Dr. Gustavo Zucca Matthes

Reconstrução mamária: o que esperar dos resultados?

Reconstrução mamária: o que esperar dos resultados?

As mamas são mais que simples órgãos. Elas têm um papel social na vida da mulher e estão diretamente relacionadas à feminilidade, maternidade biológica e sexualidade. A perda das mamas por causa de um tumor é preocupante para muitas mulheres e exige uma atenção especial da medicina. Por esse motivo, a reconstrução mamária é fundamental e faz parte do conjunto de procedimentos envolvidos no tratamento contra o câncer. 

O momento e o tipo de reconstrução são fatores variados. Os resultados também podem ser diversos, mas o principal deles é recuperar a autoestima da mulher, permitindo-a voltar ao convívio social sem sofrer estigmas depois de passar pela câncer mamário, um dos problemas oncológicos mais comuns no Brasil que deve afetar 66.280 mil pessoas no país apenas em 2020, segundo estimativas do Instituto Nacional do Câncer.

Tipos de reconstrução mamária  

Este procedimento, feito por meio de diversas técnicas de cirurgia reconstrutora, pode acontecer de forma imediata (quando é realizado logo após a retirada do tumor, na mesma cirurgia) ou tardia (só depois de um tratamento oncológico adicional, como quimioterapia, radioterapia e hormonioterapia, quando for necessário).

A equipe médica responsável pela mulher tem condições para indicar os caminhos a serem seguidos, sendo o papel do mastologista essencial nesse trajeto, oferecendo todo o tipo de informação, apoio e atenção que uma paciente nesta situação precisa. 

É importante ressaltar que vários fatores serão considerados antes da reconstrução das mamas. Os principais são o momento em que o câncer foi diagnosticado, o tipo de cirurgia realizada para a retirar o tumor e as características físicas da pessoa. Respeitar esses elementos vão garantir melhores resultados e claro, preservar a saúde da paciente. Só após a avaliação desses e de outros fatores, o mastologista indicará o melhor procedimento para cada caso. As principais técnicas disponíveis para a realização da reconstrução mamária são:

  • Próteses: utilizadas quando a pele mamária permite, as próteses de silicone substituem as glândulas naturais. O resultado final depende do tamanho e do tipo de material aplicado.
  • Expansor: inserido na região mamária, o expansor recebe enchimento ao longo do tempo para alargar a pele e permitir a implantação de próteses. Com resultados satisfatórios, é uma opção bastante utilizada. Exige dois tempos cirúrgicos.
  • TRAM: esta cirurgia transfere tecidos da barriga para as mamas. 
  • Grande dorsal: em alguns casos associada com uma prótese, esta cirurgia leva músculos das costas para a região mamária.  
  • Lipofilling: a cirurgia retira gordura de partes do corpo, como da barriga, por exemplo, e coloca nas mamas. 

Resultados esperados

Como dito anteriormente, os resultados são diferentes em cada pessoa. Em alguns casos, o procedimento restaura totalmente as mamas, oferecendo um resultado satisfatório. Já em outros, as mamas ficam perfeitas, até mesmo esteticamente melhores em relação de como eram antes do tratamento.

Vale ressaltar que o principal resultado é a melhoria da vida emocional e social, por meio de um resgate da autoestima, permitindo que a pessoa não sinta vergonha e tenha que usar um tipo de roupa para esconder a silhueta, por exemplo. 

As vantagens emocionais também envolvem a vida afetiva da mulher. De um modo geral, a reconstrução mamária permite uma retomada a vida normal, reduzindo de forma significativa os traumas que um tratamento oncológico pode trazer. 

Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter, e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como mastologista em Ribeirão Preto!


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Biópsia da mama: para que serve?

Biópsia da mama: para que serve?

O diagnóstico do câncer de mama é uma importante ferramenta médica, considerada a primeira etapa antes de se iniciar qualquer tipo de tratamento. Em busca de avaliar e identificar um tumor, o médico oncologista poderá solicitar exame clínico, exame de imagem (mamografia, ultra-som) e biópsia de mama, sendo este um procedimento que se dá com a retirada de uma quantidade de tecido da região das mamas da mulher que em seguida deve ser enviado para análises laboratoriais, os chamados exames anatomopatológicos.

Com os resultados destes rigorosos testes, o médico terá elementos para identificar a presença ou não de células cancerígenas e, no caso afirmativo, saberá ainda o estágio do tumor. Todo esse processo sempre é feito com total respeito ao momento da paciente. Quando mais cedo for identificado, melhor serão os resultados do tratamento.

