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Você sabe o que é lactação?

Você sabe o que é lactação?

A gravidez é, sem dúvida, um dos períodos mais fascinantes da vida de qualquer mulher, pois, além de gerar um ser com o qual terá uma conexão profunda, o corpo passa por uma série de mudanças fisiológicas extremamente significativas, como é o caso da lactação.

Muitas pessoas consideram que esse é um conceito sinônimo de amamentação, no entanto, na literatura médica, os termos referem-se a coisas bastante diferentes.

Assim, a amamentação corresponde a um conceito construído psíquico e sociocultural, pois consiste no ato de alimentar o bebê com o leite materno. Já a lactação corresponde às mudanças fisiológicas hormonais que ocorrem no corpo da mulher para que seja possível produzir o leite. Assim, esse é um conceito fisiológico.

Ocorrência da lactação

Os hormônios femininos — estrógeno e progesterona são de fundamental importância para desenvolver as mamas fisicamente durante a gravidez e prepará-las para a amamentação. No entanto, mesmo diante desse papel, esses hormônios são responsáveis também por inibir a produção do leite materno.

Para contrabalançar esse efeito, existe o hormônio prolactina, que, como o próprio nome indica, atua nas mamas estimulando a produção do leite. Esse hormônio é secretado pela hipófise anterior  e, apesar de estar naturalmente presente no corpo da mulher mesmo antes da gravidez, seus níveis no sangue começam a aumentar após a quinta semana de gestação.

Para auxiliar na lactação, a placenta libera grandes quantidades de somatomamotropina coriônica humana, substância que também estimula a lactação durante a gravidez.

No entanto, mesmo que durante a gravidez esses dois importantes hormônios sejam secretados em grande quantidade no sangue, eles não são capazes de deter a atuação do estrógeno e da progesterona. Então, como ainda assim é possível a produção de leite materno? Devido a uma espécie de “programação” do organismo feminino.

Logo após o parto, os níveis de progesterona e estrógeno no corpo da mulher começam a cair, abrindo uma brecha para que a prolactina e somatomamotropina coriônica humana elevem suas concentrações no sangue, dando início à produção de leite. O primeiro leite produzido é denominado de colostro e apresenta grandes quantidades de prolactina e proteína, mas não tem gordura. É fundamental para a imunidade inicial do recém nascido, pois transmite anticorpos da mãe para o filho.

Amamentação

Assim, o colostro dá início à amamentação e, enquanto houver sucção do mamilo pelo bebê, haverá a produção de leite, uma vez que essa sucção estimula o hipotálamo a liberar o hormônio prolactina. A sucção também estimula a liberação de outro importante hormônio chamado ocitocina, responsável pela liberação do leite. Enquanto os níveis do hormônio no sangue estiverem elevados, haverá a produção de leite.

Desta forma, entendemos a diferença entre os dois termos: a lactação é um processo hormonal que gera a produção do leite materno, e a amamentação consiste no ato de alimentar o bebê com o leite produzido.

Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter, e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como mastologista em Ribeirão Preto!

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Mamografia: o que é e quando fazer o exame

Mamografia: o que é e quando fazer o exame

A mamografia é um dos exames mais importantes para a saúde feminina, pois permite a identificação de nódulos nas mamas, assim como  outras alterações não palpáveis, ou seja, indetectáveis ao toque.

É um exame rápido e de precisão excelente, que tem como objetivo identificar possíveis tumores em seus estágios mais iniciais, facilitando seu tratamento e aumentando as chances de cura.

Mas a partir de qual idade deve-se realizar a mamografia e como é feito o exame? É o que vamos destacar neste artigo. Continue a leitura!

Quando fazer a mamografia?

A mamografia é indicada a partir dos 40 anos de idade para mulheres saudáveis e que não tenham histórico familiar de câncer de mama. Para as pacientes em cuja família há histórico de câncer de mama, a mamografia, associada a outros exames, é indicada mais cedo, já a partir dos 30 anos, dependendo ainda do histórico clínico e individual da pessoa. A idade para a realização da mamografia esta diretamente relacionada com a substituição da glândula mamária por tecido gorduroso, o que acontece com o andar da idade. Quanto mais gordurosa a mama, melhor a imagem gerada pelo mamográfo, permitindo a identificação de anormalidades.

