necessária radioterapia para garantir a segurança, não foi o que vimos acima? Pois é! As mastectomias conservadoras são excelentes, mas precisam ser muito bem realizadas, com cautela e toda atenção para que a paciente realmente seja tratada e esteja segura. É importante entender que a segurança da paciente precisa estar sempre em primeiro lugar e que o resultado estético deve ser secundário. Claro que um médico experiente vai buscar lhe proporcionar segurança e um bom resultado!

Vamos fazer um resumo:

– Converse com seu médico a respeito, esclareça suas dúvidas. 

– Não tenha medo do tratamento conservador. 

– Não considere a mastectomia uma opção por escolha, principalmente a bilateral. Entenda que ela deve ser feita quando indicada e da melhor forma possível, devendo a preocupação estética ser secundária a segurança oncológica. 

– Entenda que a preservação das mamas, com diversas técnicas de cirurgia conservadora, associada à radioterapia pode ser considerada o melhor tratamento, tão seguro quanto uma cirurgia mais extensa e com excelentes resultados e mamas naturais. 

  • cirurgias oncoplásticas podem propiciar tratamentos conservadores ideais e seguros e ainda simetrizar as mamas opostas, não sendo necessária a mastectomia bilateral

– Apesar disso os tratamentos precisam ser sempre individualizados a fim de se encontrar a melhor opção para cada paciente

  • Procure sempre um cirurgião com experiência e treinamento para lhe proporcionar segurança. 
  • Lembre-se: mama bonita é mama saudável!

Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter, e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como mastologista em Ribeirão Preto!

    

Posted by Dr. Gustavo Zucca Matthes in Todos
O que é mamografia?

O que é mamografia?

Difícil o dia que eu não escute alguém reclamar de uma mamografia ou que deverá fazer uma. Vamos entender por que?

A mamógrafo é, grosseiramente falando, um aparelho de Rx que visa fazer exames das mamas, as famosas mamografias, com o intuito de localizar lesões que sejam o início do câncer de mama. O problema é que para fazer isto,  faz-se necessário comprimir a mama para que o Rx a atravesse de forma homogênea, sem causar distorções na imagem e dificulte a sua interpretação.

Ao comprimir a mama o mamógrafo pode causar desconforto e até dor, justificando a fama ruim e o medo da realização da mamografia para algumas pessoas.

Este exame é fundamental para localizar e identificar lesões nas mamas, além de guiar biópsias e cirurgias. É o principal e único exame a ser usado para rastrear e tentar localizar precocemente o câncer de mama. Demais exames como ultrassom e ressonância também podem ser utilizados, mas de forma complementar, ficando a critério médico suas indicações.

Atualmente muitas inovações tem sido sugeridas para beneficiar as mulheres na realização das mamografias. Desde salas inteligentes que permitem uma experiência individual, distraindo as pacientes com sons, imagens e cheiros, até o aquecimento do aparelho ou espumas para que durante a compressão o desconforto seja o menor possível.

A evolução permite ainda a realização de mamografia 3D que parece aumentar a chance de que lesões sejam melhor encontradas, a associação de contrastes que elucidam a extensão de lesões e cada vez mais os aparelhos encontram-se mais precisos e com imagens mais nítidas, facilitando a investigação por olhos bem treinados. 

Infelizmente apesar dos avanços a compressão das mamas, ainda, é fundamental e necessária. Para reduzir os desconfortos busque agendar os exames longe dos períodos menstruais, quando as mamas estão supostamente menos sensíveis. Esperamos que um dia as mamografias possam ser deixadas de lado por exames menos desconfortáveis e, ainda, mais eficientes.

Os resultados das mamografias podem usar uma classificação conhecida como BIRADS, uma especie de linguagem que permite uma comunicação entre os medicos. Seria basicamente traduzida assim na linguagem Birads ou Categorias:

– 0: a mamografia não foi esclarecedora e mais algum exame complementar precisaria ser feito

– 1: achados normais

– 2: achados benignos ou seja achou-se algo mais , porem sem preocupações

– 3: achados potencialmente benignos, chances de 97% de estar tudo normal, sugere-se seguimento semestral por ate 36 meses

– 4: achados suspeitos, sugere-se uma biopsia para que uma amostra de tecido da mama seja melhor examinada

– 5: achados potencialmente malignos, grande chance de necessitar de um tratamento especifico, também sugere uma biopsia que confirme o diagnostico 

– 6: quando um exame e feito após uma biopsia que ja confirmou um problema.

