Você sabia que depois dos tumores de pele não melanoma, o câncer de mama é a neoplasia maligna que mais acomete mulheres no país? Só em 2019 foram mais de 59 mil novos casos, o que corresponde a aproximadamente 51 ocorrências a cada 100 mil brasileiras.
De acordo com a IARC, Agência Internacional de Pesquisa em Câncer, o câncer de mama está entre os tipos mais comuns no mundo, juntamente com os cânceres de pele, pulmão e intestino. Sua letalidade é alta, sendo o quinto tipo de tumor que mais mata mundialmente.
A boa notícia é que, ao ser diagnosticado e tratado precocemente, as chances de cura são altas. É importante ressaltar que uma das maneiras de detectar o câncer precocemente é conhecer os principais fatores de risco para o desenvolvimento da doença. Isso porque quem possui um ou mais fatores precisam redobrar a atenção e os cuidados preventivos.
Ao notar qualquer sinal suspeito, as pessoas com maior propensão ao desenvolvimento desse tipo de câncer devem buscar suporte especializado imediatamente. Além disso, pessoas que conhecem fatores que aumentam a predisposição podem se preparar para controlar condições evitáveis, como tabagismo e má alimentação.
Quer descobrir quais são os aspectos que favorecem o surgimento de tumores malignos nas mamas? Leia o artigo e descubra.
Idade avançada
O câncer de mama é mais incidente em mulheres a partir dos 50 anos de idade, o que não significa que as mulheres mais jovens devam se descuidar. Há cada vez mais casos em mulheres na faixa dos 30 e 40 anos. A ocorrência entre as mulheres com 20 anos é rara. Geralmente o aparecimento do câncer de mama em mulheres jovens está associada a outros fatores de risco, como hereditariedade. Vale ressaltar que o câncer de mama é mais comum em mulheres mais velhas devido ao aumento da exposição a alterações biológicas típicas do próprio envelhecimento.
Questões hormonais
Fatores endócrinos, história reprodutivo e outras questões hormonais elevam o risco de câncer de mama. Merece atenção especial o estímulo estrogênico exógeno (Quando se toma ou injeta-se) ou endógeno(produzido pelo próprio corpo). Sendo assim, são mais propensas aos tumores na mama as mulheres que tiveram A primeira menstruação(menarca) precoce, a última menstruação (menopausa) tardia, primeira gravidez depois dos trinta, esterelidade, uso prolongado de contraceptivos orais e terapia de reposição hormonal. São fatores que sugerem uma maior exposição da mulher aos hormônios.
Estilo de vida
O estilo de vida desregrado é um dos fatores de risco mais comuns para variados tipos de câncer, incluindo o câncer de mama. Nesse sentido, o risco é aumentado em mulheres que fumam, que bebem excessivamente bebida alcoólica, que levam uma vida sedentária e possuem uma alimentação rica em gordura, açúcar, carne vermelha e aditivos químicos. A prática regular de exercícios e a adoção de uma alimentação balanceada são essenciais para controlar o peso e, consequentemente, evitar o câncer de mama.
Recomenda-se:
- Manter um peso adequado ao longo da vida;
- fazer atividade física moderada de 150-300 minutos e intensa de 75-150min por semana, e quanto mais próximo do teto (300min) melhor!;
- crianças e adolescentes devem fazer atividades físicas por pelo menos 1 hora diária;
- limitar comportamentos sedentários;
- seguir parão de dieta saudável;
- melhor não ingerir álcool, mas se o fizer, limitar para 1 dose por dia para as mulheres e 2 doses para os homens.
Exposição à radiação
Outro fator de risco é a exposição à radiação ionizante. Cumpre salientar que o risco de câncer de mama por radiação ionizante é proporcional à frequência e dose da radiação. Doses altas ou moderadas (como as doses dos tratamentos radioterápicos) na região do tórax durante a juventude ou até mesmo as doses baixas e frequentes (como nos exames de mamografia) podem aumentar as chances de desenvolvimento de tumores nas mamas.
Hereditariedade
Fatores hereditários e genéticos também possuem relação com o câncer de mama, sobretudo no que diz respeito às mutações nos genes BRCA1 e BRCA2. Segundo pesquisas, os casos de câncer de mama acontecem com mais frequência com mulheres que têm casos de câncer de mama ou câncer de ovário na família. Nos raros casos em que homens desenvolvem câncer de mama, a ocorrência também é mais comum quando há histórico familiar entre parentes consanguíneos. Mesmo assim, esse não é o fator mais determinante. De 5 a 10% de todos os casos estão ligados a fatores genéticos/hereditários.
Quer saber mais sobre câncer de mama? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter, e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como mastologista em Ribeirão Preto!