O câncer de mama é um dos tipos de neoplasia mais comuns em mulheres de todo o mundo. No Brasil, alcança o segundo lugar entre os cânceres que mais afetam o sexo feminino, ficando atrás apenas dos câncer de pele não melanoma. Em 2018 houve mais de 50.000 novos casos e em 2017 o número de óbito derivado dessa doença atingiram mais de 16.000 pacientes.
Os principais câncer de mama são: Carcinoma ductal in situ, Carcinoma ductal invasivo, Carcinoma lobular invasivo, contudo, existem diversos outros tipos. Em regra, o tumor se forma a partir de células presentes na mama que se multiplicam desordenadamente. Em alguns casos, o tumor vai se desenvolver lentamente, em outros, crescem e se espalham com mais facilidade.
Como identificar o câncer de mama?
Quando diagnosticado em estágios iniciais, o tratamento promove maiores chances de cura sem que haja necessidade de se recorrer à abordagens mais agressivas. Por isso, é importante ficar atenta aos sintomas, pois na maioria das vezes, quem reconhece os primeiros sinais são as próprias pacientes.
A observação que gera o alerta inicial é a presença de um nódulo, indolor e duro na mama.
Também é perceptível edema cutâneo similar à aparência da casca da laranja; descamação ou feridas no mamilo; nódulos na axila ou no pescoço e excreção de um líquido transparente ou avermelhado pelos mamilos.
Tratamentos
Graças aos avanços da medicina oncológica, existem diversas formas de tratar a doença.
Escolher a forma de terapia para o câncer de mama vai depender do estágio em que é encontrado, do tipo de tumor e do estado geral de saúde do paciente.
Quando é diagnosticado no início, ou seja, nos primeiros estágios, 0, I e II, a prioridade é o procedimento cirúrgico. A cirurgia para o tratamento do câncer de mama pode ser apenas a retirada do tumor, cirurgia conservadora, ou a mastectomia, retirada da mama. Ainda há a opção de reconstruir a mama concomitantemente à cirurgia. Cada caso deve ser analisado individualmente. Sempre que o tratamento conservador for indicado a radioterapia deverá ser associada.
Se houver comprometimento dos linfonodos ou chances evidentes de recidiva, o cirurgião indicará o esvaziamento axilar, ou limpeza dos linfonodos ou ínguas na axila, enquanto o oncologista pode optar por indicar o tratamento sistêmico após a cirurgia, que envolve quimioterapia, hormonioterapia ou terapia biológica e radioterapia.
No estágio III o aconselhamento é o tratamento sistêmico para diminuir o tamanho do tumor e viabilizar a cirurgia. Nessa fase, os tumores já podem passar dos 5 cm, porém ainda se encontram apenas na mama.
O último estágio, o IV, é a etapa em que o câncer está mestático, isso quer dizer que já se estendeu para outras áreas do corpo. Nesse ponto, o oncologista busca terapias que proporcionam o controle da doença pensando em aumentar a sobrevida do paciente sem deixar de avaliar os desconfortos causados pelo tratamento.
O equilíbrio entre a abordagem terapêutica e a qualidade de vida do paciente precisa ser levado em consideração em qualquer fase do tratamento.
O paciente deve receber toda informação acerca dos efeitos colaterais e deve ter a liberdade de escolher juntamente com o médico a melhor alternativa para o seu caso.
Infelizmente, devido a aleatoriedade de fatores que levam ao aparecimento do câncer de mama, a prevenção se baseia, geralmente, em alimentar-se de forma saudável, praticar atividades físicas e evitar excesso de álcool e tabagismo.
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter, e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como mastologista em Ribeirão Preto!