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Cirurgia oncoplástica mamária: quando ela é indicada?

Cirurgia oncoplástica mamária: quando ela é indicada?

Os seios normalmente representam o lado sensual e maternal das mulheres. Por isso, essa região do corpo costuma ser muito apreciada por elas. No entanto, quando elas são surpreendidas por um diagnóstico de câncer de mama, imediatamente, a fragilidade emocional e física se tornam visíveis.

Esse tipo de reação é absolutamente compreensível, porque não bastasse a doença, elas ainda precisam conviver com a possibilidade de remoção de uma ou das duas mamas. Ou seja, algo que afeta completamente a autoestima.

No entanto, as coisas estão mudando. Hoje, o intercâmbio de informações entre cirurgião plástico e mastologista traz muitos benefícios no campo estético.

Para que você tenha uma ideia, já é possível planejar um pré-operatório significativo para elas. A cirurgia oncoplástica mamária é a prova disso. Continue lendo o artigo e veja quando o procedimento é indicado.

O que é a cirurgia oncoplástica mamária?

A cirurgia oncoreconstrutora ou oncoplástica mamária representa um conjunto de técnicas de operação oncológica nas mamas. O procedimento está relacionado a técnicas de cirurgia plastica, cujo emprego é focado no tratamento do câncer de mama.

A metodologia é utilizada desde a década de 80 e tem o objetivo de proporcionar um acabamento estético melhor para a mama depois da retirada do tumor.

Quais são os benefícios dessa técnica?

Uma das vantagens, sem sombra de dúvidas, está no fato de o procedimento reduzir a quantidade da mastectomia, que é o procedimento de retirada de uma ou das duas mamas. Ou seja, por meio dela, conseguimos realizar ressecções amplas com resultados estéticos satisfatórios.

Outro ponto que merece ser mencionado tem a ver com a possibilidade de redução de novas cirurgias. O que isso quer dizer? Com essa metodologia a gente tem a chance de diminuir o índice das áreas comprometidas e evitar deformidades mamárias.

Além disso, é possível proporcionar uma melhor qualidade de vida para as pacientes. A melhora delas é gradual e funcional, principalmente para aquelas cujas mamas são mais volumosas.

Sobre isso, o médico radioterapeuta tem a oportunidade de planejar a radioterapia em pacientes com as mamas maiores, proporcionando a elas mais tranquilidade e menos dores.

Quando a cirurgia oncoplástica mamária é indicada?

Embora a cirurgia oncoplástica mamária ofereça benefícios para as pacientes, ressalto que a sua indicação depende de uma avaliação rigorosa.

Ou seja, depois que o tumor for retirado, elas passarão pelo processo de reconstrução da mama e simetrização, que é a plastica da mama oposta. Portanto, a seleção deve ser minuciosa, já que o objetivo é otimizar o resultado estético.

Isso quer dizer que a indicação também depende da assimetria volumétrica, resultante da ressecação oncológica e do desejo da paciente de melhorar o aspecto visual da mama.

A cirurgia oncoplástica mamária não é uma metodologia recente, mas foi aprimorada ao longo do tempo. Normalmente, o tempo da cirurgia depende do tipo de reconstrução indicada, porém, o procedimento é realizado entre 3 e 4 horas.

Além disso, o tempo de internação é curto. A recuperação total é de no máximo 30 dias. Mas, é claro, isso também dependerá de fatores emocionais e físicos da paciente.

Quer saber mais sobre a cirurgia oncoplástica mamária? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter, e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como mastologista em Ribeirão Preto!

Posted by Dr. Gustavo Zucca Matthes in Todos
Como é a cirurgia para tratar o câncer de mama?

Como é a cirurgia para tratar o câncer de mama?

A incidência de câncer de mama no Brasil caiu, mas a doença continua sendo um desafio. Isso acontece porque a doença atinge 3 a cada 100 mil brasileiras, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA).

Infelizmente, a mortalidade ainda é significativa, já que 70% dos casos são diagnosticados na fase avançada da patologia. Nesse cenário desafiador, a mulheres mais pobres são as mais afetadas.