No entanto, apesar de ser um exame voltado para mulheres a partir dos 40 anos, pacientes mais jovens também podem fazê-lo, caso percebam alguma alteração na região da mama. Por exemplo, ao detectar o caroço durante o exame de toque — palpação dos seios e da região ao redor —, é extremamente importante marcar uma consulta com seu médico mastologista para que ele possa examiná-la e pedir o exame de mamografia ou outros exames complementares ( ultrassom e ressonância).

Além disso, é bom lembrar que o câncer de mama não está restrito somente às mulheres, pois os homens também podem a vir desenvolver esse tipo de doença. É bem menos provável, mas geralmente homens que desenvolvem câncer de mama estão na casa dos 60 anos – embora a idade não seja uma regra, como no caso das mulheres. Por isso, todo cuidado é pouco e o homem, ao identificar um caroço abaixo do mamilo ou ao redor dele, deve marcar uma consulta para identificar a natureza do nódulo. Homens com alguma suspeita de doença mamária também devem fazer mamografia.

Como é feito o exame de mamografia?

Ela é um exame de imagem realizado por uma máquina chamada mamógrafo, que atua como o raio-x, capturando imagens através do mesmo tipo de radiação. No caso do mamógrafo, porém, a máquina é desenvolvida para se adaptar unicamente à anatomia das mamas. Vale dizer que a quantidade de radiação para o exame é muito baixa não expondo as pacientes a riscos desnecessários.

É um exame que pode ser um pouco dolorido, pois a máquina precisa comprimir as mamas para identificar o tecido mamário. Esta sensibilidade é variável e individual. O exame é feito em uma mama de cada vez, porém uma logo após a outra. É rápido, não invasivo e não prejudica em nada no dia a dia da mulher.

A única observação é que não é indicado que as mulheres façam a mamografia durante o período menstrual ou alguns dias antes dele, já que a sensibilidade aumenta, podendo causar uma dor maior.

Atualmente existem outras modalidades de exames parecidos com a mamografia como é o caso da mamografia contrastada e da tomossíntese que podem ser muito úteis no diagnóstico, mas sobretudo no planejamento cirúrgico de pacientes com alterações nas mamas.

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Dor na mama: o que pode ser

Dor na mama: o que pode ser

A dor na mama é muito comum nas mulheres, desde o começo da puberdade à menopausa. O problema pode ter diversas razões e origens, e é sobre isso o artigo de hoje.

Dor na mama: principais causas

1 –Puberdade
No início da puberdade os hormônios estão à flor da pele, pois é durante esse período que a mulher começa a sentir mudanças tanto físicas quanto biológicas e a dor pode estar relacionada com essas mudanças.

O que fazer?
Não há tratamento para a dor causada pela puberdade, pois é algo natural da mulher. No entanto, compressas com pano quente ou tomar banho com água morna podem ajudar a aliviar o desconforto. Também é importante deixar os seis confortáveis com sutiãs adequados para o tamanho dos seios.

2 – Cistos na mama

Os cistos na mama podem levar ao desenvolvimento de nódulos, mas não necessariamente estão ligados à incidência do câncer de mama.

O que fazer?
Deve-se marcar uma consulta com um mastologista, a fim de que ele possa analisar o caso e prescrever um  tratamento adequado.

3 – TPM

Alguns dias antes do período menstrual as alterações hormonais que ocorrem no corpo da mulher podem causar mastalgia. As dores causam pontadas, sensibilidade no bico da mama e dor ao tocar os seios.

O sintoma é tido como normal quando tem curta duração, mas se ultrapassar 10 dias e irradiar para outros locais como axilas e braços deve-se marcar consulta com mastologista para avaliar caso a caso.

O que fazer?
Geralmente são receitados medicamentos analgésicos para conter a dor. Vitaminas e outros tratamentos também podem ser indicados.

3 – Gravidez

Os seios ficam extremamente sensíveis no início da gravidez devido a produção do leite materno e o crescimento das glândulas mamárias.

O que fazer?
É recomendado também fazer compressa com pano frio e tomar banho com água morna pode aumentar a produção de leite e intensificar o desconforto. Também deve se realizar massagens com óleos naturais que hidratam e alivia o desconforto.

É aconselhável o uso de sutiãs próprios para amamentação, pois eles dão suporte necessário para os seios.

4 – Mudança de pílula anticoncepcional

A mudança de pílula anticoncepcional também pode acarretar em dores nas mamas, já que estamos falando de mudanças hormonais. Toda e qualquer alteração hormonal pode impactar nos seios, fazendo-os a doer.