A propósito, a mamografia é importante, mas mais ainda são os cuidados que você deve ter consigo mesmo como manter bons hábitos, tais quais, ter dietas saudáveis, prática de atividade física regular, evitar excessos de álcool, manter o peso e sobretudo se respeitar e buscar conviver bem, ser feliz.

Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter, e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como mastologista em Ribeirão Preto!

    

Posted by Dr. Gustavo Zucca Matthes in Todos
Conheça as opções para reconstrução mamária após a mastectomia

Conheça as opções para reconstrução mamária após a mastectomia

Passar por uma mastectomia pode ser um processo doloroso para muitas mulheres que enxergam nos seios parte de sua feminilidade. Muitas veem sua autoestima abalada após o remoção da mama, atingido pelo câncer. A reconstrução mamária é uma forma de devolver parte do que foi retirado junto com a saúde da mulher: o bem-estar com o corpo.

Ainda que não seja um procedimento novo e nem incomum, a verdade é que poucas mulheres sabem dos tipos de cirurgias disponíveis. Nem todas sabem que podem usar o processo de reconstrução para igualar o tamanho dos seios ou aumentar levemente algum deles.

Me acompanhe neste artigo e descubra o que é esse procedimento estético e os tipos de cirurgia disponíveis. Confira! 

O que é uma reconstrução mamária? 

A reconstrução mamária está  disponível para mulheres que passaram por um tratamento de câncer de mama e retiraram parte ou, principalmente, toda a mama. Boa parte das pacientes podem realizar essa cirurgia, que serve tanto para igualar o tamanho dos seios, como também para reconstruir totalmente a mama que foi removida.

A depender do caso da paciente, a cirurgia pode ser feita junto com a própria mastectomia, garantindo um processo de recuperação mais rápido e evitando uma nova cirurgia para o procedimento. Em outros casos, principalmente quando a paciente precisa passar ainda por uma radioterapia, a cirurgia é realizada semanas ou meses após a retirada da mama. 

Estes procedimentos são considerados não-estéticos, pois envolvem muitas variáveis de acordo com o tratamento oncológico realizado. Contudo, devem ser considerados parte integral do tratamento para o câncer de mama.

Quais são os tipos de cirurgia de reconstrução? 

Existem diversos tipos de cirurgia para reconstrução da mama. A escolha por uma delas vai depender do tratamento a que foi ou será submetida, além do quadro geral da paciente e também dos objetivos da mesma. Por exemplo, ela pretende fazer a cirurgia nas duas mamas? Ela está feliz com suas mamas ou deseja aproveitar a oportunidade para realizar alguma mudança? Qual a posição e tamanho do tumor? Essas e outras questões precisam ser consideradas. 

Além disso, é importante entender que cada caso é um caso: enquanto algumas mulheres não precisam de radioterapia após a mastectomia, outras passam pelo procedimento. Além disso, a retirada parcial ou total das mamas também pode influenciar no tipo de reconstrução ideal. 

Nas retiradas parciais da mama ou tratamento conservador, sugere-se o uso das cirurgias oncoplásticas. Neste caso o uso de técnicas de cirurgia plástica, permitem um tratamento oncológico ideal e o remodelamento favorável do tecido mamário garantindo um contorno corporal e permitem, sempre que possível, a correção da simetria entre as mamas.

Abaixo, confira as principais opções de reconstrução total! 

Prótese de silicone

O implante de prótese de silicone é uma das cirurgias mais comuns entre as pacientes que  retiraram completamente a glândula mamária, entre outras palavras, o conteúdo da mama. Nesse caso, não houve grande comprometimento na quantidade de pele nos seios e é possível escolher modelos que se adequem bem ao biótipo da paciente. 

Uso de expansores  

No caso do uso de expansores, existem dois métodos que podem ser escolhidos. Uma que envolve duas cirurgias, e outra em que apenas um procedimento cirúrgico é realizado. Geralmente são necessários quando foi necessária a retirada de boa quantidade de pele, ou seja, continente da mama.

No primeiro, uma cirurgia é feita para inserir uma prótese vazia na mama da paciente. Ao longo do tempo, é introduzido nessa prótese soro fisiológico, até que a pele se estique e atinja o tamanho ideal para a realização da segunda cirurgia. É nessa outra fase que a prótese definitiva é colocada. 