Mas, não para por aqui, porque a desigualdade também é regional. Mulheres das regiões Norte e Nordeste são as que menos conseguem realizar exames pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Vale acrescentar que a descoberta precoce do câncer de mama é fundamental, principalmente porque é possível realizar cirurgia para tratá-lo. Neste artigo, especificamente, explico como é feita a operação e ainda mostro como essa intervenção pode salvar vidas. Quer saber mais? Continue a leitura!

Tipos de cirurgias para o câncer de mama

De forma geral, a intervenção cirúrgica é recomendada para retirar o máximo que pudermos do tumor. Dentro de uma margem de segurança, ela também é realizada para avaliar a disseminação da patologia, aliviar os sintomas do câncer avançado e reconstruir a mama. Ou seja, temos aí diferentes situações e motivos distintos para a realização do procedimento.

No que tange à operação, existem dois tipos de cirurgias principais: mastectomia e cirurgia conservadora da mama. No primeiro caso, o procedimento envolve a retirada de toda a mama (uma ou dua), além dos tecidos próximos, em alguns casos.

Já no segundo caso, temos a cirurgia conservadora da mama, que também é conhecida como quadrantectomia, mastectomia parcial, tumorectomia ou mastectomia segmentar.

Como o próprio termo sugere, o objetivo é preservar o máximo da mama, retirando apenas a parte afetada pelo tumor. Mas, é claro que a proporção de retirada está muito relacionada a outros fatores, além da localização do câncer na mama.

Como a cirurgia para o câncer de mama é definida?

Na fase inicial, a mulher tem a possibilidade de escolher o tipo de cirurgia. Ou seja, a vantagem de optar pela cirurgia conservadora está no fato de ela poder manter o máximo possível da mama.

Por outro lado, ela precisará realizar radioterapia. Agora, caso opte pela mastectomia, terá a oportunidade de eliminar a radioterapia do tratamento. Veja como a escolha é feita:

Linfonodos

O procedimento é feito para descobrir se o câncer se espalhou para os linfonodos. Para tanto, ele são removidos e analisados no microscópio. Ou seja, é uma parte imprescindível do estadiamento da patologia, pois temos a chance de removê-lo durante a operação de retirada do tumor ou numa intervenção separada.

Reconstrução mamária

Depois que a mastectomia é realizada, a depender do tamanho do tumor e do tecido mamário retirados, pode ser necessária uma intervenção de reconstrução da mama. O objetivo é possibilitar que o aspecto estético fique bem próximo da expectativa da paciente.

Como funciona a cirurgia no estágio avançado do câncer?

Quando o câncer se dissemina, a cura é improvável. No entanto, a cirurgia pode ser útil para amenizar as dores da pacientes, porque, em alguns casos, o tumor provoca feridas.

Mas, além disso, o procedimento é oportuno para tratar pequenas áreas e, principalmente, quando o câncer está comprimindo o fígado ou a medula espinhal. No contexto geral, a cirurgia para tratar o câncer de mama é muito útil, sobretudo, na fase inicial da doença. Por isso, é muito importante obter o diagnóstico precoce.

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Cuidados necessários no pós-operatório da mastectomia

Cuidados necessários no pós-operatório da mastectomia

A maior parte das mulheres que se submeteram à mastectomia, cirurgia que remove a mama devido ao desenvolvimento de um câncer, tem boa recuperação após o procedimento.

Uma vez que a cirurgia é bastante invasiva, o processo de recuperação completo pode demorar até dois meses. Esse período inclui a administração de remédios para aliviar a dor e manutenção dos curativos. Em alguns casos, também pode ser necessária a realização de exercícios para a recuperação dos movimentos do braço e ganho de força, pois, muitas vezes, os gânglios da axila são retirados.

Algumas mulheres, no entanto, precisam passar por terapias complementares, como radioterapia e quimioterapia, alongando o tempo de recuperação. 

Independentemente do caso, os cuidados após a cirurgia são essenciais para se garantir que não haja nenhum tipo de complicação. 

Cuidados após a mastectomia

Conforme o tipo de cirurgia realizada, a internação hospitalar  pode variar entre 2 a 5 dias. É comum que haja dor na mama operada e no braço. Conflitos de autoestima nessa fase também são normais. Confira, a seguir, alguns procedimentos que podem ser adotados no período.