O que fazer?
É necessário identificar o dia que você começou a utilizar o novo anticoncepcional e o dia em que começaram as dores.  Marque uma consulta e converse com seu médico.

5 – Câncer de Mama

A dor mamária pode estar associada ao câncer de mama, porém é raro que aconteça no início. Nestes casos, geralmente, a dor aparece em momentos mais avançados.

O que fazer?

Em caso de dúvida, fique calma e procure seu médico.

Procure um mastologista

A dor nos seios pode ser sintoma de alguma doença mamária quando:

  • houver secreção com coloração de água suja ou com sangue nos mamilos;
  • for acompanhada por vermelhidão ou pus;
  • houver caroços na mama ou na região ao redor – axilas também contam;
  • for acompanhada por febre.

Antes de pensar em algo grave, existem muitas possibilidades que variam desde instabilidades emocionais até movimentos físicos que podem causar dor mamária e precisam ser esclarecidas.

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7 dicas para prevenção do câncer de mama

7 dicas para prevenção do câncer de mama

O câncer de mama é o mais comum no território brasileiro, sendo também o responsável pelo maior número de mortes de mulheres no país. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCa), a doença é hereditária (fruto da genética) em apenas 5-10% dos casos. Menstruação precoce, menopausa tardia, primeira gravidez após os 30 e nunca ter filhos, por sua vez, caracterizam fatores de risco expressivos para o desenvolvimento da condição.

Dados tão assustadores fazem com que a necessidade de cuidados seja ainda maior. Devido a isso, separamos neste artigo 7 dicas de cuidados para evitar ou propiciar uma descoberta precoce do câncer de mama baseadas em hábitos saudáveis para serem incluídos com facilidade no dia a dia.

Vamos lá?

Dicas para prevenção do câncer de mama

1. Cuidado com a obesidade

O excesso de peso, principalmente em mulheres que nunca engravidaram ou que já entraram na menopausa, é um fator de risco para o desenvolvimento de câncer de mama. Sendo assim, o ideal é manter o IMC (índice de massa corporal) sempre abaixo de 25. Claro que isso dependerá de cada biotipo!

Importante mesmo é seguir uma alimentação balanceada e prática de exercícios físicos regulares.

2. Por falar em alimentação saudável…

O ideal é manter uma dieta rica em frutas, vegetais e legumes. Por outro lado, os refrigerantes, alimentos com açúcar refinado, gorduras e frituras devem ser evitados sempre que possível.

Proteínas magras, encontradas no peixe e no frango também são fundamentais.

3. Pratique exercícios

E não estamos falando exclusivamente de academia, hein? Você é quem escolhe a atividade física que mais combina com você e traz bem-estar!. Corrida, natação, passeios de bike, aulas de luta, dança… as possibilidades são infinitas!

Sozinhos, os exercícios já diminuem os riscos de câncer de mama entre 10 a até 30%!

4. Evite a reposição hormonal

A reposição de hormônios, muito comum após a menopausa (última menstruação), também aumenta os riscos de desenvolver a doença. Sendo necessária a sua ingestão, prefira os com progesterona e use-o por no máximo 3 anos.

A terapia hormonal pode ser uma aliada contra os sintomas desagradáveis associados ao fim dos ciclos menstruais ( discuta com seu médico seus riscos e benefícios). Portanto se você tiver indicação de uso, não se esqueça de manter um acompanhamento de perto para as suas mamas!

5. Cuidado com as bebidas alcoólicas

O consumo excessivo de álcool está diretamente relacionado ao aumento nos riscos de desenvolver a condição. Por isso, evite e limite ao máximo o contato com as bebidas alcoólicas. Quer uma dica? Deixe para fazer consumo de bebidas alcoólicas durante os eventos sociais. De maneira controlada!

E o mesmo também pode ser considerado quando em relação ao tabaco, ok!

6. Faça o autoexame ou melhor auto-orientação!

Você sabia que mais de 80% dos casos de câncer de mama são descobertos na auto-orientação? A razão é óbvia – ninguém conhece tão bem o nosso corpo como nós mesmos. Por isso, jamais o dispense. A cada seis meses, realize-o por conta própria – além da mamografia, após os 40 (ou conforme recomendação médica).