Já na segunda opção, um expansor vazio definitivo é colocado na mama da paciente. Este implante é híbrido e possui uma parte de silicone gel e outra para preenchimento com soro fisiológico, que deve ser inserido gradualmente até que a prótese alcance o tamanho desejado. Nesse caso, não é necessário nenhuma outra cirurgia. Geralmente a válvula por onde se injeta o soro deve ser retirada alguns meses após a cirurgia. Pode ser feito através de um procedimento simples com anestesia local.

Transferência de retalhos de pele e músculo 

Esse tipo de reconstrução mamária consiste em retirar tecido de outra área do corpo para inserir na mama, reconstruindo todo o seio. O processo pode envolver tanto retalhos de gordura e músculo do abdômen, como também pele ou retalhos de músculo das costas da paciente. A escolha vai depender de uma série de fatores avaliados junto ao médico. 

Transferência de gordura

A transferência de gordura consiste na lipoaspiração em baixa pressão de regiões do corpo com alguma gordurinha em excesso, que após um preparo adequado, será reinjetada na região das mamas. Mulheres com mamas de volume pequeno, podem ter mamas reconstruídas exclusivamente com sua própria gordura. O mais comum é associar este procedimento com as outras técnicas. Seu grande benefício é reduzir os efeitos colaterais da radioterapia, favorecendo as reconstruções tardias.

Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter, e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como mastologista em Ribeirão Preto!

Posted by Dr. Gustavo Zucca Matthes in Todos
Ptose mamária: causas e tratamentos

Ptose mamária: causas e tratamentos

A ptose mamária é a expressão utilizada no meio médico para indicar mamas caídas. Quer dizer que é aquilo que se encontra em posição inferior ao seu lugar de origem, sobretudo,  por dificuldade de sustentação e força da gravidade. Esse problema pode acometer mulheres de qualquer idade e é uma das principais queixas nos consultórios especializados. A pele que cobre a mama tem o seu tamanho adequado ao volume que ela apresenta. Desse modo, quando a mama aumenta, a pele se ajusta ao novo tamanho. Em contrapartida, se a pessoa perde peso e a mama reduz, a pele não consegue voltar ao seu estado anterior, ficando com aspecto flácido e aparência caída.  Em outros termos, a ptose mamária pode ser considerada a diferença entre o volume do seio e a quantidade de pele que o envolve ou a sobra do continente em relação ao conteúdo das mamas.

Os graus da ptose mamária

De acordo com a posição da aréola em relação ao sulco mamário, o grau de ptose tem três classificações. O sulco mamário pode ser entendido como a linha onde o seio encontra-se com o tórax. Os graus da ptose são: Grau I –  Neste estágio, o seio se encontra com a aréola na altura do sulco mamário, contudo, ainda posicionada acima do contorno da glândula. Grau II – Aqui, a aréola passa do sulco mamário, entretanto, se mantém acima do contorno da glândula. Grau III – Grau mais avançado de ptose, visto que a aréola se encontra abaixo do sulco mamário e do contorno da glândula. Pseudo ou Falsa Ptose – quando a aréola fica acima do sulco mamário, mas o tecido mamário provoca um contorno abaixo deste sulco, sugerindo uma mama caída.

Causas do problema

Como citado anteriormente, a mama caída pode atingir mulheres de qualquer idade, embora prevaleça, principalmente, em pessoas com idade avançada. Isso ocorre em função do desgaste dos músculos que sustentam o tecido mamário, além das alterações naturais e das mudanças hormonais que o corpo sofre ao longo dos anos . Outras razões associadas à ptose mamária são ganhos e perda excessiva de peso, amamentação e hereditariedade. Hábitos de vida também podem facilitar o aparecimento do quadro, como o sedentarismo, alcoolismo, tabagismo, alimentação irregular, além da preferência por não usar sutiã.