1. Para aliviar a dor

A dor no pós-operatório é esperada, devido à agressividade do procedimento. Nesses casos, o médico poderá indicar analgésicos. Os horários e as dosagens devem ser respeitadas. 

O fenômeno da dor “fantasma” acontece quando a pessoa sente dor na parte do corpo que foi retirada, como se ainda estivesse presente. Além da dor, pode haver a sensação de desconforto, coceira e pressão. Até o cérebro se ajustar à falta daquela parte, a pessoa precisa ir se adaptando. O acompanhamento psiquiátrico no período pode ser importante, além da prescrição de medicamentos anti-inflamatórios.

2. Para tirar o dreno

Em alguns casos,  há necessidade de continuar usando o dreno após a alta do hospital. O dreno é colocado para escoar os líquidos e sangue acumulados na região operada. Nessa situação, é preciso que a paciente esvazie o dreno e registre diariamente a avaliação do líquido.

Esse procedimento requer cuidados específicos, como manter o dreno sempre preso à roupa, esvaziá-lo duas vezes ao dia e usar roupas confortáveis para acomodá-lo de forma segura. 

Todas as instruções serão dadas pelo médico e deverão ser seguidas corretamente. Caso haja qualquer alteração, deve-se procurar o médico imediatamente.

3. Para tratar a cicatriz

Grande parte das vezes, a sutura é realizada com pontos internos, que são absorvidos pelos corpo. O cirurgião coloca um curativo, que não deve ser trocado em casa. O mais indicado é que a pessoa volte ao hospital para trocá-lo ao final da primeira semana, seguindo as orientações médicas.

Nesse período, não se deve molhar o curativo. Também deve-se tomar cuidado para não machucar o local. Caso apareçam sinais de infecção, como febre, vermelhidão, calor e líquido amarelo, deve-se recorrer ao médico imediatamente.

O tamanho da cicatriz depende do local em que foi feita a incisão, do tipo da cirurgia realizada e do tamanho do tumor. A pele do local deve ser hidratada após a cicatrização completa, vide orientações do cirurgião.

4. Para devolver força e movimento no braço operado

É muito frequente a intervenção na axila, em conjunto com a retirada dos tecidos da mama. Com isso, o braço pode perder um pouco da força e mobilidade normal. Dessa forma, é imprescindível realizar exercícios diariamente.

Primeiramente, os movimentos são bem simples e podem ser feitos na própria cama. O médico ou fisioterapeuta irá orientar a melhor forma de praticá-los. 

A recuperação de uma mastectomia pode ser tranquila do ponto de vista físico, quando todas as orientações e cuidados são seguidos adequadamente. O paciente deve se lembrar sempre de recorrer ao médico ao primeiro sinal de infecção ou outra alteração durante o pós-operatório da retirada da mama.

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Conheça 5 tipos de mastectomia

Conheça 5 tipos de mastectomia


A mastectomia costuma ser a abordagem mais recomendada para tratar tumores na mama. É um procedimento cirúrgico que consiste na retirada de parte ou de todo o tecido do local, que podem incluir, ou não, os mamilos.  

Geralmente, é indicada para os casos em que o tumor é extenso e em que a cirurgia conservadora não é considerada segura. Também existem casos em que a mulher prefere esse tipo de cirurgia por motivos pessoais. Inclusive, a intervenção pode ser realizada como forma de prevenção ao desenvolvimento futuro do câncer, desde que orientada pelo mastologista.

Tipos de mastectomia

Existem vários tipos de mastectomia. Cada um serve a determinado propósito. Assim, o especialista vai indicar o procedimento mais adequado, de acordo com a finalidade que se deseja alcançar. 

Confira os diferentes tipos, abaixo.

1. Total ou simples

Neste procedimento, são removidas as glândulas mamárias inteiramente, além da pele, da aréola e do mamilo. Contudo, os linfonodos axilares e o tecido muscular sob a mama são poupados. Por isso, é mais indicada quando o tumor é menor e bem localizado, descoberto no início, sem risco de já ter se espalhado ao redor.

2. Preservadora de pele

Retira-se todo o tecido mamário, tal qual na total. Porém, a maior parte da pele da mama é mantida. É comum se utilizarem implantes ou tecido de outras partes do corpo para reconstruir a mama, às vezes no mesmo procedimento. 