7. Tome sol!

O sol estimula a produção natural de vitamina D em nosso corpo, substância fundamental para a prevenção do câncer de mama. O ideal é tomar o banho de sol todos os dias, pelo menos 20 minutos – antes das 10h e depois das 16h.

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Tire suas dúvidas sobre a cirurgia de reconstrução mamária

Tire suas dúvidas sobre a cirurgia de reconstrução mamária

Para o universo feminino, os seios possuem uma representação simbólica muito forte. Estão associados à sexualidade, feminilidade, maternidade e autoestima. Por esta razão, mulheres que precisaram realizar o procedimento de remoção parcial ou total da mama (mastectomia) podem estar fisicamente e psicologicamente debilitadas.

Nestas situações a cirurgia de reconstrução mamária é fundamental para uma nova vida saudável. A cirurgia de reconstrução é o procedimento realizado para restaurar a forma, o tamanho e a aparência da mama. Existem diversos tipos e técnicas que podem ser utilizadas.

Como escolher o tipo de cirurgia de reconstrução mamária?

A escolha do tipo de cirurgia é definida em conversa com o seu médico. Esta decisão irá considerar alguns fatores importantes, como: a saúde do paciente, o estágio do câncer, o tamanho original da mama, o procedimento desejado pelo paciente, a recuperação, a quantidade de tecido disponível para a reconstrução.

A reconstrução pode ser imediata, quando este procedimento é realizado na mesma cirurgia de mastectomia, ou tardia, quando a paciente decide realizar novo procedimento cirúrgico após a mastectomia, ambos são aceitas e possíveis. A tardia geralmente é uma alternativa indicada em casos de manutenção da radioterapia ou seja opta-se por ser feita após o tratamento radioterápico.

Quais os tipos de cirurgia existentes?

Os principais tipos de cirurgia de reconstrução mamária são: implantes mamários e procedimentos com retalhos cutâneos. A forma como foi realizada a remoção da mama terá um peso importante na decisão.

Implantes mamários

Em casos em que a mastectomia preservou a pele e gordura na região da mama, a utilização de implantes mamários é o procedimento mais indicado. Quando há a quantidade suficiente destes materiais, a reconstrução é feita a partir da implantação de uma prótese de silicone.

A prótese pode ser definitiva ou temporária, neste caso, exigindo um novo procedimento em um segundo tempo.

Quando a cirurgia de remoção da mama retirou grande quantidade de pele e gordura, mas não em sua totalidade, é possível a utilização da prótese de silicone com a implantação de um expansor.

Procedimento com uso de retalhos cutâneos

Este procedimento é indicado quando a paciente não possui pele e gordura suficiente na mama para a utilização de implantes mamários. Neste caso são retirados tecidos de outra parte do corpo.

As duas principais possibilidades de reconstrução com uso de retalhos são: retalho miocutâneo do músculo do reto abdominal (TRAM), que usa pele e gordura da parte inferior do abdome e retalho do músculo grande dorsal, que faz a rotação de retalho do músculo grande dorsal, localizado nas costas.

Cuidados Pós-cirúrgico

A recuperação deve ser acompanhada semanalmente pelo médico. Geralmente são receitados medicamentos para alívio da dor, repouso dos braços, não se expor ao sol e a não realização de atividades físicas no período máximo de 60 dias.

O resultado da reconstrução é satisfatório para a mulher, reduzindo todo o impacto psicológico e físico causado pela remoção das mamas. Importante ressaltar que o procedimento causa cicatrizes que irão variar de tamanho de acordo com o tipo de cirurgia escolhido.

São muitas as variáveis envolvidas, sendo importante ressaltar que procedimentos reconstrutores não podem ter seus resultados garantidos. Cicatrizes deveriam ser encaradas como troféus de guerra, fazendo de suas detentoras pessoas mais valorizadas do que antes de terem vivenciado seu tratamento.

A cirurgia de reconstrução mamária é uma alternativa para mulheres que precisam recuperar sua autoconfiança e autoestima. Antes de tomar uma decisão converse com seu médico sobre as opções disponíveis, os riscos e os benefícios da reconstrução.

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Como identificar nódulos mamários

Como identificar nódulos mamários

O câncer de mama é o segundo tipo de câncer mais diagnosticado no Brasil. Em razão deste número, existem muitas dúvidas e preocupações sobre este assunto. Para detectar a presença de nódulos mamários, é fundamental que a mulher tenha o conhecimento do seu corpo. A percepção do câncer em seu estágio inicial pode garantir melhores resultados ao tratamento.

