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Reconstrução das mamas: como é o procedimento?

Reconstrução das mamas: como é o procedimento?

Para as mulheres, os seios são de extrema importância para sua saúde e também para a  autoestima, sexualidade e maternidade. Isso porque eles representam todo o símbolo da feminilidade e do poder feminino. Quando uma mulher desenvolve câncer de mama, na maioria dos casos, a perda de uma ou de ambas as glândulas mamárias é inevitável, causando impactos significativos em todos os aspectos de sua vida. Mas, para estes casos, existe a reconstrução das mamas. É sobre isso que falaremos neste artigo!

Chamada de mastectomia, a cirurgia para retirada do seio pode ser total ou parcial, dependendo do avanço do câncer na mulher. Após esse procedimento, a reconstrução da mama se torna fundamental para amenizar os efeitos que a sua retirada causa no universo feminino, como a baixa autoestima.

Na reconstrução, que é considerada uma cirurgia reparadora, são retomadas a forma, aparência e tamanho da mama, levando sempre em consideração a mastectomia realizada e o formato original da glândula da paciente.

Na maioria dos casos, esse procedimento é realizado logo após a mastectomia, contudo, o tamanho do tumor, a necessidade de quimioterapia pós-cirúrgica, entre outras condições, podem interferir no momento e na forma como o procedimento deva ser realizado. A reconstrução das mamas pode ser feita em uma mesma cirurgia ou separadamente, levando-se em conta os fatores citados anteriormente.

Apesar de ser uma cirurgia bastante conhecida pelas mulheres, muitas ainda têm dúvidas sobre como o procedimento de recuperação do aspecto dos seios é realizado. Por isso, vamos falar um pouco mais sobre ele, a seguir. Confira!

Tipos de reconstrução da mama

Atualmente, existem várias formas de realização da reconstrução de mamas, sendo as mais comumente utilizadas: o uso de implante e os retalhos autólogos (tecidos do próprio corpo). No implante, colocam-se próteses de silicone por debaixo da pele, para tornar o formato do seio mais próximo do natural. Já o retalho retira a pele e a gordura da área abdominal ou dorso da paciente para ser transplantada para a região do seio. 

Definir qual procedimento é  melhor para cada paciente, é papel do médico. Este levará em conta o tamanho do tumor, sua dimensão, o formato do corpo da paciente, da mama e entre outros fatores.

Como funciona o procedimento?

A reconstrução da mama pode exigir mais de um procedimento sequencial, até que o mesmo fique similar ao formato mamário desejado. Pode haver a realização de reparos, até que o resultado final seja atingido. A primeira etapa da cirurgia é feita junto com a mastectomia, dependendo de cada caso. Ela é a mais ampla e complexa, quando todo o procedimento, seja de implante ou de retalho, é efetuado. Posteriormente, as demais etapas podem servir de manutenção para o trabalho feito na primeira intervenção cirúrgica.

Em alguns casos, é comum não poder preservar os mamilos na mastectomia. No entanto, é possível reconstruí-lo após a reconstrução da mama. Além disso, a paciente pode optar por corrigir ou aumentar a mama que não passou pela mastectomia na cirurgia de reconstrução, esta opção chama-se simetrização.

Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter, e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como mastologista em Ribeirão Preto!

Posted by Dr. Gustavo Zucca Matthes in Todos
Mastite: sintomas, causas e tratamentos

Mastite: sintomas, causas e tratamentos

A mastite é uma inflamação das mamas, que pode ser causada por infecção. Quando existe a infecção, a mastite pode ser do tipo lactacional (puerperal) ou não lactacional. A mastite não infecciosa pode ser de causas variadas. Entre elas pode -se citar a mastite tipo granulomatosa idiopática, ou causada por reação a um corpo estranho, entre outras.

Mastite puerperal

Após a obstrução do canal lactífero, outra causa de mastite é a presença de fendas nos mamilos. Essas pequenas feridas, muitas vezes inevitáveis ​​ao amamentar o bebê, são o lugar perfeito para as bactérias invadirem o tecido mamário. Elas se alojam nos mamilos por meio de pequenas rachaduras na pele e agravam a infecção.