Geralmente, é indicada para tumores menores e que não estejam localizados próximos à superfície da pele.

3. Radical

Este procedimento é o mais invasivo e também mais raro. Geralmente, é indicado quando há tumores nos músculos peitorais ou quando existe forte risco do tumor se espalhar. Essa intervenção remove toda a mama, em conjunto com os músculos subglândulares e os gânglios axilares. 

Existe uma variante desse procedimento, chamada de radical modificada. Nesse caso, o músculo peitoral maior ou ambos os músculos, peitoral maior e menor, são preservados.

4. Preventiva

O procedimento com caráter preventivo é realizado para prevenir o desenvolvimento dos tumores no local. A recomendação para a forma preventiva é apenas para mulheres com risco conhecido e muito elevado. Isso ocorre quando elas possuem histórico familiar da doença, ou alterações genéticas que podem provocar o câncer, conhecidas como BRCA1 e BRCA2, mostradas em testes genéticos.

O procedimento se assemelha à forma total ou radical, em que se retira a mama completamente, abrangendo os gânglios próximos e, às vezes, os músculos ao redor. O risco nesses casos é igual para as duas mamas. Dessa forma, realiza-se a mastectomia dupla.

5. Masculina

Esse é um tipo de cirurgia plástica reparadora, realizada com o objetivo de deixar o tórax da mulher com aparência masculina. É indicada nos casos de transição de gênero.

Nesse tipo de intervenção, retiram-se as mamas, utilizando-se a técnica mais adequada, escolhida pelo mastologista ou cirurgião plástico. Leva-se em consideração o tamanho e o tipo dos seios de cada pessoa.

A mastectomia também pode ser feita para tratar o câncer de mama no homem. Esse tipo de procedimento é mais raro. Contudo, é realizado da mesma maneira que é feito na mulher, ainda que os homens tenham menos glândulas.

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Relação Médico-Paciente: a essência da saúde

Relação Médico-Paciente: a essência da saúde

Relações de qualquer natureza exigem companheirismo , respeito, transparência e acima de tudo cumplicidade. Uma relação médico-paciente não é diferente!

Para existir um casamento ou união estável foi necessário que duas pessoas se atraíssem, buscassem afinidades, passassem a se entender e compreender seus limites e possibilidades. Com o tempo a sedimentação deste convívio gera uma sociedade pautada na confiança e na credibilidade que ao aumentar fica cada vez mais forte E consistente. Para isto, ambos precisam ser fiéis as suas diretrizes. Ao precisar de algum cuidado médico o paciente inicia uma busca por um profissional de excelência com habilidades e experiência o bastante para lhe cuidar a vida. Isto ocorre por indicação de amigos, familiares ou conhecidos que dividem boas ou más experiências   criando uma expectativa sobre determinado profissional. Além disso, e não menos importante, nos dias de hoje, há a condição econômica de cada um que pode, por sua vez,  funcionar como um filtro para pré-determinar seu médico através de uma rápida olhada em uma nominata do convênio e causar simpatia por um nome qualquer , entre tantos ali expostos. Isto pode gerar um início de relação inconsistente, semelhante com namoros de ocasião que em determinado momento, passado o efeito da bebida, a pessoa se pergunta o que está fazendo com aquela pessoa?!?

Escolhido o especialista para conduzir sua saúde, e isto é uma responsabilidade e tanto, inicia-se um processo de cumplicidade, um matrimônio, onde o paciente passa a se despir literalmente de corpo e alma expondo muito mais que suas manchas de nascença, zonas de pudor ou vergonha, explicita as cicatrizes da alma. Ao menos deveria ser assim! Munido destas informações a experiência e conhecimento do médico, então, entram em ação para construir equações mentais que o ajudem a decifrar os problemas trazidos pela paciente.  

Ninguém possui resposta para tudo, daí a importância da transparência e respeito entre o binômio. O médico precisa ser claro ao fazer seu diagnóstico e verdadeiro ao informar boas ou más notícias. Precisa, ainda, despir-se de qualquer ego e ser franco ao informar que pode necessitar de mais exames e tempo de estudo ou, quem sabe, de ajuda ainda mais específica para ajudar seu paciente a concluir seu diagnóstico. Isto não deve ser interpretado como fraqueza, pelo contrário, mostra maturidade e compromisso com o paciente. Atitude louvável!