Como descobrir os nódulos mamários?

A presença de nódulos nas mamas não está associado exclusivamente ao quadro de câncer de mama, pois a maioria dos nódulos encontrados são tumores benignos. Um nódulo pode ser um cisto ou um fibroadenoma, podendo aparecer e desaparecer durante o ciclo menstrual.

Porém, caso encontre um nódulo ou caroço é recomendado buscar a opinião de um mastologista. As principais formas de detecção da presença de um nódulo são o autoexame ou auto-orientação das mamas e a mamografia.

Autoexame ou Auto-orientação da mama

Durante muito tempo o autoexame foi o principal método disponível para a identificação de nódulos mamários em fase inicial. No entanto, com o advento de novas tecnologias existem atualmente vários exames que complementam o autoexame ou são até mais eficazes.

A auto-orientação consiste em três passos: observação em frente ao espelho, examinar a mama em pé e repetir a palpação deitada.

Observação em frente ao espelho

Para realizar este passo a mulher deve estar nua e seguir a seguinte sequência:

1) observação com os braços descansados;
2) levantar os braços e observar as mamas;
3) colocar as mãos no abdome, fazendo pressão, e observar se há alguma alteração na superfície da mama. Nesta etapa a mulher deve avaliar a forma, tamanho e cor das mamas, a fim de verificar a presença de inchaços, saliências ou rugas.

Exame da mama em pé

Para realizar este passo é recomendado que ocorra após o banho, com o corpo molhado e as mãos com sabão. O exame deve seguir a sequência:

1) levantar o braço esquerdo com a mão atrás da cabeça;
2) examinar com cuidado a mama esquerda com a mão direita, realizando movimentos circulares, de baixo para cima, de cima para baixo e tocando os mamilos para verificar a saída de algum líquido;
3) repetir os passos anteriores com o outro lado.

Exame da mama deitado

Esta etapa deve seguir os seguintes passos:

1) deitar e colocar o braço esquerdo na nuca;
2) colocar uma almofada embaixo do ombro esquerdo;
3) examinar a mama esquerda com a mão direita;
4) repetir a sequência com o outro lado.

O autoexame deve ser realizado ao menos uma vez por mês, entre os 3º e 5º dias após a menstruação ou em data fixa, para mulheres que já não menstruam.

Se durante o autoexame for percebido algum caroço, rachadura no bico ou que o tecido das mamas está mais espesso, diferente de como os seios estavam anteriormente, procure um médico para que seja realizada uma mamografia.

Mamografia

A mamografia é um exame radiológico para a verificação da saúde das mamas. Este exame é realizado por um equipamento de raio-x chamado mamógrafo. Neste equipamento a mama é comprimida por duas chapas e é aplicado o raio-x.

O resultado poderá ser processada em filme, no caso da mamografia convencional, ou pode gerar uma imagem mamográfica no computador, na escolha da mamografia digital.

A mamografia é um exame fundamental para a descoberta de nódulos mamários em estágios que não são percebidos pelo autoexame. A partir dos quarenta anos de idade, a mulher deve realizar anualmente este exame, exceto os casos em que há diagnósticos de câncer de mama na família. Nesta situação a mamografia de rotina deve começar mais cedo e ser associado a outros métodos diagnósticos.

Existem outros exames que auxiliam no diagnóstico do câncer de mama, são eles: ultrassom da mama, ressonância magnética, tomossintese, mamografia contrastada. Alem de exames laboratoriais e anatomo-patológicos.

O câncer de mama é uma doença de grande complexidade e que pode causar danos graves à saúde de seu portador. Porém, o diagnóstico de nódulos mamários em estágio inicial oferece muitas possibilidades de cura e a continuidade de uma vida saudável para o indivíduo e sua família.

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Navegação:  novo conceito de apoio ao paciente.

Navegação: novo conceito de apoio ao paciente.

Navegação é a ciência, arte, prática ou tecnologia, de planejar e executar uma viagem de um ponto de partida até seu ponto de destino.