Mastite não puerperal

A mastite não puerperal engloba todas as causas de alterações inflamatórias na mama feminina e mamilos, que não estejam relacionadas à lactação. Esta inflamação é frequentemente negligenciada, devido à falta de sinais e sintomas clínicos típicos. Isso irá desencadear uma série de desconfortos, resultantes de processos infecciosos ou outros, como alterações auto-imune ou metabólicos, como a diabetes, por exemplo.

Causas da mastite

Diversos fatores podem explicar a presença da infecção nas mamas femininas, como:

  • bactérias presentes na superfície do seio, que entram no mamilo por meio de rachaduras ou fendas, devido à amamentação;
  • leite materno estagnado no seio, devido à falta de mamadas do bebê, ou pelo aumento da secreção de prolactina (hormônio responsável pela produção do leite materno).

Outras causas de estase do leite incluem:

  • cintos de segurança apertados;
  • acidente vascular cerebral;
  • lesão na mama.

Nos casos de mastite ocorrendo fora da gravidez ou amamentação, a proliferação bacteriana na mama também pode ser causada por um aumento da prolactina (sem motivo), ou por trauma, como golpes recebidos no peito.

Lesões ou rachaduras causadas por traumas ou piercings podem expor a mama à infecção por bactérias e, geralmente, ocorrem em mulheres de 20 a 35 anos. 

Sintomas

As mulheres podem sentir dores nos seios e febre, além da sensação de mal-estarA dor é causada pelo inchaço do tecido mamário. Outros sintomas incluem:

  • dor no peito;
  • vermelhidão;
  • inchaço;
  • sensibilidade;
  • zona de calor no tecido mamário;
  • coceiras;
  • pus do mamilo;
  • inchaço dos gânglios linfáticos do mesmo lado que a mama afetada.

Infecções significativas podem evoluir para cistos preenchidos com pus dentro do tecido mamário, chamados abscessos. Em alguns casos, pode ser necessário que a mulher pare temporariamente de amamentar.

Na mastite não puerperal, os sintomas geralmente são menos virulentos, mas podem recorrer frequentemente.

Tratamento da mastite

Na grande maioria dos casos, a mastite tem duração variável, dependendo de sua causa. Ela pode se curar sozinha, sem tratamento médico, em alguns casos. As mulheres que estão amamentando e têm mastite devem:

  • descansar bastante;
  • hidratar-se
  • aplicar pano quente e úmido na área afetada várias vezes ao dia;
  • amamentar com frequência e usar diferentes posições de amamentação para ajudar a abrir o duto de leite que está bloqueado.

Muitas mães têm medo de transmitir a infecção ao bebê, na presença de mastite. Vale entender que o leite materno contém componentes antibacterianos que protegem a criança contra infecções.

Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter, e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como mastologista em Ribeirão Preto!

 

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Mamilo supranumerário: o que é e por que acontece?

Mamilo supranumerário: o que é e por que acontece?

Confundidos frequentemente com verrugas ou tumores, os mamilos supranumerários não chegam a gerar impactos sérios para a saúde. Essa alteração anatômica é inofensiva para a saúde e o tratamento é destinado exclusivamente a fins estéticos.

Vale destacar que há relatos de uma única pessoa com oito mamilos extras. Apesar disso, é mais comum encontrar apenas um mamilo adicional em cada indivíduo diagnosticado com tal condição.

Em resumo, os mamilos supranumerários são alterações benignas encontradas ao longo da linha mamária. Quer saber mais acerca dessa condição? Continue lendo o artigo e fique por dentro do assunto.

O que é mamilo supranumerário?

Chamado de terceiro mamilo, mamilo triplo, mamilo acessório ou politelia, o mamilo supranumerário é uma condição que afeta 1 em cada 8.000 pessoas. Trata-se de um mamilo adicional, que pode ser causado por variações no desenvolvimento padrão ou síndromes genéticas raras.

Ao contrário do que muitos pensam, a presença de três ou mais mamilos no corpo não ocorre apenas em mulheres. Sim! Homens podem apresentar politelia.

Como são os mamilos supranumerários?

Na maioria dos casos, os mamilos extras são menores, menos definidos e menos desenvolvidos do que os mamilos regulares. Eles costumam ser tão discretos que algumas pessoas desconhecem a presença da proeminência adicional no próprio corpo.