Tratamento

Apenas a avaliação do profissional habilitado consegue classificar o problema de acordo com o grau em que se encontra, a fim de adequar o tratamento correto. O profissional consegue afirmar se houve perda de volume e se o grau de deslocamento da aréola exige tratamento cirúrgico. Existe mais de uma técnica para tratar a ptose mamária. A escolha deve respeitar a origem, a estrutura do corpo, saúde geral da paciente, dentre outros fatores. Projetos de engravidar e perder peso futuramente devem ser discutidos com o médico no momento da avaliação. Pois, se ocorrido após a cirurgia, os efeitos podem ser perdidos. A correção mais comum é a mastopexia, também conhecida como lifting de mamas. Esse procedimento atinge melhores resultados em mulheres com seios pequenos, por sofrerem menos com a força da gravidade. A mastopexia tem duração de 2 a 4 horas, em média. Ela consiste na remoção do excesso de pele, reposicionando a aréola e remodelando o tecido mamário para dar firmeza e sustentação ao seio. Pode ser utilizada anestesia geral ou sedação intravenosa durante o procedimento. A mamoplastia redutora é outra forma de abordagem para tratar o problema, quando os seios são maiores e volumosos. Esse procedimento tem o objetivo de reduzir o excesso de gordura e pele, remodelando o tecido mamário para adequar o seio à proporção do corpo. Além disso, em casos extremos, o mamilo e a aréola podem ser removidos e transplantados para uma posição mais alta no seio. Frequentemente, a colocação de prótese de silicone é associada às cirurgias supracitadas com o intuito de melhorar o resultado. Entretanto, só a prótese de silicone isoladamente não consegue resolver o problema da queda das mamas. Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter, e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como mastologista em Ribeirão Preto!
Posted by Dr. Gustavo Zucca Matthes in Todos
Amamentação após a mastopexia periareolar

Amamentação após a mastopexia periareolar

Uma dúvida comum para as mulheres que desejam fazer a cirurgia de mastopexia periareolar (empinar a mama, retirando a pele em volta da aréola), e pretendem ter filhos no futuro, é com relação à amamentação. Afinal, será que a cirurgia afeta a produção de leite? 

Esta preocupação deixa muitas futuras mães receosas, principalmente, se formos considerar que a amamentação é o processo mais importante para o desenvolvimento do bebê. E quando a cirurgia é acompanhada por aumento das mamas, com silicone, as dúvidas se tornam maiores ainda. 

Quer entender se as cirurgias mamárias podem afetar a amamentação? Me acompanhe neste artigo e confira alguns dos pontos fundamentais sobre o assunto.

O que é a mastopexia periareolar? 

Primeiro, é preciso entender as principais diferenças entre esta cirurgia plástica e os outros tipos disponíveis. Diferente de outros procedimentos, esta é específica para as mulheres de mamas pequenas, que sofrem com o processo de flacidez moderada ou perda do colo mamário. 

O processo de flacidez ou queda da mama é comum e pode ser um resultado natural do envelhecimento, da perda excessiva de peso ou até mesmo da amamentação. Nesses casos, a cirurgia é uma alternativa para levantar os seios e reposicionar os mamilos da paciente, aumentando a autoestima. 

O principal diferencial da mastopexia periareolar é que, diferente de outras intervenções, ela deixa apenas uma cicatriz ao redor das aréolas dos mamilos, sem as famosas cicatrizes em formato de L ou T. Isso significa que, na maioria das vezes, os resquícios do procedimento quase não são notados. 

A cirurgia mamária pode afetar a amamentação? 

Inicialmente, qualquer cirurgia na mama não deveria afetar a amamentação. E quando falamos da mastopexia periareolar, esse risco deveria ser ainda menor, já que a cirurgia tem como fundamento a manutenção da ligação entre o mamilo e os ductos da glândula mamária. 

Porém, é possível que uma série de fatores influenciem, de alguma maneira, na produção de leite e na experiência da amamentação. Confira os principais riscos abaixo.

Redução na produção de leite 

Um resultado natural em qualquer procedimento nas mamas é a redução na produção de leite. No caso dessa cirurgia específica, como a cicatriz é na aréola, pode ser que, inicialmente, o bebê sinta dificuldade em abocanhar o mamilo. 

Porém, essa dificuldade inicial é completamente superada, quando há o preparo correto da mãe. E fazendo o estímulo adequado na mama, é possível que a produção de leite seja normalizada e tanto a mãe quanto o bebê não sintam dificuldades.

Tempo de recuperação

Se a cirurgia é recente, é possível que a mãe sinta mais dificuldade não só na produção de leite, mas também no próprio ato de amamentar. Nesse caso, é crucial que ela tire suas dúvidas junto a um médico e faça o acompanhamento adequado com o especialista. Isso evita maiores problemas tanto para ela, quanto para o bebê. 