O procedimento é geralmente solicitado após a mamografia ou a ultrassonografia apresentarem alguma alteração. A biópsia de mama também pode ser realizada após a identificação de nódulos durante a realização do exame físico ou em casos de outras mudanças visíveis, como alteração na cor, saída de secreções pelo mamilo ou descamações ou coceiras na região mamária. 

Tipos de biópsia mamária

Entendendo que o exame serve para identificar e qualificar de forma precisa o câncer, vale dizer que a retirada deste pedaço de tecido para identificar se o tumor é maligno ou não pode ser feita de quatro formas diferentes, todas reconhecidas pela classe médica. A melhor opção, no entanto, vai depender no tamanho, localização e tipo de nódulo presente, ou seja, cada caso exige um processo que será indicado pelo profissional que acompanha a paciente. Conheça os quatro principais procedimentos utilizados: 

Aspiração por Agulha Fina

Como o nome indica, nesta técnica uma agulha, normalmente parecida com a utilizada para exame de sangue, é acoplada em uma seringa. Com esse objetivo, ela é inserida na mama e o médico aspira células do tecido. Em alguns casos, é preciso fazer o processo guiando-se por ultrassom.

Aspiração por agulha grossa

Este procedimento é parecido como o anterior, mas neste caso uma agulha de calibre mais grosso é acoplada em uma pistola específica. A paciente recebe anestesia local para evitar qualquer tipo de desconforto. Ainda como o caso anterior, a punção por agulha grossa, tru-cut, core biópsia ou biópsia de fragmento (sinônimos) pode ser realizada no consultório médico. Porém, neste caso, uma quantidade maior de material é retirada para a análise laboratorial Permitindo uma análise ainda mais precisa. Também pode necessitar do auxílio de um método de imagem.

Cirurgia

São dois tipos de procedimento: incisional (retirada somente de parte da área para exames) e excisional (remoção total do tumor). O procedimento, conhecido como biópsia cirúrgica ou aberta, é mais complexo que os anteriores e, claro, tem que ser realizado com uma estrutura competente para uma cirurgia.

Pode ser feito tanto para lesões palpáveis como não-palpáveis. Neste último caso, deve-se solicitar auxílio de métodos de imagem para a localização da lesão, seja com um fio metálico ou com líquidos radioativos que permitem que o local seja rastreado, identificado e corretamente ressecado.

Mamotomia

É um procedimento muito parecido com a biópsia por agulha grossa, porém neste caso, a agulha possui um sistema rotacional na sua ponta que permite que ela funcione “tritutando” o tecido que é, então, aspirado e enviado para análise. Excelente para nódulos de até 1,5cm de diâmetro e microcalcificações. Necessita de auxílio de um método de imagem para a localização da lesão.

A indicação de cada uma destas alternativas diagnósticas dependerá das condições de cada paciente e de cada local. Lembro que qualquer uma delas, quando bem indicada, poderá fazer o diagnóstico e ajudá-la a definir seu melhor tratamento.

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O que é mastite?

O que é mastite?

Você já ouviu falar em mastite? Mastite é uma inflamação mamária que provoca manifestações como inchaço, dor e vermelhidão nos seios. Ela pode vir ou não acompanhada de um processo infeccioso. Quando isso acontece, a infecção pode resultar em sinais físicos como febre e calafrios.

Esse problema é mais frequente em mulheres que estão amamentando, sendo comum até três meses depois do parto. Embora acometa mais as mulheres com esse perfil, trata-se de uma condição que pode afetar ambos os sexos, em qualquer etapa da vida.

Quer entender um pouco mais sobre a mastite, conhecer suas causas, sintomas e tratamentos? Leia o texto completo e fique por dentro do assunto.

O que causa a mastite?

Nas mulheres em fase de amamentação, a mastite ocorre por causa da obstrução do canal por onde o leite passa ou devido à entrada de bactérias por meio da boca do bebê.

Alguns fatores que favorecem o surgimento de mastite nessas mulheres são o cansaço, o trabalho fora de casa, o estresse e a maneira que o bebê pega na mama. Se a pega for inadequada, isso pode causar fissuras no mamilo, prejudicando assim a extração e deixando resíduos de leite que atraem bactérias.

Em homens ou mulheres que não estão amamentando, a mastite se desenvolve por conta de infecção bacteriana. Nesse caso, as bactérias entram através de algum ferimento no mamilo, por exemplo. Existem, ainda, outras causas de mastite que exigem uma avaliação clínica e laboratorial detalhada para seu diagnóstico e tratamentos precisos.

