Câncer de mama

Câncer de mama: sintomas, causas e tratamentos

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), a incidência de câncer no mundo cresceu em 20% na última década. No Brasil, o tipo de câncer que apresenta o maior índice de diagnósticos na população é o não melanoma, seguido pelo câncer de mama nas mulheres e pelo câncer de próstata nos homens.

O desenvolvimento do câncer no organismo ocorre em razão do crescimento acelerado e desordenado das células que compõem os tecidos do corpo humano. Este descontrole e a agressividade desta proliferação desencadeiam o aparecimento de tumores que podem ser benignos ou malignos.

A ocorrência de mutação genética nas células, permitirá que estas se dividam e continuem vivas, formando tumores malignos. O diagnóstico de câncer na mama também pode acometer homens, mas sua incidência é predominantemente em mulheres.

Causas e fatores de risco

A incidência de câncer é determinada pela combinação de fatores de risco variáveis e que podem afetar as chances de adquirir a patologia. São classificados em invariáveis e decorrentes do estilo de vida (variáveis).

Fatores de risco invariáveis

A detecção do câncer na mama pode ser influenciada por fatores de risco que nascem com o indivíduo e não são passíveis de alteração, tais como: gênero, idade, raça, fatores genéticos, fatores associados à história reprodutiva, histórico pessoal e familiar.

O gênero feminino é mais propenso ao câncer de mama, principalmente nas mulheres brancas com idade acima dos 50 anos. Este tipo de câncer também pode ser hereditário, determinado pela mutação em genes que são transmitidos pela família (genes BRCA1 e BRCA2).

A ocorrência desta patologia em parentes consanguíneos aumenta a probabilidade de novos diagnósticos nesta mesma família em razão da predisposição genética. Há casos também em que o histórico pessoal é um fator de risco, como por exemplo, pacientes que estavam curados deste tipo de câncer e o desenvolvem novamente.

Situações como menarca precoce (primeira menstruação antes dos 12 anos) e menopausa após os 55 anos aumentam a probabilidade de ter a doença em razão da maior exposição destas mulheres aos hormônios femininos.

Fatores de risco relacionados ao estilo de vida

Existem também os fatores de risco atribuídos ao estilo de vida do paciente, tais como: consumo excessivo de álcool, obesidade ou sobrepeso em mulheres após a menopausa, sedentarismo, não ter filhos ou primeira gravidez após os 30 anos de idade, exposição à radiação ionizante decorrente da realização de exames de imagem e radioterapia e o uso de contraceptivos orais ou de terapias de reposição hormonal pós-menopausa.

Quais os sintomas do câncer de mama?

A detecção de alterações nas mamas depende do autoconhecimento que a mulher tem do seu corpo. A realização de exames de rastreamento como a mamografia diagnóstica é fundamental para a prevenção. A percepção do câncer em seu estágio inicial pode garantir melhores resultados ao tratamento.

O câncer diagnosticado nas mamas pode ser percebido pelos seguintes sintomas: a presença de nódulo indolor nas mamas, nódulos no pescoço ou nas axilas, alterações nos mamilos, secreção anormal nas mamas, a vermelhidão, inchaço ou enrugamento da pele da mama.

Porém, é importante frisar que a observância de um destes sintomas também pode estar relacionada a tumores benignos e não ao câncer.

Como é o tratamento?

Existem diferentes formas de tratamento que podem variar de acordo com o tipo, o estágio do câncer e a saúde do paciente. Os tratamentos são classificados em terapia local e terapia sistêmica.

A terapia local consiste em tratar a mama sem afetar outra parte do corpo. Esta terapia abrange dois procedimentos: A cirurgia, que pode ser de remoção parcial ou total da mama (mastectomia), é indicada quando o câncer está no estágio inicial; e radioterapia, que é a utilização de radiação ionizante sobre o local do tumor, é prescrita para diagnóstico em que não há metástase ou necessidade de remoção de grande parte da mama.

A terapia sistêmica tem como base o uso de medicamentos dados ao paciente por via oral ou direto na corrente sanguínea. A indicação deste tratamento é para casos em que o tumor já está em nível avançado ou em casos de metástase.

A terapia sistêmica pode ser: quimioterapia, que tem por objetivo a destruição, controle ou inibição do crescimento das células afetadas; ou hormonioterapia, que impede a ação dos hormônios responsáveis pelo crescimento das células doentes;

Imunoterapia, que atua no sistema imunológico utilizando nosso sistema de defesa para localizar e destruir as células do câncer; e, terapia-alvo, que consiste basicamente no uso de drogas ou outras substâncias desenvolvidas para identificar e atacar as células cancerosas, sem afetar as células saudáveis do nosso corpo.

O câncer de mama é uma doença de grande complexidade e que pode causar danos graves à saúde de seu portador. Porém, o diagnóstico do câncer em estágio inicial oferece muitas possibilidades de cura e a continuidade de uma vida saudável para o indivíduo e sua família.

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Dr. Gustavo Zucca Matthes

Posted by Dr. Gustavo Zucca Matthes