Complicações no pós-operatório

Quando a mastopexia periareolar é acompanhada por um implante mamário, complicações no pós-operatório podem gerar o bloqueio dos dutos laticíferos. O acompanhamento médico é crucial, nesse caso. Além disso, eventuais problemas infecciosos ou cicatriciais podem causar desconforto e dor atrapalhando o ato de amamentar.

Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter, e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como mastologista em Ribeirão Preto!

Posted by Dr. Gustavo Zucca Matthes in Todos
Como é a cirurgia transgênero para retirar ou aumentar as mamas?

Como é a cirurgia transgênero para retirar ou aumentar as mamas?

A cirurgia para aumentar ou retirar as mamas engloba procedimentos que alteram a aparência para promover a correspondência do corpo com a identidade de gênero. A cirurgia transgênero inclui muitas opções, como a cirurgia para retirada das mamas ou  para aumentar seu tamanho, também podem ser removidos os órgãos masculinos e criada uma vagina. 

Sendo assim, elaborei este artigo para esclarecer algumas dúvidas sobre o assunto. Acompanhe a leitura!

Quando a cirurgia transgênero é recomendada?

Na realidade, não há uma recomendação ou indicação médica propriamente dita. As pessoas que buscam cirurgia transgênero experimentam sofrimento, devido a uma diferença entre o sexo que está em seu corpo e o que realmente é seu gênero.

Para algumas mulheres trans (masculino para feminino), a cirurgia para aumento de mamas é um passo natural – e importante para si mesma. O mesmo pode ser dito quando homens trans (feminino para o masculino) escolhem retirar as mamas.  No entanto, muitos optam por não fazer cirurgia. Por isso, não há uma recomendação. As pessoas transgêneros se relacionam com seus corpos de maneira diferente e precisam fazer escolhas individuais, que melhor atendam às suas necessidades.

Como acontece a preparação para a cirurgia transgênero?

Antes da cirurgia transgênero o paciente terá várias consultas com o cirurgião. Consulte um cirurgião que é certificado e experiente nos procedimentos que você deseja. Ele descreverá as opções e possíveis resultados. 

O cirurgião fornecerá informações sobre a anestesia, a localização da operação e o tipo de procedimento de acompanhamento que possa ser necessário. O paciente deve seguir as instruções específicas do médico sobre como se preparar para os seus procedimentos, incluindo orientações sobre como comer e beber, ajustar os medicamentos que estiver tomando e parar de fumar.

Que tipo de avaliação é feita pelo cirurgião?

Antes que o paciente faça o aumento  ou retirada das mamas, será necessário cumprir certos critérios. Para começar, o cirurgião avaliará a saúde por completo para descartar ou abordar quaisquer condições médicas que possam afetar ou contraindicar o tratamento. Essa avaliação terá:

  • Uma revisão do histórico médico pessoal e familiar;
  • Um exame físico, incluindo uma avaliação da mama, por dentro e por fora;
  • Testes de laboratório para medir seus lipídios, açúcar no sangue, hemograma, enzimas hepáticas, eletrólitos e o hormônio prolactina;
  • Uma revisão das imunizações;
  • Projeções apropriadas para a idade e o sexo;
  • Identificação e gestão do uso do tabaco, abuso de drogas, abuso de álcool, HIV e outras infecções sexualmente transmissíveis.

Embora dar o consentimento após uma discussão sobre os riscos e benefícios do procedimento seja o mais comum, a maioria dos cirurgiões exigirá uma avaliação de saúde mental por um profissional especializado em saúde do transgênero.

Essa medida é tomada pois a cirurgia não se trata apenas de aumentar ou retirar as mamas. Toda uma vida está sendo mudada. A pessoa está reconstruindo o próprio corpo e isso precisa estar muito bem delimitado em sua mente.

Por fim, tanto para mulheres trans, que desejam aumentar as mamas, quanto para homens trans, que desejam retirá-las, o procedimento é delicado e exigirá muita diligência do médico e do paciente. Só assim a cirurgia transgênero trará resultados satisfatórios.

Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter, e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como mastologista em Ribeirão Preto!

Posted by Dr. Gustavo Zucca Matthes in Todos
Mastectomia: quando ela é indicada?

Mastectomia: quando ela é indicada?