Como a mastite evolui?

A mastite geralmente atinge apenas uma mama e os sintomas evoluem em até dois dias. A inflamação e infecção nas mamas são problemas que geram extremo desconforto, mas a boa notícia é que mastite tem cura e deve ter o tratamento iniciado o mais breve possível para controlar o incômodo e evitar o agravamento do quadro.

Quais são os sintomas mais frequentes?

Os casos de mastite normalmente estão associados a sintomas de ingurgitamento mamário, como por exemplo, febre acima de 38 ºC, mal-estar, calafrios, mama inchada, seio endurecido, região quente e avermelhada, dor intensa na mama atingida, além de dor de cabeça, náuseas e vômitos.

A mastite é grave?

Se for devidamente tratada, a mastite não resulta em maiores complicações e não traz um risco sério à saúde. Entretanto, se ela não for tratada, pode evoluir para um abscesso mamário que necessitará de drenagem cirúrgica. É por isso que ao perceber qualquer sintoma, ainda que brando, de mastite, o ideal é procurar ajuda especializada. O profissional indicado para tratar esse tipo de quadro é o mastologista.

Como tratar a mastite e aliviar os sintomas?

O primeiro passo consiste em procurar orientação médica. Pode ser necessário usar analgésicos, anti-inflamatórios e antibióticos, mas essa medicação nunca deve ser feita por conta própria. Outras medidas que ajudam a amenizar os sintomas são os descansos entre as mamadas, revezar as mamas na hora de amamentar, variar a posição em que amamenta, beber bastante água, fazer massagem delicada e com movimentos circulares sobre a mama afetada, usar sutiã apropriado para a fase de amamentação, esvaziar completamente a mama depois de amamentar, evitar roupar apertadas, amamentar com mais frequência.

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Fatores de risco para o desenvolvimento do câncer de mama

Fatores de risco para o desenvolvimento do câncer de mama

Você sabia que depois dos tumores de pele não melanoma, o câncer de mama é a neoplasia maligna que mais acomete mulheres no país? Só em 2019 foram mais de 59 mil novos casos, o que corresponde a aproximadamente 51 ocorrências a cada 100 mil brasileiras.

De acordo com a IARC,  Agência Internacional de Pesquisa em Câncer, o câncer de mama está entre os tipos mais comuns no mundo, juntamente com os cânceres de pele, pulmão e intestino. Sua letalidade é alta, sendo o quinto tipo de tumor que mais mata mundialmente.

A boa notícia é que, ao ser diagnosticado e tratado precocemente, as chances de cura são altas. É importante ressaltar que uma das maneiras de detectar o câncer precocemente é conhecer os principais fatores de risco para o desenvolvimento da doença. Isso porque quem possui um ou mais fatores precisam redobrar a atenção e os cuidados preventivos.

Ao notar qualquer sinal suspeito, as pessoas com maior propensão ao desenvolvimento desse tipo de câncer devem buscar suporte especializado imediatamente. Além disso, pessoas que conhecem fatores que aumentam a predisposição podem se preparar para controlar condições evitáveis, como tabagismo e má alimentação.

Quer descobrir quais são os aspectos que favorecem o surgimento de tumores malignos nas mamas? Leia o artigo e descubra.

Idade avançada

O câncer de mama é mais incidente em mulheres a partir dos 50 anos de idade, o que não significa que as mulheres mais jovens devam se descuidar. Há cada vez mais casos em mulheres na faixa dos 30 e 40 anos. A ocorrência entre as mulheres com 20 anos é rara. Geralmente o aparecimento do câncer de mama em mulheres jovens está associada a outros fatores de risco, como hereditariedade. Vale ressaltar que o câncer de mama é mais comum em mulheres mais velhas devido ao aumento da exposição a alterações biológicas típicas do próprio envelhecimento.

Questões hormonais

Fatores endócrinos, história reprodutivo e outras questões hormonais elevam o risco de câncer de mama. Merece atenção especial o estímulo estrogênico exógeno (Quando se toma ou injeta-se) ou endógeno(produzido pelo próprio corpo). Sendo assim, são mais propensas aos tumores na mama as mulheres que tiveram A primeira menstruação(menarca) precoce, a última menstruação (menopausa) tardia, primeira gravidez depois dos trinta, esterelidade, uso prolongado de contraceptivos orais e terapia de reposição hormonal. São fatores que sugerem uma maior exposição da mulher aos hormônios.