Nos quadros de politelia, o mamilo e a aréola se apresentam ao longo da linha mamária embriológica, que se estende da axila à virilha. Normalmente, eles aparecem pouco desenvolvidos, logo abaixo da mama regular, podendo ser uni ou bilaterais. São raros os casos em que mamilos supranumerários surgem fora dessa região.

Por que surgem mamilos adicionais?

Os mamilos supranumerários são lesões congênitas, desde o nascimento, resultantes de vestígios ectodérmicos da fase de desenvolvimento cutâneo embrionário. A partir da sexta semana do embrião, a ectoderme se espessa bilateralmente e dá origem a faixas, ao longo do ventre. Entre o segundo e terceiro mês do feto, acontece o maior espessamento dessas faixas e se formam as chamadas cristas mamárias, que vão da axila até a virilha.

No desenvolvimento normal, espera-se que na região peitoral apareçam dois pontos focais, com glândulas mamárias. Esses pontos crescem e se transformam em mamas regulares que, futuramente, terão maior volume e realizarão funções específicas. As outras cristas mamárias devem regredir gradualmente. No entanto, se essa regressão for incompleta, ocorre a mama acessória, com ou sem complexo mamilo-areolar.

Como tratar essa condição?

Apesar de ser uma anomalia nas mamas, a alteração é benigna e, geralmente, não requer tratamento específico para fins clínicos. Entretanto, a depender do tamanho da mama extra, e do nível de incômodo estético que ela provoca, o paciente pode se submeter à cirurgia de remoção do mamilo supranumerário.

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6 hábitos que ajudam na prevenção do câncer de mama

6 hábitos que ajudam na prevenção do câncer de mama

O câncer de mama é o tipo de neoplasia mais comuns nas mulheres, no Brasil e no mundo. A doença fica atrás apenas do câncer de pele. No país, ele é responsável por 29% dos novos casos de câncer diagnosticados. Vale destacar que essa doença é causada pela multiplicação anormal e desordenada das células da mama, que crescem e formam um ou mais tumores na região.

Existem diversos tipos de câncer nas mamas. Por isso, a enfermidade pode evoluir de maneiras diferentes, e com níveis distintos de agressividade. Enquanto alguns tipos de câncer na região se desenvolvem lentamente, outros crescem de forma acelerada.

Quando descoberto precocemente, e tratado de forma adequada, o câncer de mama apresenta boas chances de cura, além de alta taxa de sobrevida. Porém, melhor do que tratar é evitar que ele se instale. Confira a seguir 6 hábitos que auxiliam na prevenção desse tipo de câncer. Vem comigo!

Como prevenir o câncer de mama?

1 Pratique exercícios físicos regularmente

A prática regular de atividades físicas ajuda – e muito – na prevenção do câncer de mama. Pessoas que praticam atividades físicas têm 23% menos chances de desenvolver a doença. Em geral, vários tipos de tumores estão associados ao sedentarismo e sobrepeso. O câncer de mama é um deles! No caso das mulheres, quanto maior o peso, maiores são as possibilidades de ter câncer de mama, principalmente no período da menopausa.

Justamente nessa fase, os exercícios físicos são capazes de diminuir os níveis de estrogênio, hormônio que está relacionado ao desenvolvimento de tumores mamários.

2 Fique atento ao histórico familiar

Se na sua família há casos conhecidos de câncer de mama, redobre a atenção com a saúde. Visite o mastologista com frequência, faça exames periódicos para controle e não abra mão de realizar mamografias anuais, para manter a saúde em dia e diagnosticar eventuais alterações precocemente. Ainda que você seja jovem, se houver casos de câncer na família, a prevenção deve começar cedo. Fica a dica!

3 Evite o consumo abusivo de álcool

O alcoolismo eleva significativamente as chances de câncer de mama. Para se ter ideia, o consumo de 14 gramas de álcool por dia aumenta os riscos de tumores mamários em 30%. Além disso, tomar bebidas alcoólicas é um hábito que influencia diretamente as vias de atuação do estrógeno, hormônio associado ao surgimento do câncer de mama.

4 Aposte na ingestão de ômega 3

A ingestão de ômega 3, ácido graxo com ação antioxidante, pode ajudar na prevenção. O ômega 3 é encontrado em determinados alimentos, como sardinha, arenque, atum, salmão, oleaginosas, arroz selvagem, linhaça, chia, couve e óleo de peixe.

