mastectomia

Cuidados necessários no pós-operatório da mastectomia

Cuidados necessários no pós-operatório da mastectomia

A maior parte das mulheres que se submeteram à mastectomia, cirurgia que remove a mama devido ao desenvolvimento de um câncer, tem boa recuperação após o procedimento.

Uma vez que a cirurgia é bastante invasiva, o processo de recuperação completo pode demorar até dois meses. Esse período inclui a administração de remédios para aliviar a dor e manutenção dos curativos. Em alguns casos, também pode ser necessária a realização de exercícios para a recuperação dos movimentos do braço e ganho de força, pois, muitas vezes, os gânglios da axila são retirados.

Algumas mulheres, no entanto, precisam passar por terapias complementares, como radioterapia e quimioterapia, alongando o tempo de recuperação. 

Independentemente do caso, os cuidados após a cirurgia são essenciais para se garantir que não haja nenhum tipo de complicação. 

Cuidados após a mastectomia

Conforme o tipo de cirurgia realizada, a internação hospitalar  pode variar entre 2 a 5 dias. É comum que haja dor na mama operada e no braço. Conflitos de autoestima nessa fase também são normais. Confira, a seguir, alguns procedimentos que podem ser adotados no período.

1. Para aliviar a dor

A dor no pós-operatório é esperada, devido à agressividade do procedimento. Nesses casos, o médico poderá indicar analgésicos. Os horários e as dosagens devem ser respeitadas. 

O fenômeno da dor “fantasma” acontece quando a pessoa sente dor na parte do corpo que foi retirada, como se ainda estivesse presente. Além da dor, pode haver a sensação de desconforto, coceira e pressão. Até o cérebro se ajustar à falta daquela parte, a pessoa precisa ir se adaptando. O acompanhamento psiquiátrico no período pode ser importante, além da prescrição de medicamentos anti-inflamatórios.

2. Para tirar o dreno

Em alguns casos,  há necessidade de continuar usando o dreno após a alta do hospital. O dreno é colocado para escoar os líquidos e sangue acumulados na região operada. Nessa situação, é preciso que a paciente esvazie o dreno e registre diariamente a avaliação do líquido.

Esse procedimento requer cuidados específicos, como manter o dreno sempre preso à roupa, esvaziá-lo duas vezes ao dia e usar roupas confortáveis para acomodá-lo de forma segura. 

Todas as instruções serão dadas pelo médico e deverão ser seguidas corretamente. Caso haja qualquer alteração, deve-se procurar o médico imediatamente.

3. Para tratar a cicatriz

Grande parte das vezes, a sutura é realizada com pontos internos, que são absorvidos pelos corpo. O cirurgião coloca um curativo, que não deve ser trocado em casa. O mais indicado é que a pessoa volte ao hospital para trocá-lo ao final da primeira semana, seguindo as orientações médicas.

Nesse período, não se deve molhar o curativo. Também deve-se tomar cuidado para não machucar o local. Caso apareçam sinais de infecção, como febre, vermelhidão, calor e líquido amarelo, deve-se recorrer ao médico imediatamente.

O tamanho da cicatriz depende do local em que foi feita a incisão, do tipo da cirurgia realizada e do tamanho do tumor. A pele do local deve ser hidratada após a cicatrização completa, vide orientações do cirurgião.

4. Para devolver força e movimento no braço operado

É muito frequente a intervenção na axila, em conjunto com a retirada dos tecidos da mama. Com isso, o braço pode perder um pouco da força e mobilidade normal. Dessa forma, é imprescindível realizar exercícios diariamente.

Primeiramente, os movimentos são bem simples e podem ser feitos na própria cama. O médico ou fisioterapeuta irá orientar a melhor forma de praticá-los. 

A recuperação de uma mastectomia pode ser tranquila do ponto de vista físico, quando todas as orientações e cuidados são seguidos adequadamente. O paciente deve se lembrar sempre de recorrer ao médico ao primeiro sinal de infecção ou outra alteração durante o pós-operatório da retirada da mama.

Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder os seus comentários sobre esse assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como mastologista em Ribeirão Preto!



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Conheça 5 tipos de mastectomia

Conheça 5 tipos de mastectomia


A mastectomia costuma ser a abordagem mais recomendada para tratar tumores na mama. É um procedimento cirúrgico que consiste na retirada de parte ou de todo o tecido do local, que podem incluir, ou não, os mamilos.  