Estilo de vida

O estilo de vida desregrado é um dos fatores de risco mais comuns para variados tipos de câncer, incluindo o câncer de mama. Nesse sentido, o risco é aumentado em mulheres que fumam, que bebem excessivamente bebida alcoólica, que levam uma vida sedentária e possuem uma alimentação rica em gordura, açúcar, carne vermelha e aditivos químicos. A prática regular de exercícios e a adoção de uma alimentação balanceada são essenciais para controlar o peso e, consequentemente, evitar o câncer de mama.

Recomenda-se:

  • Manter um peso adequado ao longo da vida;
  • fazer atividade física moderada de 150-300 minutos e intensa de 75-150min por semana, e quanto mais próximo do teto (300min) melhor!;
  • crianças e adolescentes devem fazer atividades físicas por pelo menos 1 hora diária;
  • limitar comportamentos sedentários;
  • seguir parão de dieta saudável;
  • melhor não ingerir álcool, mas se o fizer, limitar para 1 dose por dia para as mulheres e 2 doses para os homens.

Exposição à radiação

Outro fator de risco é a exposição à radiação ionizante. Cumpre salientar que o risco de câncer de mama por radiação ionizante é proporcional à frequência e dose da radiação. Doses altas ou moderadas (como as doses dos tratamentos radioterápicos) na região do tórax durante a juventude ou até mesmo as doses baixas e frequentes (como nos exames de mamografia) podem aumentar as chances de desenvolvimento de tumores nas mamas.

Hereditariedade

Fatores hereditários e genéticos também possuem relação com o câncer de mama, sobretudo no que diz respeito às mutações nos genes BRCA1 e BRCA2. Segundo pesquisas, os casos de câncer de mama acontecem com mais frequência com mulheres que têm casos de câncer de mama ou câncer de ovário na família. Nos raros casos em que homens desenvolvem câncer de mama, a ocorrência também é mais comum quando há histórico familiar entre parentes consanguíneos. Mesmo assim, esse não é o fator mais determinante. De 5 a 10% de todos os casos estão ligados a fatores genéticos/hereditários.

Quer saber mais sobre câncer de mama? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter, e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como mastologista em Ribeirão Preto!

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A Importância do Mastologista na Saúde da Mulher

A Importância do Mastologista na Saúde da Mulher

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o câncer de mama é uma das condições que mais afetam as mulheres no Brasil e no mundo. O profissional responsável por tratar essa perigosa doença é o mastologista e, por isso, tem um papel de destaque na saúde feminina.

Neste post, você vai entender mais sobre essa importância, além de saber como esse profissional atua e conhecer como funciona a consulta com ele.

O que faz um mastologista?

Trata-se da especialidade médica responsável por toda e quaisquer doenças ou alterações que surjam nas mamas de homens, mulheres ou crianças. A mastologia, por definição, é a especialidade médica que estuda a conformação, o funcionamento e os problemas das glândulas mamárias.

Ainda, o mastologista está apto a diagnosticar, prescrever medicamentos e/ou tratamentos, realizar exames, fazer biópsias, entre outras coisas. A principal patologia tratada por ele é o câncer de mama. 

Porém, existem vários outros problemas que são observados pela mastologia, tais como, a presença de nódulos nas mamas, assimetrias, mastites e ginecomastias.

Qual a importância do mastologista para a mulher? 

Tanto para homens quanto para mulheres, a prevenção é a melhor forma de levar uma vida tranquila e livre de doenças. Neste sentido, a mastologia é fundamental para a saúde feminina, pois é a especialidade que ajuda a evitar diversos tipos de doenças.

Ainda, esta área da medicina é dedicada exclusivamente ao cuidado da mama, uma região do corpo feminino que tem muita representatividade. Além disso, é o especialista nesta área que realiza os procedimentos estéticos na região, como a colocação de próteses.

Apesar de tudo isso, a principal atuação do mastologista está no combate ao câncer de mama, uma das doenças mais temidas por todas as mulheres no mundo.

Quando se deve procurar este especialista?

Geralmente, as mulheres são indicadas a procurá-lo anualmente a partir da adolescência. Porém, a consulta pode ser realizada sempre que houver dúvidas sobre doenças, sintomas ou até sobre como fazer o autoexame das mamas.

Quando a mulher chega aos 40 anos de idade, a mamografia passa a ser um exame obrigatório e precisa ser repetido a cada ano. Isso porque é o método mais eficaz para detectar o câncer de mama.

Ademais, a primeira visita pode ser antecipada na presença de indícios de que há algo errado. Assim, ele irá fazer o diagnóstico da paciente, prescrever exames  e iniciar o tratamento mais adequado.

