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Os benefícios da amamentação para a saúde da mulher

A amamentação é um processo necessário não apenas para estreitar os laços entre mãe e filho e nutrir o bebê. Nem todos sabem, mas o ato de amamentar também tem relação direta com a saúde da mulher.

Em um artigo, Marina F. Rea, doutora do Instituto de Saúde, Coordenação dos Institutos de Pesquisa (CIP), SES – São Paulo, elencou alguns dos benefícios que a prática pode ter para aquelas que amamentam durante certo período de tempo.

Abaixo, falaremos um pouco mais sobre o assunto.

Saúde da mulher: o que a amamentação pode fazer?

Segundo o artigo, uma revisão de 47 estudos, realizados com cerca de 50 mil mulheres, em 30 países, sugere que o aleitamento materno pode ser responsável por 2/3 da redução estimada no câncer de mama.

Visto que se trata do câncer que mais vitima mulheres em todo o globo, este é um dado muito importante. Segundo a revisão já citada, quanto maior o tempo de amamentação, menor o risco relativo de ter câncer.

Estima-se que o câncer, em países desenvolvidos, teria incidência reduzida a mais da metade caso as mulheres amamentassem por tempo prolongado.

Esse é apenas o primeiro dos benefícios da amamentação para a saúde da mulher. A seguir, listaremos outras vantagens impressionantes. Confira.

Fraturas por osteoporose

A osteoporose é uma condição que se caracteriza pela diminuição progressiva da densidade óssea. Tal circunstância provoca aumento do risco de fraturas, dores nas costas, perda de altura, entre outras coisas.

Durante a fase de lactação, a mulher produz entre 600 a 1000ml de leite diariamente. Essa perda diária de cálcio deveria implicar em aumento na possibilidade de osteoporose.

Apesar disso, um estudo realizado em Minnesota, nos EUA, demonstrou que a massa óssea obteve maior densidade mineral entre mulheres que amamentaram por mais de oito meses.

Diante disso, compreendemos que amamentar previne a osteoporose e as fraturas oriundas da enfermidade.

Câncer de ovário

O câncer de ovário é um dos mais letais – apenas nos Estados Unidos, ele mata mais do que o câncer cervical e de endométrio juntos.

Segundo dados apontados no estudo, os fatores de proteção associados ao câncer ovário incluem:

  • uso de contraceptivo oral;
  • ligadura de trompas;
  • histerectomia, que é a retirada do útero;
  • a gravidez e o processo de amamentação.

Assim como na questão da osteoporose, há uma relação inversa. Ou seja: quanto maior o tempo de aleitamento materno, menor o risco de câncer de ovário não-mucinoso (ou seja, de células claras e endometrióides).

Recuperação do peso após o parto

Não é incomum que, depois da gravidez e de parir, a mulher se encontre com sobrepeso. No puerpério, o organismo está preparado para produzir leite materno.

Se a amamentação for frequente e duradoura, o organismo fabricará mais leite. Isso, por sua vez, é responsável pela queima acelerada de calorias.

Se a amamentação for a única fonte de alimentação do bebê, será necessário fornecer leite mais vezes ao dia. Assim, a diminuição do peso corporal será mais rápida e contribuirá para que a mulher retorne ao peso pré-gestacional.

Como se pode ver, a amamentação é uma grande aliada da mulher após o parto, não apenas por questões estéticas, mas principalmente no que tange a longevidade e o bem-estar.

Ainda é preciso estudar a fundo os impactos da amamentação na saúde da mulher. O pouco que se sabe, porém, já é bastante empolgante.

Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter, e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como mastologista em Ribeirão Preto!

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Dr. Gustavo Zucca Matthes

Posted by Dr. Gustavo Zucca Matthes