Geralmente, é indicada para os casos em que o tumor é extenso e em que a cirurgia conservadora não é considerada segura. Também existem casos em que a mulher prefere esse tipo de cirurgia por motivos pessoais. Inclusive, a intervenção pode ser realizada como forma de prevenção ao desenvolvimento futuro do câncer, desde que orientada pelo mastologista.

Tipos de mastectomia

Existem vários tipos de mastectomia. Cada um serve a determinado propósito. Assim, o especialista vai indicar o procedimento mais adequado, de acordo com a finalidade que se deseja alcançar. 

Confira os diferentes tipos, abaixo.

1. Total ou simples

Neste procedimento, são removidas as glândulas mamárias inteiramente, além da pele, da aréola e do mamilo. Contudo, os linfonodos axilares e o tecido muscular sob a mama são poupados. Por isso, é mais indicada quando o tumor é menor e bem localizado, descoberto no início, sem risco de já ter se espalhado ao redor.

2. Preservadora de pele

Retira-se todo o tecido mamário, tal qual na total. Porém, a maior parte da pele da mama é mantida. É comum se utilizarem implantes ou tecido de outras partes do corpo para reconstruir a mama, às vezes no mesmo procedimento. 

Geralmente, é indicada para tumores menores e que não estejam localizados próximos à superfície da pele.

3. Radical

Este procedimento é o mais invasivo e também mais raro. Geralmente, é indicado quando há tumores nos músculos peitorais ou quando existe forte risco do tumor se espalhar. Essa intervenção remove toda a mama, em conjunto com os músculos subglândulares e os gânglios axilares. 

Existe uma variante desse procedimento, chamada de radical modificada. Nesse caso, o músculo peitoral maior ou ambos os músculos, peitoral maior e menor, são preservados.

4. Preventiva

O procedimento com caráter preventivo é realizado para prevenir o desenvolvimento dos tumores no local. A recomendação para a forma preventiva é apenas para mulheres com risco conhecido e muito elevado. Isso ocorre quando elas possuem histórico familiar da doença, ou alterações genéticas que podem provocar o câncer, conhecidas como BRCA1 e BRCA2, mostradas em testes genéticos.

O procedimento se assemelha à forma total ou radical, em que se retira a mama completamente, abrangendo os gânglios próximos e, às vezes, os músculos ao redor. O risco nesses casos é igual para as duas mamas. Dessa forma, realiza-se a mastectomia dupla.

5. Masculina

Esse é um tipo de cirurgia plástica reparadora, realizada com o objetivo de deixar o tórax da mulher com aparência masculina. É indicada nos casos de transição de gênero.

Nesse tipo de intervenção, retiram-se as mamas, utilizando-se a técnica mais adequada, escolhida pelo mastologista ou cirurgião plástico. Leva-se em consideração o tamanho e o tipo dos seios de cada pessoa.

A mastectomia também pode ser feita para tratar o câncer de mama no homem. Esse tipo de procedimento é mais raro. Contudo, é realizado da mesma maneira que é feito na mulher, ainda que os homens tenham menos glândulas.

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Mastectomia Bilateral

Mastectomia Bilateral

No últimos anos tem sido frequente a solicitação de retirada das mamas bilaterais por pacientes que estão com diagnóstico de câncer. Vamos entender isto melhor.

A retirada da mama ou mastectomia não é uma cirurgia sem efeitos colaterais, principalmente psicológicos já que atinge diretamente a imagem corporal da mulher. Imagine quando é feita nas duas mamas!

Geralmente o pedido da paciente está relacionado ao medo da mesma em correr o risco, de após tratada, a doença retornar na mesma mama ou do outro lado. São pessoas que normalmente possuem experiências negativas com amigos ou familiares. Também podem ter um medo abusivo do câncer, a chamada cancerofobia.

É fundamental entender que apesar de ser uma cirurgia extensa e com grande potencial de tratamento e controle da doença localmente, estima-se que, por mais radical que seja, restará sempre um percentual de até 10% de tecido mamário no local da cirurgia. O que isto quer dizer? Mesmo realizando uma mastectomia a paciente possui um risco da doença voltar. Isto dependerá das características biológicas do seu tumor e não da opção cirúrgica!