5 Fuja do estresse

O estresse é um fator de risco para o desenvolvimento do câncer de mama. Mulheres que possuem uma rotina muito estressante e agitada têm o dobro de chances de apresentar tumores nas mamas. Daí a necessidade de levar a vida de forma equilibrada, evitando a sobrecarga de trabalho e o acúmulo de tarefas. Vale a pena encontrar um tempo para relaxar, descansar e se conectar com a natureza.

6 Inclua vegetais no cardápio

Quem consome vegetais com frequência pode reduzir os riscos de desenvolver a doença em até 45%. Sendo assim, é recomendável incluir alimentos na dieta, como mostarda, brócolis, couve e outras hortaliças verdes. Essas opções são ricas em glucosinolatos, aminoácidos que colaboram para a prevenção de tumores mamários. Frutas e legumes também são bem-vindos.

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O que é linfoma anaplásico de grandes celulas (LAGC) e qual sua relação o com os implantes mamários?

O que é linfoma anaplásico de grandes celulas (LAGC) e qual sua relação o com os implantes mamários?

O linfoma anaplásico de grandes células (LAGC) é um Linfoma de células T periféricas, não hodgkin, ou seja, uma câncer das células de defesa do sangue, considerado raro. É uma doença  relativamente nova, descrita pela primeira vez em 1997, surgindo ao redor de implantes mamários, usados para procedimentos esteticos ou reconstrutores. 

Estudos iniciais sugerem que o LAGC segue um curso iperceptível e na maioria das pacientes , com estádio inicial , apresentam um excelente chance de cura.

O LAGC possui uma origem ainda pouco clara, sugere-se que sua origem esteja relacionada ao contexto de uma inflamação crônica induzida por um implante mamário, causando um estímulo dos linfócitos T, células de defesa, localmente.  Esta resposta do sistema imune à inflamação crônica em torno do implante mamário pode levar a degeneração genética e proliferação de células em pacientes geneticamente suscetíveis. 

As hipóteses mais prováveis estão relacionados com os implantes texturizados, e a consequência de contratura capsular, trauma capsular repetido ou predisposição genética. Apesar disso, não há confirmação em estudos epidemiológicos formais. 

Epidemiologia

Estima-se mais de 11 milhões de mulheres com prótese mamaria no mundo. Entre 1997 e 2016 aproximadamente 134 casos foram relatados. Este numero vem aumentando anualmente. Nos Países Baixos – estudo revelou a incidência prevista foi 1-3/1 milhão de mulheres com implantes mamários por ano. A Administração Australiana de Mercadorias Terapêuticas relatou uma análise de 46 casos, 3 óbitos. Estimou o risco de desenvolver entre 1-em-1000 e 1 em 10.000 mulheres com implantes mamários. A Agência Nacional Francesa de Medicamentos e Segurança de Produtos de Saúde pediu aos fabricantes de implantes mamários texturizados para realizar testes de biocompatibilidade (testes para determinar como os tecidos vivos reagem aos implantes texturizados), recentemente proibiu implantes texturizados de varias marcas na França. No Hospital de Câncer de Barretos estima-se terem sido realizados 1705 procedimentos nos últimos 11anos, envolvendo implantes mamarios texturizados e não houve diagnósticos de LAGC nesta Instituição até junho/2019.

Características clinicas 

A maioria dos casos surgem através de coleção espontânea e recorrente em torno da prótese ou nódulo associado à capsula protesica, em tempo médio entre 7-10 anos após a colocação do implante. Na maioria deles se apresenta unilateralmente.

O seroma, em 60% pode estar associado a inchaço, assimetria ou dor e 17 % a massa adjacente ao implante ou ambos, também já foi descrito manchas na pele. Acometimento linfonodos axilares no mesmo lado pode estar presente.