A mastectomia é uma das opções terapêuticas para o câncer de mama. Ela é a intervenção cirúrgica responsável pela retirada de toda a glândula mamária lesionada por tumor maligno. Geralmente, a técnica é adotada quando já não é possível realizar a cirurgia conservadora da mama, que permite preservar a maior parte do tecido mamário (quadrantectomia ou nodulectomia).

Existe muito receio entre as pacientes com indicação para a cirurgia, mesmo que o procedimento seja determinante para a sobrevivência da mulher e garantia de cura da doença. É preciso lembrar que existem métodos de reconstrução da mama, que devolvem o formato, tamanho e aparência da mama doente.

Em muitos casos, a reconstrução da mama é realizada simultaneamente com a mastectomia. É preciso verificar essa possibilidade com o médico especialista, já que alguns fatores podem interferir na realização dos procedimentos em conjunto, como tamanho e tipo do tumor, além do tipo de tratamento necessário após a cirurgia.

Continue a leitura para conhecer melhor o procedimento!

Tipos de mastectomia

Dados da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) indicam que 70% das pacientes diagnosticadas com câncer de mama precisam realizar a mastectomia. O motivo: a demora no diagnóstico!

O próprio órgão alerta para a dificuldade e demora no acesso a consultas, exames, biópsia e tratamento do câncer de mama, principalmente entre as usuárias do Sistema Único de Saúde (SUS). Casos diagnosticados precocemente são menos indicados para a cirurgia, além de terem 95% de chances de cura. 

Existem diversos tipos de mastectomia, escolhidos conforme a quantidade de tecido que deverá ser retirado, além da técnica mais indicada para cada caso. Veja a seguir.

Mastectomia simples

É o método mais comum para o tratamento do câncer de mama. Nesse caso, toda a glândula mamária é retirada, incluindo o mamilo. Os linfonodos axilares e o tecido muscular sob a mama são conservados. Pode ser seguida de reconstrução mamária imediata ou tardia.

Mastectomia radical modificada

É semelhante à mastectomia simples, porém, com a retirada dos linfonodos axilares. Pode ser seguida de reconstrução mamária imediata ou tardia.

Mastectomia radical

É indicada quando existe a necessidade de retirada de toda a mama, linfonodos axilares e músculos sob a mama (músculos peitorais). Existem poucas indicações para esse tipo de cirurgia, atualmente. Pode ser seguida de reconstrução mamária imediata ou tardia.

Mastectomia Bilateral

Também chamada de mastectomia adenomastectomia ou mastectomia redutora de risco, o procedimento ocorre quando é indicada a retirada das duas mamas. A retirada da segunda mama pode ocorrer por prevenção, ou nos casos em que existe grande chance de desenvolvimento do câncer por mutação genética. Hoje em dia também pode ser indicada nos casos de busca de identidade sexual por indivíduos transgênero. Geralmente sempre seguida de reconstrução mamária imediata.

Mastectomia poupadora da pele

É realizada para permitir a reconstrução da mama imediatamente após o procedimento. Ela não é indicada para todos os tipos de câncer de mama, já que podem haver lesões malignas próximas à pele em alguns casos. Geralmente sempre seguida de reconstrução mamária imediata.

Mastectomia poupadora do mamilo

Pode ser realizada nos casos em que o tumor se encontra distante do centro da mama, geralmente quando o tamanho do nódulo é menor e em estágio inicial. A pele também é conservada, mas o tecido mamário é totalmente removido. O lado negativo do procedimento é que, após a reconstrução, o formato do mamilo pode mudar e perdem sua sensibilidade, além de mulheres com seios maiores perceberem um desalinhamento de sua posição original. Geralmente sempre seguida de reconstrução mamária imediata.

Quando é indicado realizar a mastectomia?

As indicações respeitam o tipo, o tamanho e o estado geral de saúde da paciente. Geralmente, a mastectomia é indicada em casos de:

  • tumor em estágio precoce, porém em uma posição desfavorável ou em mamas muito pequenas;
  • risco elevado de desenvolvimento do câncer de mama, detectado em exames genéticos ou por histórico familiar;
  • necessidade de complementação da quimioterapia ou radioterapia;
  • prevenção de desenvolvimento do câncer na segunda mama;
  • presença de tumor ou retorno da doença  após o tratamento com cirurgia conservadora ;
  • dois ou mais tumores na mesma mama, que não podem ser retirados sem prejudicar o local;
  • em alguns casos de gravidez no momento do diagnóstico do câncer;
  • doenças já existentes que podem prejudicar os efeitos da quimioterapia ou da radioterapia, como lúpus e esclerodermia;
  • câncer de mama inflamatório.