Pacientes que tem o diagnóstico de câncer de mama em um dos lados, não se beneficiam da mastectomia bilateral como proteção, pois os riscos estimados de apresentarem doença na mama oposta, sem que tenham teste genético positivo, seria em torno de 3 a 4% em 10 anos. Diferente de pacientes com alterações genéticas, estas se beneficiam da cirurgia, chamada redutora de risco, pois possuem chance da doença oposta em até 50% em 10 anos.

Lembro que os casos de câncer de mama hereditários, ou seja com alterações genéticas, passando de pais para filhos, ocorre em apenas 5 a 10% da população geral.

O efeito Jolie refere-se a atriz de cinema americana, Angelia Jolie, que optou por cirurgias redutoras e removeu as duas mamas, pois apresentava teste positivo e alto risco relacionado a sua história familiar. Não se pode generalizar tal situação para um paciente sem mutação.

Além disso, mesmo que uma reconstrução mamária de sucesso e bom resultado ocorra, as novas mamas poderão adquirir um aspecto artificial, com grandes chances de serem insensíveis ao toque, podendo implicar em distúrbios sexuais. Além disso, existe uma exposição intensa a complicações que variam desde resultados estéticos escassos a dores intensas. Também vale lembrar que estas pacientes ficariam incapacitadas de amamentar.

Ressalto, ainda, que os tratamentos conservadores de mama, associados a radioterapia são seguros e equivalentes as mastectomias no controle local do câncer de mama. Com as técnicas de cirurgia oncoplástica, sem a necessidade de retirada das mamas, a paciente e seu cirurgião podem discutir sobre algumas possibilidades que podem incluir, até mesmo, a abordagem da outra mama, visando uma simetria corporal natural, favorecendo a paciente.  

Nesta hora é melhor coisa a fazer é esfriar a cabeça, raciocinar e discutir as possibilidades com seu mastologista. O tratamento do câncer de mama deve ser sempre individualizado!

Lembre-se mama bonita é mama saudável!

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Tratamento conservador ou mastectomia: o que decidir?

Tratamento conservador ou mastectomia: o que decidir?

Nos últimos anos é impressionante o número de pacientes com câncer de mama que chegam no consultório com a idéia consolidada de que o melhor tratamento seria a retirada das duas mamas, seria este o melhor tratamento? Vamos tentar responder esta dúvida.

A mama é uma glândula modificada composta de pele, gordura e tecido (ou parênquima) mamário. É neste último que geralmente se  inicia o câncer de mama.

Incialmente achava-se que o melhor tratamento para o câncer de mama seria a retirada completa e agressiva da mama, causando um aspecto estético mutilatório, bastante desfavorável. Com o tempo percebeu-se que a agressividade das cirurgias não tratava o problema completamente. Quando começou-se a usar a radioterapia em associação com cirurgias menores que conservavam as mamas, percebeu-se que as taxas de tratamentos eram muito parecidas com as das mastectomias (retiradas das mamas) extensas. Depois disso e, mais recentemente, houve a associação de técnicas de cirurgia plástica para retirar parte da mama e permitir sua reconstrução para que, além de muito bem tratada, as mamas tivessem uma aparência preservada (cirurgias oncoplásticas). 

Mas se o tratamento conservador associado a radioterapia possui as mesmas taxas de tratamento que a mastectomia, por que esta cirurgia continua sendo feita?

Primeiramente, nunca se pode generalizar um tratamento, é importante que cada caso seja individualizado. Sendo assim, algumas situações exigem a indicação das famigeradas mastectomias;

Segundo, na busca por um diagnóstico precoce, exames de imagem foram desenvolvidos e alguns deles como a ressonância magnética acabam mostrando, em algumas situações, áreas que tendem a demonstrar maiores extensões, sugerindo, supostas lesões nas mamas. Portanto, lesões grandes e extensas sugerem uma cirurgia maior. Necessária atenção da equipe médica para que se evitem cirurgias extensas desnecessárias;

Terceiro, a evolução dos testes genéticos permitiram maior acesso de todos. No entanto, em torno de 5 a 10% da população apresentam testes positivos que indicam a realização de cirurgias para retirada de ambas as mamas. Ressalto que o benefício desta cirurgia bilateral é claro quando mutações genéticas são encontradas. Outras indicações podem existir, mas precisam ser discutidas individualmente; 