Quando as regras de uma relação são devidamente expostas e seguidas a risca por ambas as partes, torna-se compreensível a resolução de complicações inesperadas e inerentes ao tratamento. O profissional deve estar de mãos atadas com o paciente e sua família até a resolução do problema.

Hoje em dia vemos muitos relacionamentos amorosos fugazes. A falta de consistência e comunicação gera conflitos desnecessários e que causam a erosão de sua sociedade. A relação médico-paciente também vem sendo enfraquecida ao longo do tempo. Por condições econômicas, avanços tecnológicos, desrespeito mútuo, absoluta falta de valorização profissional, más gestões administrativas, seja pública ou privada, e um desmoronamento dos pilares sociais. A relação médico-paciente exige um diálogo franco, em uma linguagem clara para o paciente e sua família. Quando um médico é escolhido por qualquer razão, ele precisa entender que não está tratando um ouvido, um intestino, uma mama, um osso, etc. Ao assumir um caso, assume-se um compromisso de respeito e cumplicidade com o indivíduo e sua família.

O médico e as Instituições de saúde não devem se gabar de prestarem um tratamento dito humanizado, ele deve estar intrínseco na sua atitude profissional. A relação médico-paciente deve, sim, ser personalizada, resgatada e preservada acima de tudo e para uma boa saúde de todos ou até que a morte os separem!

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O pré e pós-operatório da cirurgia de ginecomastia

O pré e pós-operatório da cirurgia de ginecomastia

A ginecomastia é uma enfermidade onde há o aumento benigno das mamas nos homens.

Está normalmente relacionada a desequilíbrios causados por alterações hormonais, as quais podem estar associadas a problemas no fígado, na tireoide e até mesmo ao uso de determinados medicamentos ou substâncias perigosas, como drogas ou anabolizantes.

Quando a ginecomastia torna-se um problema e atrapalha a autoestima, a vida cotidiana e a autoimagem do paciente, é possível recorrer a um procedimento cirúrgico específico.

Para operar, é necessário ter autorização de um médico especialista e passar por uma série de exames. 

O acompanhamento com endocrinologistas também é fundamental, uma vez que as alterações hormonais que causaram o aumento das glândulas mamárias devem ser controladas.

Neste artigo, falaremos um pouco mais sobre os tipos de cirurgia existentes e sobre os cuidados a serem tomados antes e depois do procedimento. Confira abaixo.

Como é a cirurgia de ginecomastia?

Quando o problema é causado por excesso de peso (no caso de pessoas obesas ou que tiveram aumento de peso rápido), recomenda-se fazer uma lipoaspiração e depois perder peso, com a ajuda de um nutricionista, de um preparador físico e de demais especialistas.

Quando o aumento das mamas é causado por problemas hormonais, é necessário remover a glândula mamária como um todo. Do contrário, o crescimento pode voltar a acontecer.

Todos os procedimentos cirúrgicos invasivos devem ser realizados em ambiente hospitalar, com anestesia local e sedação. 

O tempo de repouso varia de acordo com o quadro geral do paciente, mas não costuma ser muito extenso. Boa parte das pessoas retorna às atividades normais, com algumas ressalvas, dentro de algumas semanas.

Cuidados pré-operatórios

Como já comentamos, é necessário passar por uma série de exames antes da intervenção cirúrgica.

É natural que o especialista solicite hemograma completo, para avaliar a presença de infecções ou alterações na contagem de plaquetas.

Distúrbios de coagulação de sangue, diabetes, doenças preexistentes e disfunções são avaliadas e pesadas antes de um possível atendimento cirúrgico.

A ultrassonografia das mamas também costuma ser solicitada, inclusive para verificar a existência de tumores.

Antes da cirurgia, é necessário fazer jejum de pelo menos 8 horas e evitar remédios que alterem a coagulação. A retirada dos pelos da região do tórax e das axilas também é solicitada.

Cuidados após a cirurgia

Por ser um procedimento seguro e relativamente simples, é possível que o paciente receba alta algumas horas depois da finalização do mesmo.

A utilização de drenos é fundamental. A maior parte dos pacientes os mantêm por 3 a 4 dias.