Há alguns anos nos Estados Unidos surgiu o conceito chamado, ou seja, Navegação de Pacientes. Naquele país é comum a existência das Unidades de Tratamento da mama ou “Breast Units”, com atenção especial para pacientes com câncer de mama. Exatamente nestas unidades é que surgem profissionais, geralmente psicólogos, enfermeiros ou assistentes sociais que se especializam em compreender todas as etapas do tratamento do câncer de mama e auxiliam, através de um apoio individualizado suas pacientes. Desde o diagnóstico até a reconstrução mamária, ou seja durante todas as etapas da terapia, a ASSISTENTE NAVEGADORA proporcionará uma atenção especial às pacientes, sendo responsável por estar junto delas com toda atenção que merecem. Através de informações básicas, como por exemplo, a localização das clínicas e meios de transporte, até resolver dúvidas pertinentes a cada fase do tratamento.

Seu papel é fundamental no apoio emocional, diminuindo as angústias da paciente e potencializando sua aceitação quanto ao tratamento.

A ASSISTENTE NAVEGADORA, geralmente é uma mulher, portanto, tem toda a sensibilidade para compreender as questões delicadas, que envolvem o universo feminino durante o desafio do tratamento e das mudanças que podem ocorrer na sua qualidade de vida. Ela torna-se uma referência para às pacientes. Muitas vezes recepciona a mulher desde sua chegada à clínica e acompanha as consultas, envolvendo-se com as questões mais particulares de cada paciente.

Costumamos dizer que o tratamento para o câncer de mama é como se fosse uma escada bem alta, onde cada degrau é uma etapa do tratamento. Uma equipe multidisciplinar preparada deve ser seu corrimão, mas nada melhor do que uma mão amiga e carinhosa para segurar e se apoiar durante essa escalada. Vale dizer que homens também podem apresentar problemas nas mamas e deverão receber a mesma atenção.

Estamos implantando este novo conceito no Brasil e em Ribeirão Preto, portanto, procure regularmente o MASTOLOGISTA. Junto a ele, poderá encontrar uma ASSISTENTE NAVEGADORA para guiá-la por um tratamento menos tortuoso, eficaz e seguro!

 

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Cirurgia Oncoplástica e Reconstrução Mamária

Cirurgia Oncoplástica e Reconstrução Mamária

Antes de mais nada é fundamental explicar brevemente a evolução das cirurgias da mama. Do final do século XIX até pouco mais da metade do século XX as mastectomias radicais e ultraradicais eram consideradas o tratamento ideal para o câncer de mama. Depois vieram as mastectomias radicais modificadas um pouco menos mutilantes mas que também traziam traumas corporais e emocionais para às pacientes. Por volta de 1980 os tratamentos conservadores surgiram e lentamente ganharam espaço. Descobriu-se alí que a retirada parcial da mama associada a radioterapia teria um papel equivalente ao das mastectomias no tratamento locorregional da doença. Porém, muitas das cirurgias conservadores provocavam resultados escassos e também traumatizavam. Foi aí que por volta dos anos 90 cirurgiões de mama ao redor do mundo tiveram a idéia de associar técnicas de cirurgia plástica para propiciar um melhor tratamento oncológico. Surge, então, a cirurgia oncoplástica mamária cuja a definição sugere ” o uso de um conjunto de técnicas de cirurgia plástica para tratar um tumor e reparar de forma imediata a mama acometida e permitir a simetrização da mama contralateral”. As cirurgias oncoplásticas são, então, ferramentas para uma abordagem oncológica segura, muitas vezes permitindo uma grande remoção de tecido mamário, com margens amplas e com um remodelamento eficaz, favorecendo a silhueta corporal da paciente.

Kintsugi, arte japonesa que repara porcelanas quebradas com laca e pó de ouro.

Contudo, muitas vezes a relação entre o volume das mamas e o tamanho do tumor é desfavorável sendo necessária a indicação de mastectomias. As mastectomias também evoluíram, hoje, chamamos de mastectomias conservadoras ou mastectomias oncoplásticas quando retira-se cirurgicamente o miolo da mama ( a glândula mamária) e preserva-se o envelope de pele. Nestes casos, a reconstrução imediata pode ser feita com implantes de silicone, expansores ou tecido próprio de outras partes do corpo como abdome ou dorso. Aqui também cabe o termo oncoplástica, principalmente se houver a possibilidade de ser feita a simetria da mama oposta, para harmonizar seu corpo. Por outro lado, existem situações onde a mastectomia clássica deve ser realizada e para estes casos a reconstrução tardia seria uma opção.