Características patológicas

Podem aparecer como células individuais, células agrupadas em agregados ou como folhas coerentes.
Envolve a superfície luminal da cápsula e pode mostrar graus variáveis de infiltração
O tumor é composto de células grandes, células pleomórficas. Com citoplasma abundante e núcleos em forma de ferradura ou embrião com nucleolos proeminentes.
Na imuno-histoquímica demonstra uma expressão forte e uniforme de membrana de CD30 e não possui expressão de ALK (IMPORTANTE PARA CONCLUSÃO DIAGNÓSTICA)

Conclusões

O LAGC é uma entidade rara e distinta. Ha muitas questões não respondidas sobre sua fisiopatologia. Seu desconhecimento leva a subnotificação e na maioria são indolentes e curados com cirurgias, para retirada de implantes e suas cápsulas. Porém, existem casos onde tratamentos mais agressivos são necessários e o risco de morte pode existir. Devido a falta de dados disponíveis os implantes mamários de silicone não foram proibidos pela grande maioria das agências de saúde mundiais. Contudo, faz-se necessário o monitoramento dos implantes no mercado pelos especialistas, além de receberem melhorias tecnológicas pela indústria no futuro.

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O anticoncepcional oferece riscos durante a amamentação?

O anticoncepcional oferece riscos durante a amamentação?

Depois de uma gravidez, as mães passam por um longo período de amamentação de seus bebês. Como a amamentação exige uma boa quantidade de tempo e dedicação, a maioria das mulheres prefere evitar uma nova gravidez.

Sobre esse ponto, surge uma das dúvidas mais comuns: qual a relação entre amamentação e anticoncepcional? É possível tomar pílula durante o período de lactação? Existe algum risco envolvido? Essas e outras perguntas são respondidas na sequência.

Amamentação e gravidez: principais dúvidas

A primeira coisa a ser destacada é que os riscos de uma nova gravidez durante a amamentação são muito pequenos, pelo menos em teoria. O nível de fertilidade varia muito, de acordo com a mulher, mas quando a alimentação do bebê é feita regularmente, a cada 2 ou 3 horas, gera um efeito anticoncepcional no organismo feminino. Assim, quanto mais irregulares são os horários da amamentação, maior o risco de engravidar.

No entanto, é necessário ressaltar que confiar apenas no corpo para evitar a gravidez é uma prática pouco segura. Não é possível saber quando a primeira ovulação pós-parto ocorrerá. Assim, é aconselhável escolher outro método, o que nos leva à próxima questão.

O segundo ponto é que as mulheres podem utilizar medicamento anticoncepcional durante o período de amamentação com segurança. Contudo, é necessário atenção a uma série de fatores.

Antes de iniciar o uso de qualquer medicamento, consulte um especialista em obstetrícia e ginecologia para receber orientações a respeito dos melhores medicamentos e práticas durante esse período e esclarecer todas as dúvidas.

O medicamento utilizado deve conter apenas progesterona, pois isso auxilia na manutenção de uma dieta equilibrada e rica ao bebê e em menores transtornos para a mãe.

Esse medicamento com apenas um hormônio existe tanto na forma de pílula quanto na forma injetável. A escolha entre uma ou outra opção deve ser feita pela mulher, em conjunto com o especialista. O tratamento pode começar a ser feito 15 dias depois do parto.

Garantindo maior eficácia

Quando o assunto é amamentação e gravidez, outras observações devem ser feitas. A primeira diz respeito ao tempo de utilização do medicamento com apenas um hormônio. Ele deve ser tomado até quando o bebê passa a mamar apenas 1 ou 2 vezes ao dia, o que geralmente ocorre por volta dos 9 meses.

Relações sexuais vaginais são recomendadas apenas 15 dias após a utilização do medicamento, pois antes desse período a gravidez pode ocorrer.

O medicamento também causa alguns efeitos no corpo da mulher, como diminuição na produção de leite, retenção de líquido, alterações na menstruação, inclusive com pequenos sangramentos. Por isso, o acompanhamento médico é tão importante.

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7 conselhos sobre amamentação

7 conselhos sobre amamentação

A amamentação é um dos momentos mais especiais para a mãe, que pode sentir um contato muito íntimo com o bebê. Mas para algumas delas, principalmente as de primeira viagem, falar sobre o assunto pode incluir uma série de dúvidas e receios.

Por isso, seguem 7 conselhos sobre amamentação. Confira.

1. Prepare-se para esse ato

Quando você sentir que está chegando a hora de amamentar, vá para um lugar mais calmo, arejado, em que as interrupções sejam nulas.

