Em todo mundo, o câncer de mama é o mais comum em mulheres. No Brasil, a doença ocupa a segunda posição, perdendo apenas para o câncer de pele não melanoma, correspondendo a 29% dos casos, segundo o Instituto Nacional de Câncer.
Apesar de raro, esse tipo de câncer também acomete homens, representando apenas 1% do total de casos da doença. O diagnóstico precoce é importante, uma vez que, além de aumentar as chances de cura, pode proporcionar, inclusive, um tratamento menos agressivo.
Quais são os sintomas do câncer de mama?
Diferente de outros tipos de tumores, o câncer, quando acomete as mamas, pode ser percebido em fase inicial. O principal indício é o surgimento do nódulo. O caroço possui a característica de estar fixado internamente, além de ser indolor. Além do nódulo, é importante que a mulher perceba outros sinais, para que a doença seja detectada.
Esses sinais incluem:
- Saída de líquido anormal pelos mamilos;
- Nódulos nas axilas e pescoço;
- Alterações no bico do peito ou da pele.
É importante que, em qualquer sinal de alteração, a mulher procure ajuda médica para investigação do caso.
Quando descoberto em fases iniciais, o câncer na mama tem as chances de cura aumentada em grande parte dos casos. Além de ter, também, a possibilidade de tratamentos menos agressivos. Por isso, mulheres de todas as idades devem realizar o autoexame.
A observação das mamas pode ser feita durante o banho, enquanto se apronta para sair, ou a qualquer momento que seja possível analisar, com calma, se há alguma alteração no local.
Além disso, é importante que mulheres acima de 40 anos de idade façam o acompanhamento e a mamografia a cada dois anos, periodicidade recomendada pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Dentre os benefícios da mamografia, estão a detecção precoce e, com isso, maior chance de cura.
Como é feito o diagnóstico do câncer de mama?
A descoberta de alterações mamárias é feita, em grande parte dos casos, casualmente, pela própria mulher. O autoexame, composto pela autopalpação e pela observação das mamas, deve ser realizado mensalmente. Caso seja detectada alguma mudança no autoexame, a mulher deve procurar orientação médica para a realização de exames para a conclusão do diagnóstico. Para isso, o médico poderá solicitar:
- Exame clínico: realizado pelo próprio médico. Ele visa a análise de alterações relatadas pela paciente.
- Exames de imagem: dentre os exames de imagem estão a mamografia, a ultrassonografia e a ressonância magnética. Eles tem o objetivo de identificar a existência de nódulos, assim como registrar informações, como tamanho, localização e formato do caroço.
- Biópsia: a biópsia é feita com o objetivo de identificar se o nódulo é ou não maligno. Para isso, é realizada a remoção de uma pequena quantidade do tecido da estrutura encontrada. A extração do tecido pode ser realizada, principalmente por meio de punção aspirativa por agulha fina, biópsia por agulha grossa, biópsia cirúrgica ou do linfonodo.
A escolha da biópsia é realizada de acordo com o tipo do nódulo encontrado, do tamanho, da localização e da quantidade de tumores encontrados pelo exame de imagem. Assim que o diagnóstico é concluído, cabe ao médico mastologista e sua equipe traçar a melhor estratégia de tratamento do câncer de mama.
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter, e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como mastologista em Ribeirão Preto!