São muitas as técnicas possíveis, as quais deveriam ser escolhidas das mais simples para as mais complexas. Cada caso deve ser estudado individualmente e a melhor técnica escolhida para cada situação, de forma individualizada.

Técnicas oncoplásticas são meios de se obter um tratamento cirúrgico seguro com uma retomada de dignidade para às pacientes que passam pelo câncer de mama. É importante deixar claro que devido aos desafios proporcionados pela terapia oncológica, não se pode garantir resultados, nem com os procedimentos imediatos, nem com os tardios. É fundamental que as expectativas das pacientes sejam muito bem trabalhadas para evitar frustrações.

De qualquer forma, o objetivo, sempre que possível, apesar das cicatrizes, será obter o melhor resultado com a maior segurança oncológica viável, tirando-se proveito de uma adversidade! 

Lembrem-se, quanto mais cedo é feito o diagnóstico melhor serão as chances de cura e mais conservador poderá ser seu tratamento contra o câncer de mama!!!

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Afinal, o que é mastologia?

Afinal, o que é mastologia?

As mamas são símbolos de sexualidade, maternidade e obviamente de feminilidade, por isso serem tão importantes para as mulheres e merecendo atenção especial. 

Há algumas décadas atrás no Brasil, assim como ocorre em muitos países do mundo, não existia uma especialidade médica responsável pelas doenças das mamas e todos os seus problemas eram tratados por doutores muitas vezes com uma formação generalista e com superficialidade, impactando negativamente no resultado final de muitos tratamentos.

Hoje, a mastologia é uma realidade! É uma especialidade médica jovem que visa diagnosticar, tratar e reabilitar as doenças da mama em ambos os sexos. Atua nas áreas clínica e cirúrgica. Exerce funções com intersecção de limites de atuação com radiologistas, cirurgiões plásticos, ginecologistas e oncologistas.

Talvez o câncer de mama seja o problema que chame mais a atenção, porém não é o mais frequente. São muito comuns problemas associados com dores nas mamas, as chamadas mastalgias. Existem, ainda, as mastites, inflamações das glândulas mamárias, ligados ou não a uma gravidez ou amamentação, as quais merecem atenção clínica e até mesmo cirúrgica.

O mastologista é responsável, ainda, por recuperar a auto-estima da mulher em todos os sentidos. Pode realizar cirurgias com intuito de devolver ao paciente sua confiança, como através de correções de assimetria, quando as mamas possuem tamanhos diferentes uma da outra; através de reduções, quando mulheres possuem as mamas muito volumosas acarretando problemas físicos e sociais; ou, ao contrário, para aumento mamário, com uso de implantes de silicone, propiciando um resgate de imagem e identidade.

Além disso, existem cada vez mais aspectos relacionados a sexualidade e que não devem ser esquecidos e podem ser também tratados por um mastologista. Homens podem apresentar um aumento mamário indesejado, ginecomastia ou lipomastia, podendo interferir na vida emocional e social do indivíduo. Por outro lado, há cirurgias associadas à condições transgênero, ou seja homens que desejam ter suas mamas ou mulheres que desejam retirá-las em busca de seu verdadeiro eu interior.

Existem, ainda, as mal formações congênitas, como a Síndrome de Polland, que exigem do mastologista uma atenção especial, podendo

ser responsável por reconstruções mamárias nas suas diversas técnicas possíveis.

O mastologista pode ser lembrado para resolver problemas nas mamas de ambos os sexos e em todas as idades, inclusive, bebês, crianças e jovens. Contudo, o câncer de mama é o problema que mais se identifica com a especialidade. Neste caso, o m

astologista deve ocupar um papel muito importante e, além de realizar tratamentos cirúrgicos, deverá ter conhecimento suficiente para orientar seus pacientes a caminhar com segurança nos campos da radiologia, oncologia e radioterapia. Também é responsável por considerar a reconstrução mamária, seja imediata ou tardia, como parte integral do tratamento e propor a melhor técnica para cada paciente. É o especialista responsável por individualizar o tratamento e conduzir a paciente com carinho e atenção durante seu trajeto, servindo de apoio para quaisquer dificuldades.

A mastologia acredita no bem estar das mamas, levando harmonia para os pacientes, mas, sobretudo, que conhecimentos não podem ter limites e devem ser usados por especialistas treinados, para o bem de todos. O mastologista é seu amigo do peito!