Entre o rol dos procedimentos mais realizados por ele estão as biópsias mamárias, cirurgias de reconstrução ou de redução das mamas e implantes de silicone.

Como é a consulta?

No primeiro contato com o profissional, a paciente responderá perguntas sobre sua condição, seu histórico familiar, os hábitos de vida, a presença de sintomas e possíveis queixas. Em seguida, ele realiza o exame físico da mama para identificar a presença de qualquer alteração.

Caso haja alguma suspeita, ele pode prescrever exames adicionais, tais como, mamografia, ultrassonografia e a ressonância magnética das mamas ou, para coletar amostra de material, pode realizar punções e biópsias.

Após a análise dos resultados dos exames, se houver a confirmação de alguma doença, é  este profissional quem prescreve e realiza o tratamento. Deve ser considerado seu amigo do peito!

Conseguiu entender a importância do mastologista na saúde feminina? Por isso, é imprescindível que as consultas de rotina sejam realizadas, pois quando o diagnóstico é precoce, as chances de curas são muito maiores.

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Ginecomastia: Quando Posso Fazer a Cirurgia?

Ginecomastia: Quando Posso Fazer a Cirurgia?

Uma das condições que mais trazem temor aos homens é o crescimento das mamas, condição chamada de ginecomastia. Como é uma situação que pode ocorrer ainda na infância, a criança pode ter sua autoestima bastante afetada. Também encontra-se frequente em senhores mais velhos.

Você já ouviu falar disso? Sabe como esse problema pode ser tratado? Para responder a estas e outras perguntas, preparamos este post explicando tudo sobre essa condição.

O que é ginecomastia?

Trata-se da proliferação benigna da glândula mamária, causando desconforto e hipersensibilidade nos mamilos. Apesar da palavra ginecomastia, de origem grega, significar “mama feminina”, é um distúrbio exclusivamente masculino.

Ainda, a ginecomastia pode ser temporária ou permanente. A glândula mamária é formada por tecido mamário e gordura e está presente tanto nos homens quanto nas mulheres. Porém, nas mulheres recebem estímulo hormonal para que se desenvolvam e no momento oportuno produzam leite.

Ademais, o aumento irregular no tamanho das mamas masculinas costuma ocorrer em meninos de 13 ou 14 anos, em função da presença excessiva de hormônios provocada pela puberdade. Ou em idosos pela falta de metabolização destes hormônios ou devido ao uso de medicamentos.

Geralmente, as mamas aumentam de tamanho por até seis meses e depois retornam ao normal. 

Como é causada?

O distúrbio ocorre por ocasião de um desequilíbrio hormonal no organismo do homem que faz com que haja um excesso de estrógeno, um hormônio feminino. Quando surge na infância ou na adolescência, ela pode ter origem na puberdade masculina.

Por outro lado, quando acomete os adultos, a causa está em uma dificuldade dos testículos sintetizarem os hormônios masculinos. A ginecomastia também pode surgir em decorrência de tumores nos testículos ou no pulmão, esteatose hepática ou distúrbios na glândula tireoide. 

Existe tratamento?

Sim. A melhor alternativa para sanar o problema é a cirurgia de remoção de parte do tecido glandular e de gordura. O procedimento irá variar conforme o volume das mamas e da presença ou não de excesso de pele.

Na maioria dos casos, o procedimento consiste em realizar uma lipoaspiração para aspirar todo o conteúdo da mama com o objetivo de diminuir toda a área de tecido gorduroso. Posteriormente, é realizada uma pequena incisão na região areolar para remover a glândula.

Assim, após a cirurgia é colocado um dreno que deve permanecer por tempo variável. Em seguida, é colocada uma malha de contenção para pressionar a região descolada por 30 dias.

Quando a cirurgia de ginecomastia é indicada?

A indicação da cirurgia de ginecomastia leva em consideração o desejo do paciente, ou seja, os homens que têm o crescimento das mamas e não se incomodam com a aparência, não precisam realizá-la, desde que não existam doenças associadas.

Porém, na maioria das vezes, os pacientes buscam formas imediatas de resolver o problema, pois se sentem constrangidos e têm sua autoestima afetada. Nesses casos, a manutenção do problema pode fazer com que haja um isolamento social do indivíduo, levando à depressão. 

Além disso, para ser submetido ao procedimento, é necessário ter, pelo menos, 18 anos de idade. A cirurgia não é indicada para menores de idade porque é possível que as mamas retornem ao tamanho original neste período. 