Busque, ao máximo, conectar-se àquele momento único. Se você sempre pegar o bebê apressada ou estressada, ele sentirá a tensão e, inclusive, pode recusar o peito por isso.

2. Planeje-se com base nos horários do bebê

Faça alguns intervalos para que ele não se alimente apenas quando já estiver muito faminto. Respeite, também, os momentos de calmaria do pequeno. Se você acostumou a trocar a fralda antes de amamentar e ele sempre reage com choro, tente inverter os papéis, oferecendo primeiro o peito e só depois o trocando.

3. Ao sinal de qualquer barulho, interrompa a amamentação

Se ouvir sons parecidos com beijos ou estalos na língua, pare a mamada. Os únicos barulhos que devem ser ouvidos são os leves ruídos de deglutição e sucção. Ao escutar algo diferente disso, tire o pequeno e recomece. Se continuar, troque-o de posição.

4. Amamentar não dói

Se você estiver sentindo dor ao amamentar, isso pode significar que o encaixe da boca do bebê no seio foi errôneo. Ao sentir qualquer incômodo, troque a posição. E lembre-se: é sempre a mãe que deve levar o bebê até o seio, e jamais o contrário.

5. Pega correta é sinal de amamentação perfeita

Pega correta é quando o bebê encosta a barriga na barriga da mãe, com o corpo voltado ao seu lado. A cabeça fica na altura do seio, mais elevada do que o tronco e o bumbum. É fundamental que o bebê “pegue” o máximo possível da aréola e não apenas o bico.

6. No caso de mamilo machucado ou rachado

O mais recomendado é tentar novas posições, sem interromper a amamentação. Para cicatrizar, a mãe pode passar no mamilo o próprio leite, várias vezes por dia. Manter a área seca, sem protetor ou sutiã pelo máximo de tempo possível, também ajuda.

7. Tome água enquanto amamenta

Acredite: a sede virá e não será pouca. A vontade incessante de beber água acontece porque todo o estoque de líquido do organismo é perdido durante o ato de amamentação. O recomendado, então, é que a mulher que amamenta tome entre 2 e 3 litros de água por dia, além de chás e água de coco.

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Mamilo invertido: o que é e como corrigir

Mamilo invertido: o que é e como corrigir

Mesmo que os mamilos delas nunca tenham sido invertidos, muitas mulheres adquirem essa condição durante a gravidez, especialmente as mães de 1ª viagem. No entanto, essa é uma condição que pode afetar tanto homens quanto mulheres. Estima-se que 2% a 10% das mulheres tenham pelo menos um mamilo nessa situação, e os homens, também.

Algumas pessoas nascem com mamilos invertidos (ou retraídos) e outras os desenvolvem mais tarde na vida. Alguns mamilos apenas se invertem algumas vezes e podem se reverter após mudanças de temperatura ou após estimulação. Outros podem ser permanentemente invertidos. Isso significa que eles permanecerão nessa condição, a menos que a pessoa tente revertê-los por meio de um dos métodos disponíveis na medicina.

Devo me preocupar?

1 em cada 10 mulheres sofre de mamilos planos ou invertidos. Essa condição é definida por um mamilo que não responde a um “teste de pinça”, ao frio ou à estimulação (que deveria enrijecê-lo). Na maioria dos casos, ter um mamilo retraído não afeta a qualidade de vida e a sensibilidade do seio. Além disso, essa ocorrência natural não aumenta o risco de complicações de saúde.

A inversão do mamilo normalmente não é motivo de preocupação se:

  • está presente desde a infância ou a puberdade,
  • acontece gradualmente ao longo de vários anos,
  • está associada a gravidez, amamentação ou cirurgia.

Além disso, eles não necessariamente tornam a amamentação difícil, no entanto, dependendo do grau de inversão, uma pessoa pode enfrentar desafios para amamentar o bebê ou até não conseguir fazer isso.

Existem 3 graus de inversão do mamilo:

  • Grau 1: uma pessoa pode facilmente retirar o mamilo e manter a projeção dele. Esse grau de inversão não causa grandes problemas com a amamentação;
  • Grau 2: uma pessoa pode puxar o mamilo para fora, mas não tão facilmente, e o mamilo tende a se retrair. Nesses casos, pode ser difícil amamentar;.
  • Grau 3: uma pessoa pode não conseguir retirar o mamilo. Ao pressionar o mamilo para fora, ele imediatamente se retrai. A amamentação pode ser muito difícil ou impossível.