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Ginecomastia: o que é e como tratar

Ginecomastia: o que é e como tratar

A ginecomastia é uma alteração que leva à hipertrofia (aumento) das mamas do homem. Este distúrbio  geralmente é percebido em adolescentes, devido o desequilíbrio hormonal da puberdade. Nesta ocasião, ocorre o aumento das mamas por um período de, no máximo, seis meses e após este tempo elas tendem a retornar ao tamanho normal.

A hipertrofia também tem grande incidência em homens com mais de setenta anos, nestes casos o crescimento é exagerado. Porém, esta doença pode afetar homens de todas as idades, inclusive recém-nascidos por motivo do contato com o hormônio feminino (estrogênio) da mãe durante a gestação.

A ginecomastia pode afetar apenas uma das mamas, chamada de unilateral, ou as duas, bilateral. Em casos do crescimento das duas mamas, este aumento é desigual.

O que pode causar a ginecomastia?

Esta doença está associada ao desequilíbrio na produção dos hormônios androgênio e estrogênio. A ocorrência desta enfermidade em adolescentes é considerada normal e benigna, pois é reversível na maior parte dos diagnósticos.

A ginecomastia está relacionada a duas principais causas: crescimento do tecido mamário ou quando há excesso de gordura acumulada sob os mamilos (pseudoginecomastia ou lipomastia).

A pseudoginecomastia é definida como o simples acúmulo de gordura nas mamas masculinas. Pode acometer não só homens obesos, mas também aqueles que estão com sobrepeso.

Quando ocorre o crescimento do tecido mamário, a principal causa é a presença de maior quantidade de estrogênio que da testosterona no organismo. Nem sempre é possível diagnosticar a razão deste crescimento.

A doença também pode se desenvolver por diversos motivos, tais como: cirrose hepática, inanição, insuficiência renal, hiperprolactinemia, hipogonadismo, hipotireoidismo, pelos efeitos colaterais da quimioterapia, dos medicamentos para tratar o câncer de próstata ou de tratamentos com radiação nos testículos, assim como a utilização de drogas como anabolizantes, álcool, heroína e outras drogas psicoativas.

O aumento de tamanho da mama também pode estar associado a tumores malignos, como o câncer de mama. Estes tumores aparecem geralmente em uma das mamas, como nódulos fixos e indolores provocando retração e sangramento dos mamilos. Os cânceres de testículo, pulmão, estômago, rim e supra-renal também eliminam estrogênio e podem provocar o crescimento das glândulas mamárias.

Tratamento e prevenção

O tratamento da ginecomastia será de acordo com a causa. Por isso, o primeiro passo é buscar o diagnóstico médico. A depender de cada caso, a forma de tratar a doença pode ser por uso de medicamentos, por procedimento cirúrgico ou apenas por mudança de hábitos.

No caso da pseudoginecomastia, o principal tratamento é a reeducação alimentar do paciente, pois está relacionado ao excesso de gordura nas mamas. As indicações nesta situação são perda de peso, prática de exercícios físicos e adesão à dietas balanceadas.

Quando a mudança de hábitos não elimina este excedente de gordura, é possível recorrer à lipoaspiração. A lipoaspiração pode ser local, quando existe apenas gordura na mama; local e com cicatriz na parte inferior da aréola, quando há volume de gordura e de tecido mamário; e local, com cicatriz no sulco mamário e aréola, quando existem gordura, tecido mamário e grande excesso de pele.

Em diagnósticos da doença causada pelo desequilíbrio hormonal, o tratamento irá variar de acordo com o volume das mamas e pode ser necessária a combinação de métodos. Um recurso é o uso de medicamentos bloqueadores dos receptores de estrogênio nas mamas, como tamoxifeno ou nolvadex.

Se o uso dos medicamentos não oferecer o resultado esperado, recomenda-se o procedimento cirúrgico. A mamoplastia redutora é a cirurgia mais indicada para este caso. Porém, é importante destacar que para adolescentes este procedimento é recomendado apenas quando não houve a regressão da doença após dezoito meses.

A mamoplastia consiste na remoção cirúrgica do excesso do tecido glandular e da pele através de incisão nos seios. Este procedimento pode ser combinado com a lipoaspiração, caso haja a necessidade de remoção de gordura.

A ginecomastia tem cura. O diagnóstico deve ser realizado por um médico especialista.

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Posted by Dr. Gustavo Zucca Matthes in Todos