Quer saber mais sobre mastectomia? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter, e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como mastologista em Ribeirão Preto!

Posted by Dr. Gustavo Zucca Matthes in Todos
Carcinoma inflamatório da mama: sintomas, causas e tratamentos

Carcinoma inflamatório da mama: sintomas, causas e tratamentos

O carcinoma inflamatório da mama representa cerca de 1 a 3% dos  total de casos de câncer de mama em todo o mundo, sendo um dos tipos mais raros e agressivos que existem. Esse subtipo é pouco conhecido entre as mulheres, devido ao seu baixo prognóstico, o que faz com que seu diagnóstico seja tardio, em um estágio mais avançado da doença.

Além da falta de informação, a velocidade do desenvolvimento do carcinoma inflamatório prejudica o tratamento precoce, e a rapidez com que se espalha entre os tecidos próximos à mama provoca forte inflamação na região instalada.

Outro ponto negativo para o diagnóstico dessa doença terrível: muitas vezes, não existe a presença de um nódulo primário, como ocorre nos demais tipos de câncer.

Continue a leitura para conhecer melhor a doença e se prevenir.

Características do carcinoma inflamatório da mama

Como dissemos, este é um tipo de câncer de mama raro e com peculiaridades em relação aos demais. Alguns deles são:

  • não apresenta nódulo;
  • pode não aparecer na mamografia;
  • maior risco em mulheres negras, em relação às mulheres brancas;
  • maior risco entre mulheres com obesidade;
  • desenvolvimento mais rápido;
  • costuma ser diagnosticado em estado avançado;
  • células cancerígenas se desenvolvem na pele.

Sintomas

Os sinais do carcinoma inflamatório costumam aparecer de forma rápida e conjunta, podendo ser confundidos com infecção ou inflamação da mama. Por essa razão, é possível que o médico recomende tratamentos à base de antibióticos. No entanto, é preciso atenção caso não haja melhora entre 7 e 10 dias após a utilização da medicação recomendada, e buscar ajuda médica com urgência.

Mulheres que não estejam amamentando e não sejam gestantes também precisam estar atentas nesses casos, já que a inflamação da mama é mais comum entre esse público.

Veja agora os principais sintomas desse tipo de câncer de mama:

  • dor e coceira;
  • vermelhidão; 
  • alteração da textura da pele, parecendo uma casca de laranja;
  • rigidez no local;
  • mamilo invertido;
  • assimetria entre as mamas;
  • aumento de temperatura no local;
  • aumento do peso da mama.

Causas e tratamentos

Existem fatores de risco comuns para o desenvolvimento do câncer inflamatório da mama. Eles estão relacionados a questões ambientais, genéticas e hábitos de vida irregulares. Conheça as principais causas da doença, a seguir:

  • mutações genéticas nos genes BRCA e BRCA2;
  • alcoolismo;
  • primeira gestação após os 40 anos;
  • terapia de reposição hormonal;
  • obesidade tardia (no pós-menopausa);
  • exposição à radiação nas mamas.

O diagnóstico da doença ocorre com a realização de exames de imagem, como a mamografia, ressonância magnética ou ultrassom e, o mais importante, com o exame clínico de um médico experiente. 

Após o diagnóstico e estadiamento da doença, o especialista indicará as melhores opções de tratamento para cada caso. Geralmente, o carcinoma inflamatório não é inicialmente tratado cirurgicamente.

A indicação terapêutica inicial para a maioria dos casos é a quimioterapia, que tem o objetivo de diminuir o tamanho do tumor. Somente após o tratamento pode ser feita a retirada cirúrgica da mama. Em seguida, é comum a recomendação da radioterapia, que pode ter a junção com mais quimioterapia. 

Outras opções contra o carcinoma inflamatório da mama, em casos avançados, é a hormonioterapia ou terapia-alvo. Geralmente não se indica reconstrução mamária imediata para estes casos.

Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter, e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como mastologista em Ribeirão Preto!

Posted by Dr. Gustavo Zucca Matthes in Todos