Nos casos em que o crescimento das mamas tem origem em uma patologia ou outra causa adjacente, a intervenção cirúrgica só será realizada após a resolução destas condições. E então, entendeu quando é possível ser submetido à cirurgia de ginecomastia? 

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Covid-19 e câncer de mama

Covid-19 e câncer de mama

Cardiopatas, diabéticos, hipertensos e pacientes com câncer precisam ter maior atenção para as medidas preventivas recomendadas pelas autoridades sanitárias contra o novo coronavírus. São pacientes com possibilidades de menor imunidade, ou seja, defesas do próprio corpo diminuídas.

O câncer é uma doença que abala o sistema imunológico dos pacientes, principalmente naqueles em tratamento com quimioterapia, medicamentos para combater as células cancerígenas. Quem está fazendo quimioterapia ou radioterapia precisa evitar sair de casa o máximo possível. O câncer e parte de seu tratamento podem levar a uma anemia ou a uma leucopenia (baixo nível de glóbulos brancos no sangue), podendo interferir na capacidade de combater infecções.

Seguem abaixo as principais recomendações da Sociedade Brasileira de Mastologia:

  • Primeiro passo é: evite o pânico, basta seguir as recomendações e já diminui o risco.
  • Evite beijo, abraço e aperto de mão. É preciso mudar esse hábito por um ano. Todos vão entender a necessidade de cumprimentar apenas com um sorriso à distância.
  • Evite visitar idosos acima de 60 anos, um dos principais grupos de risco.
  • Lave sempre as mãos e procure não tocar o rosto. Lave frequentemente, esfregando água e sabão por um tempo maior, esfregue a palma da mão e as unhas, feche a torneira e abra a maçaneta com um pedaço de papel.
  • Higienize também as mãos com álcool gel 70%.
  • Cubra o rosto quando tossir. Dê preferência usando os ombros ou braços.
  • Evite aglomerações. Se puder permaneça em casa, evite locais fechados, com muitas pessoas. Prefira fazer home-office.
  • No caso de sintomas que lembre uma gripe é preciso procurar atendimento médico para uma avaliação mais detalhada.

Algumas iniciativas também ajudam a melhorar a imunidade como se alimentar bem e de forma saudável, dormir bem de 7 a 8 horas por noite, praticar exercícios físicos leves ou moderados de forma regular, ter o peso adequado, evitar o estresse e não consumir bebidas alcoólicas.

IMPORTANTE:

Pacientes que estejam em estadios iniciais, ou seja, início do tratamento e aquelas que possam necessitar de tratamento cirúrgico, devem ficar tranquilas. Tratamentos cirúrgicos oncológicos estão sendo realizados normalmente pela maioria dos hospitais. Lembro que nos ambientes hospitalares os profissionais são treinados e seguem medidas rígidas de segurança, portanto sem prejuízo ao seu tratamento.

Mulheres que já passaram pelo câncer de mama e encerraram o tratamento ou estejam passando pelo tratamento de hormonioterapia são consideradas com saúde normal e devem seguir as mesmas orientações de prevenção da população em geral.

Cuidem-se!

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Fui diagnosticada com câncer de mama: e agora?

Fui diagnosticada com câncer de mama: e agora?

A descoberta de um câncer de mama pode abalar psicologicamente qualquer pessoa. Mas, é importante que a paciente foque no tratamento, uma vez que, quanto mais precoce for o diagnóstico, o tratamento tende a ser mais efetivo e menos agressivo.

Apesar da incidência desse tipo de câncer ter números parecidos com de outros países, a taxa de mortalidade no Brasil ainda é alta. Uma mudança neste perfil seria necessária e se daria, justamente, pela conscientização da população sobre a doença e, com isso, conseguiria-se diagnósticos precoces.

O que fazer após um diagnóstico de câncer de mama?

Após receber o diagnóstico, é preciso realizar o tratamento o quanto antes. Para isso, o médico responsável irá traçar uma estratégia de tratamento, de acordo com as características do tumor. O tratamento é feito conforme o estadiamento da doença (momento em que é feito o diagnóstico da doença), localização do nódulo e das condições de saúde da paciente.

O prognóstico, no entanto, irá depender do estágio do câncer e de condições, como metástases e características da paciente, como idade e comorbidades. 

Assim, o tratamento pode ser local ou sistêmico (para o corpo todo). Entenda cada uma das situações, a seguir.

Tratamento local

Trata o tumor localmente, sem afetar o resto do corpo. Dessa maneira, a terapia local é composta por:

  • cirurgia;
  • radioterapia.