Durante cerca de 2 meses, o paciente deverá utilizar colete de compressão recomendado pelo médico. A retirada desse acessório deve acontecer apenas quando for preciso — como quando o paciente vai se banhar.

Exercícios físicos estão vetados até a retirada do colete e devem ser liberados pelo especialista responsável.

Recomenda-se dieta regrada e o abandono de hábitos como o tabagismo e a ingestão de bebidas alcoólicas.

A utilização de medicamentos para cicatrização, para dor ou infecções também deve passar pela avaliação do médico. A automedicação não só por parte de pacientes com ginecomastia, mas em qualquer circunstância, deve ser evitada.


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Entenda o que é a mastectomia poupadora de pele

Entenda o que é a mastectomia poupadora de pele

A mastectomia é um processo que consiste na retirada cirúrgica de 1 ou ambas as mamas. Ela pode ser feita em diversas situações, mas é particularmente comum em casos de câncer de mama.

Neste artigo, falaremos um pouco mais sobre os tipos de mastectomia existentes. Se você gostaria de saber mais, prossiga com a leitura.

Tipos de mastectomia

Como comentamos, há mais de 1 tipo de cirurgia. Confira-as abaixo.

Simples

Como o próprio nome sugere, é o procedimento mais simples e comum. Nesta cirurgia, o médico faz a retirada de toda a mama, sem tocar nos linfonodos axilares ou no tecido sob a mama.

Em algumas circunstâncias, pode haver remoção dos linfonodos durante outra cirurgia.

Pode ser preventiva, quando há altos riscos de desenvolvimento de câncer de mama ou quando há intuito estético envolvido (o que pode acontecer em casos de readequação de gênero).

Radical modificada

Combina a retirada das mamas com a remoção dos linfonodos axilares.

Dupla

Trata-se da retirada de ambas as mamas. Também pode ser preventiva ou realizada como forma de oferecer ao paciente conforto estético.

Poupadora da pele

Utilizada quando há necessidade de reconstruir a mama de forma emergencial. 

Durante a mastectomia poupadora de pele, o especialista conserva a maior parte da epiderme, mas retira quantidades significativas do tecido mamário.

Nesse procedimento, há a utilização de tecido de outras partes do corpo ou de implantes específicos.

Esse tipo pode ser vetado para alguns pacientes, como aqueles que estão com tumores de grande extensão.

Poupadora do mamilo

Variação do procedimento citado acima, costuma ser realizado em pessoas que estão com tumores em estágio inicial.

Como o nome pode sugerir, há a retirada do tecido mamário, mas o mamilo e a epiderme da mama são mantidos. A reconstrução mamária é feita a partir daí.

Radical

Há a remoção da mama, dos linfonodos existentes sob as axilas e dos músculos presentes sob a mama.

É feita em casos raros, quando há tumores de grande extensão, na região dos músculos do peito.

Quais são as indicações?

Quando falamos sobre casos de neoplasia, o procedimento é indicado quando a radioterapia não surtiu o efeito desejado ou quando o paciente não deseja ser submetido ao tratamento em questão.

Outras indicações incluem:

  • presença de tumores maiores que 5 cm na região da mama;
  • alterações genéticas significativas, como mutação no gene BRCA, que podem aumentar a probabilidade do desenvolvimento de câncer novamente;
  • presença de doenças autoimunes, como o lúpus;
  • presença de câncer de mama inflamatório;
  • existência de mais de 1 foco de câncer na região de mama.

E a recuperação?

O tempo de recuperação varia de acordo com o quadro e com a saúde do paciente. A maior parte das pessoas consegue retornar às atividades cotidianas dentro de alguns meses.

O procedimento é feito com anestesia e sedação, e o paciente costuma ser liberado cerca de 24 horas após a cirurgia. Alguns casos podem exigir internação por tempo maior.

Os cuidados a serem tomados no local da cirurgia devem ser explicitados pelo médico, assim como os horários de medicação, as limitações, a dieta e as possíveis sensações causadas pela modificação corporal.

É normal e necessária a utilização de dreno durante cerca de 3 ou 4 dias após a mastectomia.