Quarto, lendas urbanas e falta de compreensão associadas à informações incompletas podem causar medo e desconfiança em pacientes e médicos. Geram um medo desnecessário dos tratamentos seguros e, portanto, acabam impulsionando cirurgias maiores e muitas vezes desnecessárias com uma falsa impressão de maior segurança, apesar de um número maior de riscos e possíveis efeitos colaterais; 

Quinto, uma evolução das técnicas de reconstrução mamárias e dos implantes favorecendo a preservação de um contorno corporal, mesmo após grandes ressecções de tecidos. Novamente, aqui, as pessoas esquecem que são cirurgias reconstrutoras e não estéticas, portanto são susceptíveis a efeitos colaterais diversos. Quer saber alguns? Podem perder a sensibilidade da pele e do mamilo, as mamas podem ficar com tamanhos diferentes; podem apresentar infecções e terem de remover as próteses; perdem a chance de amamentar, entre outros;

Por último, a eficiência de um tratamento para o câncer de mama depende de uma série de fatores interrelacionados, entre os quais os aspectos biológicos do tumor. É importante entender que a doença pode voltar, mesmo após mastectomias.

Dito isto, vamos entender sobre os tipos de mastectomia:

  • simples: quando a mama é retirada com pele e gordura, gera uma cicatriz e um tórax reto, sem contorno feminino
  • radical: seria a mesma acima , mas acrescida da limpeza de todos os linfonodos (ínguas) na axila do lado da mama operada  
  • conservadora de pele (Skin Sparing): feita a retirada mama com a aréola e mamilo, preservando o máximo possível o envelope de pele que cobre a glândula e gordura, favorece uma reconstrução imediata
  • conservadora de pele e mamilo (Nipple sparing): retira toda a glângula mamária preservando o máximo de pele e a aréola e o mamilo, permitindo excelentes reconstruções, desde que bem feitas. Vamos discutir sobre isto.

Estas técnicas de mastectomias conservadoras de pele são relativamente recentes e podem ser perfeitamente aplicadas, contudo precisam permitir um tratamento ideal. Em outras palavras de nada adianta a paciente se submeter a uma cirurgia como esta e não ter o seu tecido mamário corretamente removido. Aí é que está o problema! Para obter um resultado aceitável muitos cirurgiões acabam fazendo estas mastectomias poupadoras, deixando muito tecido para atrás. Se tecido mamária está sendo deixado,  isto é uma mastectomia ou uma cirugia conservadora? Esta acompanhando meu raciocínio! Se a cirurgia deixou tecido, com certeza seria maior a chance de bons resultados, mas também seria necessária radioterapia para garantir a segurança, não foi o que vimos acima? Pois é! As mastectomias conservadoras são excelentes, mas precisam ser muito bem realizadas, com cautela e toda atenção para que a paciente realmente seja tratada e esteja segura. É importante entender que a segurança da paciente precisa estar sempre em primeiro lugar e que o resultado estético deve ser secundário. Claro que um médico experiente vai buscar lhe proporcionar segurança e um bom resultado!

Vamos fazer um resumo:

– Converse com seu médico a respeito, esclareça suas dúvidas. 

– Não tenha medo do tratamento conservador. 

– Não considere a mastectomia uma opção por escolha, principalmente a bilateral. Entenda que ela deve ser feita quando indicada e da melhor forma possível, devendo a preocupação estética ser secundária a segurança oncológica. 

– Entenda que a preservação das mamas, com diversas técnicas de cirurgia conservadora, associada à radioterapia pode ser considerada o melhor tratamento, tão seguro quanto uma cirurgia mais extensa e com excelentes resultados e mamas naturais. 

  • cirurgias oncoplásticas podem propiciar tratamentos conservadores ideais e seguros e ainda simetrizar as mamas opostas, não sendo necessária a mastectomia bilateral

– Apesar disso os tratamentos precisam ser sempre individualizados a fim de se encontrar a melhor opção para cada paciente

  • Procure sempre um cirurgião com experiência e treinamento para lhe proporcionar segurança. 
  • Lembre-se: mama bonita é mama saudável!

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Mastectomia: quando ela é indicada?

Mastectomia: quando ela é indicada?

A mastectomia é uma das opções terapêuticas para o câncer de mama. Ela é a intervenção cirúrgica responsável pela retirada de toda a glândula mamária lesionada por tumor maligno. Geralmente, a técnica é adotada quando já não é possível realizar a cirurgia conservadora da mama, que permite preservar a maior parte do tecido mamário (quadrantectomia ou nodulectomia).