Tratamento sistêmico

Este tipo de terapia recorre ao uso de medicamentos, que podem ser orais ou via corrente sanguínea. Para tratar o câncer localizado na mama, mais de um tipo de tratamento sistêmico pode ser realizado. Eles podem ser feitos por meio de:

  • quimioterapia;
  • terapia alvo;
  • imunoterapia;
  • terapia hormonal. 

Geralmente, pacientes que possuem esse tipo de câncer têm que passar pela cirurgia de retirada do tumor, assim como a combinação dos tipos de terapias locais e sistêmicas.

Pode ser realizado antes ou depois da cirurgia. Esta indicação dependerá do tipo do tumor e de alguns critérios como, por exemplo, o estadiamento, ou seja, o momento da doença no diagnóstico.

Tratamento do câncer de mama conforme o estágio da doença

Além do médico oncologista, participam do tratamento do câncer uma equipe multidisciplinar, composta por mastologista, quando o tumor se localizar nas mamas, radioterapia e cirurgião. Além disso, uma equipe mais ampla, formado por outros profissionais da saúde, como psicólogos, enfermeiros e nutricionistas também são essenciais.
Conhecendo o estadio, ou seja, a fase ou o momento em que a doença se encontra no diagnóstico, a equipe consegue ter uma ideia do tratamento a ser seguido, falando a mesma “ língua”.

Câncer de mama em estágio I e II

Nos estágios iniciais da doença (I e II), normalmente, o tratamento consiste na retirada cirúrgica do tumor ou na mastectomia, no qual retira-se toda a mama. Após o procedimento, é levada em consideração a necessidade de radioterapia. Além disso, a terapia sistêmica também pode ser abordada e fazer com que a paciente passe, também, por outros tipos de medicamentos.

Câncer de mama em estágio III

O estágio III é caracterizado quando o tumor possui um tamanho considerável e ainda não se espalhou. Nesse caso, recorre-se, primeiramente, ao tratamento sistêmico, com o objetivo de diminuir o tamanho do tumor para que, assim, seja realizada o procedimento cirúrgico para a retirada do câncer.

Tumor em estágio IV

Este estágio prevê a abordagem sistêmica, buscando um equilíbrio entre a resposta tumoral e o prolongamento da sobrevida da paciente, levando em consideração os efeitos colaterais do tratamento. 

O câncer de mama é uma doença que tem cura, quando é diagnosticada precocemente. Por isso, faça o autoexame com periodicidade e marque uma consulta com um médico mastologista, para a realização de exames e esclarecimento de dúvidas. Caso você tenha sido diagnosticada com a doença, discuta o tratamento com o seu médico e tire todas as suas dúvidas sobre o tratamento.

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Câncer de mama: como é feito o diagnóstico?

Câncer de mama: como é feito o diagnóstico?

Em todo mundo, o câncer de mama é o mais comum em mulheres. No Brasil, a doença ocupa a segunda posição, perdendo apenas para o câncer de pele não melanoma, correspondendo a 29% dos casos, segundo o Instituto Nacional de Câncer.

Apesar de raro, esse tipo de câncer também acomete homens, representando apenas 1% do total de casos da doença. O diagnóstico precoce é importante, uma vez que, além de aumentar as chances de cura, pode proporcionar, inclusive, um tratamento menos agressivo. 

Quais são os sintomas do câncer de mama?

Diferente de outros tipos de tumores, o câncer, quando acomete as mamas, pode ser percebido em fase inicial. O principal indício é o surgimento do nódulo. O caroço possui a característica de estar fixado internamente, além de ser indolor. Além do nódulo, é importante que a mulher perceba outros sinais, para que a doença seja detectada.

Esses sinais incluem:

  • Saída de líquido anormal pelos mamilos;
  • Nódulos nas axilas e pescoço; 
  • Alterações no bico do peito ou da pele.

É importante que, em qualquer sinal de alteração, a mulher procure ajuda médica para investigação do caso. 

Quando descoberto em fases iniciais, o câncer na mama tem as chances de cura aumentada em grande parte dos casos. Além de ter, também, a possibilidade de tratamentos menos agressivos. Por isso, mulheres de todas as idades devem realizar o autoexame.

A observação das mamas pode ser feita durante o banho, enquanto se apronta para sair, ou a qualquer momento que seja possível analisar, com calma, se há alguma alteração no local.

Além disso, é importante que mulheres acima de 40 anos de idade façam o acompanhamento e a mamografia a cada dois anos, periodicidade recomendada pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Dentre os benefícios da mamografia, estão a detecção precoce e, com isso, maior chance de cura.

Como é feito o diagnóstico do câncer de mama?