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Controlando a dor da Cirugia da Mama

Controlando a dor da Cirugia da Mama

As cirurgias da mama  estão entre os procedimentos mais comuns e, nos dias atuais, seria inadmissível que eles não fossem acompanhados de segurança e conforto para os pacientes.

O médico anestesiologista faz parte da equipe cirúrgica e é fundamental para que o paciente tenha uma cirurgia tranquila, segura e, claro, sem dor. A escolha da melhor forma de anestesia vai depender da história de cada paciente, da técnica cirúrgica a ser usada, do posicionamento da paciente na mesa cirúrgica e das possibilidades em recursos disponíveis para cada hospital.

Recomendamos a nossos pacientes que façam consultas com o anestesiologista antes da cirurgia. Desta forma, espera-se reduzir os níveis de ansiedade através de um diálogo franco,  criando uma relação médico-paciente capaz de esclarecer as dúvidas ao redor do procedimento.

Além da anestesia geral, onde o paciente é adormentado e possui sua respiração controlada por um aparelho sob supervisão do anestesiologista, existem outras modalidades de analgesia que podem ser usadas juntas ou isoladas para propiciar uma cirurgia sem dor. Os bloqueios são anestesias as quais o anestésico é aplicado diretamente nos principais nervos relacionados com as mamas. São procedimentos simples, contudo exigem destreza do anestesiologista para, muitas vezes sob orientação ultra-sonográfica,  localizarem o ponto exato por onde passam os nervos e neutralizarem sua função durante e, também, após a cirurgia propiciando um relaxamento do paciente, sem dores e permitindo que o cirurgião trabalhe tranquilamente.

Em um trabalho de equipe, os próprios cirurgiões também podem realizar bloqueios específicos ao términos das cirurgias a fim de obter melhor controle da dor no pós-operatório.

O controle da dor relacionada a cirurgia mamária precisa ser levado a sério e no pós-operatório é fundamental e sempre que possível deve ser tratado intensamente e o mais rápido possível, tornado-se, então, mais efetivo. 

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O câncer voltou e ainda quero preservar a mama, seria possível?

O câncer voltou e ainda quero preservar a mama, seria possível?

No final dos anos 80 dois pesquisadores Prof Veronesi e Prof Fisher revolucionaram o tratamento do câncer de mama, provando que seria possível preservar a mama das pacientes desde que o tumor fosse removido, com margens de segurança, e o tratamento radioterápico fosse realizado. Nascia o tratamento conservador , hoje, considerado o padrão ouro no tratamento cirúrgico do câncer de mama.

Apesar da segurança deste tratamento conservador ser equivalente a retirada da mama ou mastectomia um percentual pequeno de mulheres tratadas podem apresentar recidiva ou seja o re-aparecimento do tumor. Detalhe isto também pode acontecer mesmo em pacientes mastectomizadas. Contudo, sempre que uma mulher que tinha sido submetida a conservação da mama e radioterapia apresentava sinais de volta da doença, ela não tinha escolha e era submetida a mastectomia. Nem preciso dizer o peso e desconforto causado por este tipo de situação, não é mesmo?!?

Recentemente alguns trabalhos científicos que investigavam a possibilidade de se indicar um novo tratamento conservador para pacientes selecionadas com recidiva da doença na mama tratada, mostraram resultados promissores.

Há alguns anos discuti sobre este tema com Dr Gentilini, naquela época no Instituto Europeu de Oncologia. Ele defendia o requadrante para casos selecionados, porém sem irradiação. Fico feliz que a medicina continue sendo uma ciência de verdades transitórias.

Apesar dessas raras publicações científicas, a mastectomia ainda é considerada o principal tratamento após uma recidiva local do câncer de mama em pacientes previamente submetidas a cirurgia conservadora e irradiação da mama. Não faz sentido preservar a mama sem bons resultados. Portanto, a evolução das técnicas de cirurgia da mama, incluindo o arsenal da cirurgia oncoplástica, e a criação de dispositivos como o Biozorb, um marcador 3D para melhorar os resultados estéticos e facilitar o planejamento da radiação, eles podem aumentar ainda mais as taxas de cirurgia de conservação da mama e ajudar cirurgiões e pacientes discutir outras opções terapêuticas para preservar a autoestima e as chances de qualidade de vida. A evolução do planejamento e da tecnologia também auxiliam que as radioterapias sejam efetivas e menos tóxicas contribuindo para isto.