Quais as causas do mamilo invertido?

Os mamilos podem ser invertidos desde o nascimento do indivíduo, o que os médicos chamam de inversão congênita. As pessoas podem também desenvolver mamilos retraídos mais tarde na vida, o que caracteriza uma inversão adquirida. Esta pode indicar um problema médico subjacente, como inflamação do tecido mamário. As pessoas devem consultar um médico se um ou ambos os mamilos se inverterem em um curto período.

Algumas condições médicas que podem causar a inversão do mamilo:

 

  • mastite (infecção da glândula mamária);
  • ectasia ductal (dilatação anormal de um ducto no tecido mamário);
  • um abscesso sob a aréola;
  • complicações da cirurgia de mama;
  • câncer de mama.

Como reverter a situação?

Se o paciente desejar mudar a forma do mamilo devido a preocupações com a amamentação ou por razões estéticas, é necessário procurar um médico antes de tentar os métodos abaixo.

  • Técnica de hoffman: consiste em um exercício manual para extrair o mamilo. Coloque os polegares em ambos os lados do mamilo, na base. Pressione os firmemente no tecido mamário e separe-os suavemente. Isso deve fazer com que o mamilo aponte para fora. A quantidade de tempo que fica fora varia de pessoa para pessoa.
  • Dispositivos de sucção: representam uma forma não invasiva de se extrair o mamilo.
  • Piercings: um piercing pode ajudar a manter o mamilo em posição vertical.
  • Cirurgia estética: os profissionais de saúde podem usar vários procedimentos cirúrgicos para alterar a forma do mamilo, de modo que este deixe de ser invertido.


Em qualquer procedimento de correção dos mamilos invertidos, o médico visa preservar a sensação habitual da região, evitar cicatrizes visíveis e manter o funcionamento do ducto mamário para permitir a amamentação.

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Tuberculose mamária: sintomas, causas e tratamentos

Tuberculose mamária: sintomas, causas e tratamentos

A tuberculose é uma doença causada pela infecção da bactéria chamada de Mycobacterium tuberculosis, também conhecida como o bacilo de koch. A doença é conhecida, principalmente, pelo acometimento nos pulmões. Entretanto, é possível que outros órgãos e regiões do corpo sejam atingidos pela bactéria, como pele, rins, linfonodos, ossos, cérebro e mama, este último caso é chamado de “tuberculose mamária”. Os casos fora do pulmão são bem menos frequentes e relatados, mas acontecem.

Atualmente, ⅓ da população em todo o mundo está infectada pelo bacilo de koch. O fato é que apenas 10% das pessoas que entram em contato com a bactéria acabam por desenvolver os sintomas da doença. Essa resistência se dá pelo sistema imunológico de cada pessoa, que, em alguns casos, é bastante competente em impedir a progressão da doença.

A infecção pelo bacilo de koch inicia-se sempre pelos pulmões, mas pode se alastrar por todo o corpo. Nem todo mundo vai desenvolver a enfermidade ativa, e alguns permanecerão com a bactéria adormecida no organismo, tendo tido ou não sintomas de tuberculose pulmonar, por muitos anos.

A bactéria pode ficar alojada durante um grande período de tempo em qualquer parte do corpo, como cérebro, meninge, rins, intestinos, coração, linfonodos, ossos, mama, etc., apenas à espera de uma queda no sistema imune para voltar a multiplicar-se. Sendo assim, é possível entrar em contato com a bactéria e seguir por um dos 3 caminhos:

 

  • o sistema imunológico não consegue controlar a bactéria, e você desenvolve a doença, apresentando, na maioria dos casos, sintomas de tuberculose pulmonar;
  • o sistema imunológico consegue controlar a bactéria, mas não a elimina do corpo, mantendo-a apenas “adormecida” por vários anos. Se houver alguma queda no sistema imune, a bactéria pode voltar a ficar ativa, causando geralmente um dos tipos extrapulmonares. Cerca de 10% dos pacientes com tuberculose latente desenvolverão a doença em algum momento da vida;
  • o sistema imunológico consegue controlar a bactéria e a elimina definitivamente do corpo, fazendo com que você nunca a apresente sintomas.