A descoberta de alterações mamárias é feita, em grande parte dos casos, casualmente, pela própria mulher. O autoexame, composto pela autopalpação e pela observação das mamas, deve ser realizado mensalmente. Caso seja detectada alguma mudança no autoexame, a mulher deve procurar orientação médica para a realização de exames para a conclusão do diagnóstico. Para isso, o médico poderá solicitar:

  • Exame clínico: realizado pelo próprio médico. Ele visa a análise de alterações relatadas pela paciente. 
  • Exames de imagem: dentre os exames de imagem estão a mamografia, a ultrassonografia e a ressonância magnética. Eles tem o objetivo de identificar a existência de nódulos, assim como registrar informações, como tamanho, localização e formato do caroço.
  • Biópsia: a biópsia é feita com o objetivo de identificar se o nódulo é ou não maligno. Para isso, é realizada a remoção de uma pequena quantidade do tecido da estrutura encontrada. A extração do tecido pode ser realizada, principalmente por meio de punção aspirativa por agulha fina, biópsia por agulha grossa, biópsia cirúrgica ou do linfonodo.

A escolha da biópsia é realizada de acordo com o tipo do nódulo encontrado, do tamanho, da localização e da quantidade de tumores encontrados pelo exame de imagem. Assim que o diagnóstico é concluído, cabe ao médico mastologista e sua equipe traçar a melhor estratégia de tratamento do câncer de mama. 

Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter, e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como mastologista em Ribeirão Preto!

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Câncer de mama e o sonho de ser mãe

Câncer de mama e o sonho de ser mãe

Estima-se que até 14% das mulheres diagnosticadas com câncer de mama no Brasil possuam menos de 40 anos. Nos Estados Unidos quase 200000 indivíduos são diagnosticados com câncer com menos de 49 anos. O que isso significa? Simplesmente que a medicina precisa se preocupar particularmente com estas pessoas, pois bem tratados terão toda uma vida de expectativas pela frente.

Seria justo proibir uma mulher jovem diagnosticada com câncer de mama de vivenciar a experiência da maternidade? Definitivamente não! O tratamento do câncer de mama como sempre dito deve e pode ser individualizado e isto também serve para as questões que envolvem a fertilidade e a família destas pacientes.

Estas mulheres precisam de um apoio especial pois possuem uma expectativa de vida enorme o que intensifica, se é que se pode dizer isso, seus medos e inseguranças. É necessário atenção com sua vida reprodutiva, mas também com sua sexualidade e vaidade, além de outros fatores que acompanham a juventude e precisam ser adaptados ao seu tratamento.

Recordo-me de uma paciente que ao ter diagnosticado o câncer de mama, também descobriu estar grávida. Foi aconselhada por outro profissional a abortar, pois deveria iniciar o tratamento. Solicitei um US obstétrico e para nossa surpresa, era uma gravidez gemelar. Me pediu uma opinião e eu respondi com perguntas: está pronta para assumir esta responsabilidade? Está pronta para um futuro de lutas? Caso seus filhos precisem de apoio de terceiros no futuro, quem seriam seus responsáveis na sua falta? A resposta foi segura, sim!!!! Portanto, a minha reação foi de apoiá-la e estar ao seu lado, seguindo em frente de cabeça erguida! Esta paciente deu a luz a dois lindos bebês e estava muito feliz até onde a acompanhei. Foi devidamente orientada e teve todo o apoio e tratamento que mereceu, da forma mais correta possível naquele momento.

Vivemos diariamente sob riscos: acidentes, assaltos, balas perdidas, atropelamentos. Toma-se cuidados e precauções, nem por isso deixa-se de sair de casa. No caso do câncer de mama em mulheres jovens, sabidamente é uma situação desconfortável, pois é como se estivesse acontecendo algo que não é o momento de ocorrer. Costumo dizer que deveria ser proibido mulheres jovens serem diagnosticados com câncer de mama. Contudo, o que se sabe é que existe tratamento, deve ser feito e bem conduzido. Estas mulheres precisam ser bem aconselhadas para entender suas perspectivas. Também precisam saber que com apoio de uma equipe interdisciplinar, podem sonhar em engravidar e ter seus filhos. Existem técnicas e tratamentos que são seguros e não atrapalham seus tratamentos. Limites e possibilidades precisam ser esclarecidos individualmente.

Mais cruel que não oferecer um tratamento digno, seria impedir um sonho a uma jovem e poderosa mulher, ainda mais se esse sonho envolver a maternidade!

Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter, e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como mastologista em Ribeirão Preto!

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