Existe muito receio entre as pacientes com indicação para a cirurgia, mesmo que o procedimento seja determinante para a sobrevivência da mulher e garantia de cura da doença. É preciso lembrar que existem métodos de reconstrução da mama, que devolvem o formato, tamanho e aparência da mama doente.

Em muitos casos, a reconstrução da mama é realizada simultaneamente com a mastectomia. É preciso verificar essa possibilidade com o médico especialista, já que alguns fatores podem interferir na realização dos procedimentos em conjunto, como tamanho e tipo do tumor, além do tipo de tratamento necessário após a cirurgia.

Continue a leitura para conhecer melhor o procedimento!

Tipos de mastectomia

Dados da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) indicam que 70% das pacientes diagnosticadas com câncer de mama precisam realizar a mastectomia. O motivo: a demora no diagnóstico!

O próprio órgão alerta para a dificuldade e demora no acesso a consultas, exames, biópsia e tratamento do câncer de mama, principalmente entre as usuárias do Sistema Único de Saúde (SUS). Casos diagnosticados precocemente são menos indicados para a cirurgia, além de terem 95% de chances de cura. 

Existem diversos tipos de mastectomia, escolhidos conforme a quantidade de tecido que deverá ser retirado, além da técnica mais indicada para cada caso. Veja a seguir.

Mastectomia simples

É o método mais comum para o tratamento do câncer de mama. Nesse caso, toda a glândula mamária é retirada, incluindo o mamilo. Os linfonodos axilares e o tecido muscular sob a mama são conservados. Pode ser seguida de reconstrução mamária imediata ou tardia.

Mastectomia radical modificada

É semelhante à mastectomia simples, porém, com a retirada dos linfonodos axilares. Pode ser seguida de reconstrução mamária imediata ou tardia.

Mastectomia radical

É indicada quando existe a necessidade de retirada de toda a mama, linfonodos axilares e músculos sob a mama (músculos peitorais). Existem poucas indicações para esse tipo de cirurgia, atualmente. Pode ser seguida de reconstrução mamária imediata ou tardia.

Mastectomia Bilateral

Também chamada de mastectomia adenomastectomia ou mastectomia redutora de risco, o procedimento ocorre quando é indicada a retirada das duas mamas. A retirada da segunda mama pode ocorrer por prevenção, ou nos casos em que existe grande chance de desenvolvimento do câncer por mutação genética. Hoje em dia também pode ser indicada nos casos de busca de identidade sexual por indivíduos transgênero. Geralmente sempre seguida de reconstrução mamária imediata.

Mastectomia poupadora da pele

É realizada para permitir a reconstrução da mama imediatamente após o procedimento. Ela não é indicada para todos os tipos de câncer de mama, já que podem haver lesões malignas próximas à pele em alguns casos. Geralmente sempre seguida de reconstrução mamária imediata.

Mastectomia poupadora do mamilo

Pode ser realizada nos casos em que o tumor se encontra distante do centro da mama, geralmente quando o tamanho do nódulo é menor e em estágio inicial. A pele também é conservada, mas o tecido mamário é totalmente removido. O lado negativo do procedimento é que, após a reconstrução, o formato do mamilo pode mudar e perdem sua sensibilidade, além de mulheres com seios maiores perceberem um desalinhamento de sua posição original. Geralmente sempre seguida de reconstrução mamária imediata.

Quando é indicado realizar a mastectomia?

As indicações respeitam o tipo, o tamanho e o estado geral de saúde da paciente. Geralmente, a mastectomia é indicada em casos de:

  • tumor em estágio precoce, porém em uma posição desfavorável ou em mamas muito pequenas;
  • risco elevado de desenvolvimento do câncer de mama, detectado em exames genéticos ou por histórico familiar;
  • necessidade de complementação da quimioterapia ou radioterapia;
  • prevenção de desenvolvimento do câncer na segunda mama;
  • presença de tumor ou retorno da doença  após o tratamento com cirurgia conservadora ;
  • dois ou mais tumores na mesma mama, que não podem ser retirados sem prejudicar o local;
  • em alguns casos de gravidez no momento do diagnóstico do câncer;
  • doenças já existentes que podem prejudicar os efeitos da quimioterapia ou da radioterapia, como lúpus e esclerodermia;
  • câncer de mama inflamatório.

Quer saber mais sobre mastectomia? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter, e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como mastologista em Ribeirão Preto!

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