 

A tuberculose mamária

A tuberculose mamária é um dos casos em que a bactéria atinge outra região que não o pulmão. Ela é bastante rara, sendo quase exclusiva do sexo feminino. A possibilidade deve ser sempre considerada quando há um envolvimento mamário de evolução crônica, diante de nódulos ou processo inflamatório com presença de fístulas e sem indícios de malignidade.

O quadro clínico associado à análise radiológica tem demonstrado que os diversos métodos de imagem podem ser ferramentas valiosas para o diagnóstico da tuberculose da mama.

Tratamento da tuberculose mamária

O tratamento deve ser realizado via antibióticos, para eliminar a bactéria e também evitar que a doença se alastre. A partir da evolução do quadro, outros procedimentos podem ser inseridos, como cirurgia.

A tuberculose mamária ainda é uma enfermidade pouco difundida e com poucos casos no país, por isso, o diagnóstico dessa doença ainda é pouco esclarecido e de difícil execução.

O mais importante é sempre procurar ajuda de um especialista qualificado para a correta análise dos sintomas e identificação da tuberculose mamária ou outro problema.

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Como cuidar dos mamilos durante a gestação

Como cuidar dos mamilos durante a gestação

A gravidez é recheada de momentos felizes, mas também é permeada pela necessidade de muitos cuidados. Um deles é com os seios e mamilos. É importante que a gestante atente nisso logo no início da gravidez, a fim de reduzir a dor e o desconforto nos seios devido ao crescimento deles. Também é importante preparar as mamas para a amamentação e reduzir o risco do aparecimento de estrias.

Além do aumento de tamanho, a futura mamãe pode notar que a aréola escurece, fica mais sensível e as veias dos seios ficam mais evidentes. Os mamilos, especificamente, passam por alterações, como o surgimento de pelos, aumento de tamanho, aparecimento de tubérculos de Montgomery, que se assemelham a espinhas. Estes não doem e auxiliam a manter o mamilo mais flexível para a amamentação.

Devido ao crescimento dos seios, é recomendado utilizar sutiãs mais estruturados e com alças mais largas, ou testar um sutiã de amamentação.

Na hora da amamentação

Para amamentar com mais tranquilidade, uma dica importante é tomar sol nos mamilos por 15 minutos, uma vez ao dia. O sol antes das 10h e depois das 16h é o mais recomendado. Nos seios, usar filtro solar, exceto nas aréolas e nos mamilos. Esse cuidado torna o seio menos suscetível a rachaduras e deixa a pele mais resistente. Caso não seja possível tomar sol, a gestante pode usar uma lâmpada de 40W, a 30 centímetros de distância dos mamilos.

Outra dica é massagear os seios de uma a duas vezes por dia, a partir do quarto mês de gravidez. Basta segurar o seio com ambas as mãos, em cada um dos lados, pressionando na base até a ponta, cinco vezes. A massagem deve ser repetida com uma mão em cima e outra embaixo da mama. Esse processo permite que o mamilo permaneça mais saliente, facilitando a sucção do leite pelo recém-nascido.

Além disso, deixar os mamilos respirarem é importante. A exposição ao ar torna a pele mais saudável, íntegra e livre de infecções. Ao lavar, use somente água nos mamilos e aréolas. Sabonetes retiram a hidratação natural da área, o que favorece as temidas fissuras. Não use esponja e bucha vegetal na área, pois elas vão causar ferimento nos mamilos e propiciar o surgimento de bactérias que podem prejudicar a amamentação.

Além dessas dicas, para que não haja rachaduras nos mamilos, é necessário que o bebê faça a pega correta da mama. O bebê precisa sugar a auréola e não diretamente o mamilo. Mesmo com todos os cuidados, é normal que surjam algumas fissuras. Por vezes, é usada uma pomada à base de lanolina – sempre com prescrição de um médico – para reduzir a sensibilidade na área e garantir a amamentação. A mãe também pode usar absorvente para os seios, que mantém a mama sempre seca, reduzindo as chances de rachadura e coceira.

 

Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter, e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como mastologista em Ribeirão Preto!

Posted by Dr. Gustavo Zucca Matthes in Todos