Há uma perspectiva para fornecer uma nova linha de tratamento conservador para pacientes desesperadas que receberam más notícias novamente. A possibilidade de preservação das mamas é notável, mesmo que para um grupo selecionado de pacientes. Mais estudos são necessários e, talvez em um futuro próximo, essa indicação possa ser ampliada. Ganha a mastologia, ganham as mulheres!!!!

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Resumindo o câncer de mama

Resumindo o câncer de mama

O câncer de mama é um dos  tipos de neoplasia mais comuns em mulheres de todo o mundo. No Brasil, alcança o segundo lugar entre os cânceres que mais afetam o sexo feminino, ficando atrás apenas dos câncer de pele não melanoma. Em 2018 houve mais de 50.000 novos casos e em 2017 o número de óbito derivado dessa doença atingiram mais de 16.000 pacientes.

Os principais câncer de mama são: Carcinoma ductal in situ, Carcinoma ductal invasivo, Carcinoma lobular invasivo, contudo, existem diversos outros tipos. Em regra, o tumor se forma a partir de células presentes na mama que se multiplicam desordenadamente. Em alguns casos, o tumor vai se desenvolver lentamente, em outros, crescem e se espalham com mais facilidade.

Como identificar o câncer de mama?

Quando diagnosticado em estágios iniciais, o tratamento promove maiores chances de cura sem que haja necessidade de se recorrer à abordagens mais agressivas. Por isso, é importante ficar atenta aos sintomas, pois na maioria das vezes, quem reconhece os primeiros sinais são as próprias pacientes.

A observação que gera o alerta inicial é a presença de um nódulo, indolor e duro na mama.

Também é perceptível edema cutâneo similar à aparência da casca da laranja; descamação ou feridas no mamilo; nódulos na axila ou no pescoço e excreção de um líquido transparente ou avermelhado pelos mamilos.

Tratamentos 

Graças aos avanços da medicina oncológica, existem diversas formas de tratar a doença.

Escolher a forma de terapia para o câncer de mama vai depender do estágio em que é encontrado, do tipo de tumor e do estado geral de saúde do paciente.

Quando é diagnosticado no início, ou seja, nos primeiros estágios, 0, I e II, a prioridade é o procedimento cirúrgico. A cirurgia para o tratamento do câncer de mama pode ser apenas a retirada do tumor, cirurgia conservadora, ou a mastectomia, retirada da mama. Ainda há a opção de reconstruir a mama concomitantemente à cirurgia. Cada caso deve ser analisado individualmente. Sempre que o tratamento conservador for indicado a radioterapia deverá ser associada.

Se houver comprometimento dos linfonodos ou chances evidentes de recidiva, o cirurgião indicará o esvaziamento axilar, ou limpeza dos linfonodos ou ínguas na axila, enquanto o oncologista pode optar por indicar o tratamento sistêmico após a cirurgia, que envolve quimioterapia, hormonioterapia ou terapia biológica e radioterapia.

No estágio III o aconselhamento é o tratamento sistêmico para diminuir o tamanho do tumor e viabilizar a cirurgia. Nessa fase, os tumores já podem passar dos 5 cm, porém ainda se encontram apenas na mama.

O último estágio, o IV, é a etapa em que o câncer está mestático, isso quer dizer que já se estendeu para outras áreas do corpo. Nesse ponto, o oncologista busca terapias que proporcionam o controle da doença pensando em aumentar a sobrevida do paciente sem deixar de avaliar os desconfortos causados pelo tratamento.

O equilíbrio entre a abordagem terapêutica e a qualidade de vida do paciente precisa ser levado em consideração em qualquer fase do tratamento. 

O paciente deve receber toda informação acerca dos efeitos colaterais e deve ter a liberdade de escolher juntamente com o médico  a melhor alternativa para o seu caso.

Infelizmente, devido a aleatoriedade de fatores que levam ao aparecimento do câncer de mama, a prevenção se baseia, geralmente, em alimentar-se de forma saudável, praticar atividades físicas e evitar excesso de álcool e tabagismo. 

Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter, e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como mastologista em Ribeirão Preto!

Posted by Dr. Gustavo Zucca Matthes in Todos